Eu acho que Metro e SMTUC podem trabalhar juntos no mesmo espaço. O que vai acontecer é, desde logo, uma readaptação da rede dos SMTUC para funcionar em interface com o Metro. Depois, acho que os SMTUC vão poder canalizar os veículos para outras rotas. Por exemplo, se o metro vai da Baixa para os Hospitais pela Praça da República, os SMTUC vão pelo outro lado, passam no Pediátrico Novo e por aí a fora. Mas não sei. Uma coisa é certa: os SMTUC devem aproveitar o desafio que aí vem como uma forma de organizarem as linhas. Um mapa intuitivo e assim... de forma a que seja tão fácil andar de autocarro como é andar de metro.
Depois, os SMTUC devem investir nas linhas eléctricas, comprar mais veículos como o último. É uma forma de reduzirem os custos em combustível e de, assim, diminuírem a despesa.
Quanto ao METRO, alguém sabe como é que a coisa funciona? Por exemplo, estive a fazer umas contas por alto, e, tendo em conta o que o metro do Porto gasta em electricidade e adaptando isso para a futura realidade de Coimbra, um parque de painéis solares com 250m2 era capaz de suprimir as necessidades eléctricas do metro mondego. A pergunta é: o Metro Mondego paga uma factura de electricidade como nós em casa, certo? E é o facto de o metro usar electricidade (aliás, muita electricidade) que o torna não rentável, certo?
Pensando sobre o assunto:
50 ou 60 maquinistas + administração do metro + vendedores de bilhetes ou o que seja... será que, sem os gastos em energia, o metro não é rentável?
Porque se os utilizadores do metro não vão chegar para pagar os recursos humanos, se calhar, vamos construir uma coisa que, embora vá trazer muitos benefícios para a cidade, não faz sentido em termos económicos.
Vamos deixar um serviço débil (SMTUC) para implantar outro que também não vai ter rentabilidade?
Metro Mondego
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O governo tem que começar a apoiar os transportes públicos em Coimbra e em todas as outras cidade, porque neste país apenas Lisboa e Porto têm o privilegio de ter apoios para cobrir os prejuízos. E o resultado disto é que estas duas empresas, sugadoras de dinheiro do estado, nada fazem para reduzir o prejuízos, porque sabem que o estado vai continuar a pagar.Ruizito Escreveu:Isso foi uma das questões que eu já aqui me fartei de referir. O que será dos SMTUC? Se actualmente, fora as injecções de capital da CMC, já têm prejuizo todos os anos, o que será depois? Teremos SMTUC e MM ambas a dar prejuízo? Acabam os SMTUC? Quem paga tudo isto? Não é apenas teoria, mexe com o dinheiro de todos nós. Pode ser muito lindo ter o metro mas há sempre o reverso da medalha. Cada vez vejo mais as gerações futuras completamente hipotecadas.bru_nex Escreveu: É preciso é ver como é que os SMTUC vão fazer depois, porque o 29, o 7 e o 7T são mesmo as linhas mais usadas...
Basta ver as noticias:
Prejuízos da Carris ultrapassam o valor de uma frota de mais de três mil autocarros
Prejuízos da STCP sobem para 28,2 ME
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O ramal da Lousã também não é rentável. Actualmente ramal da Lousã tem um prejuízo de exploração de mais de 4 milhões de euros por ano.bru_nex Escreveu:Porque se os utilizadores do metro não vão chegar para pagar os recursos humanos, se calhar, vamos construir uma coisa que, embora vá trazer muitos benefícios para a cidade, não faz sentido em termos económicos.
Vamos deixar um serviço débil (SMTUC) para implantar outro que também não vai ter rentabilidade?
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Respostas a estas questões estão dadas num post anterior meu, onde faço referência a algo dito pelo bru_nex.Ruizito Escreveu:E se a linha passasse onde sempre passou, essa gente deixava de ser potencial utente?
Então qual a distância à mesma em que se pode considerar que alguém é um potêncial utente ou não? O metro prevê uma paragem na Quinta da Ponte, supostamente para servir a escola de Ceira que fica a uns 500 m. A paragem do Alto de S. João, que fica no apeadeiro das Carvalhosas fica bastante distante das zonas que supostamente deve servir. A paragem do Vale das Flores fica a mais de 500 m da zona com o mesmo nome. Que se saiba não se fez nenhum desvio para aproximar o metro destes locais.
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O Ramal da Lousã podia ser mais rentável se os revisores se esforçassem mais um bocadinho. Não foram raras as vezes em que eu, entrando na estaça da Lousã, chegava a Miranda do Corvo sem que o revisor passasse para vender o bilhete. Ou seja, foram várias as vezes em que eu, se quisesse ir de Lousã para Miranda do Corvo, podia ter ido sem pagar bilhete ou passe. Da mesma forma que, passando ele já depois de ter passado em Miranda do Corvo, eu podia dizer que tinha entrado em Miranda do Corvo quando, na realidade, tinha entrado na Lousã.DaniFR Escreveu:O ramal da Lousã também não é rentável. Actualmente ramal da Lousã tem um prejuízo de exploração de mais de 4 milhões de euros por ano.
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´DaniFR Escreveu: O governo tem que começar a apoiar os transportes públicos em Coimbra e em todas as outras cidade, porque neste país apenas Lisboa e Porto têm o privilegio de ter apoios para cobrir os prejuízos. E o resultado disto é que estas duas empresas, sugadoras de dinheiro do estado, nada fazem para reduzir o prejuízos, porque sabem que o estado vai continuar a pagar.
Talvez fosse bom mas é, em vez de estarmos sempre a insistir neste ponto, mentalizarmo-nos que seja o governo ou seja a câmara, é sempre dinheiro que sai do nosso bolso, através dos impostos. Por isso, sinceramente se calhar faz pouca diferença quem dá o dinheiro, pois a origem é a mesma.
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Durante os anos em que utilizei o comboio também vi muito disso. Eu sempre tive passe, mas se não tivesse podia ter viajado à borla muitas vezes. mas não acho que a falta de rentabilidade do ramal seja por causa disso. Só em combustivel para aquelas máquinas velhas e ineficientes deve ser um balurdio.banjix Escreveu:
O Ramal da Lousã podia ser mais rentável se os revisores se esforçassem mais um bocadinho. Não foram raras as vezes em que eu, entrando na estaça da Lousã, chegava a Miranda do Corvo sem que o revisor passasse para vender o bilhete. Ou seja, foram várias as vezes em que eu, se quisesse ir de Lousã para Miranda do Corvo, podia ter ido sem pagar bilhete ou passe. Da mesma forma que, passando ele já depois de ter passado em Miranda do Corvo, eu podia dizer que tinha entrado em Miranda do Corvo quando, na realidade, tinha entrado na Lousã.
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Podes mostrar essas contas?bru_nex Escreveu:
Quanto ao METRO, alguém sabe como é que a coisa funciona? Por exemplo, estive a fazer umas contas por alto, e, tendo em conta o que o metro do Porto gasta em electricidade e adaptando isso para a futura realidade de Coimbra, um parque de painéis solares com 250m2 era capaz de suprimir as necessidades eléctricas do metro mondego.
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Olha que faz toda a diferença. Primeiro a câmara não pode pagar o mesmo que paga o estado. Segundo se a câmara gasta esses milhões nos SMTUC já não vai poder gasta-los noutras coisas que também são necessárias.Ruizito Escreveu:´DaniFR Escreveu: O governo tem que começar a apoiar os transportes públicos em Coimbra e em todas as outras cidade, porque neste país apenas Lisboa e Porto têm o privilegio de ter apoios para cobrir os prejuízos. E o resultado disto é que estas duas empresas, sugadoras de dinheiro do estado, nada fazem para reduzir o prejuízos, porque sabem que o estado vai continuar a pagar.
Talvez fosse bom mas é, em vez de estarmos sempre a insistir neste ponto, mentalizarmo-nos que seja o governo ou seja a câmara, é sempre dinheiro que sai do nosso bolso, através dos impostos. Por isso, sinceramente se calhar faz pouca diferença quem dá o dinheiro, pois a origem é a mesma.
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bru_nex Escreveu:
Depois, os SMTUC devem investir nas linhas eléctricas, comprar mais veículos como o último. É uma forma de reduzirem os custos em combustível e de, assim, diminuírem a despesa.
Eu adoro não haver fumo nem ruido vindo dos trolleis comparado com os chassos que estes tipos dos smtuc usam, que mais parece algo desenterrado da roménia à 25 anos atràs, enfim.
É preciso informar que as contas não são de mercearia, tal como já me mostraram aqui neste forum à uns belos tempos, um trolei custa um porradão de dinheiro, chega mesmo a custar 5X mais que um autocarro de topo.
Razão essa pela qual os SMTUC compraram este recentemente e tencionam comprar uma unidade nova todos os anos.
Quanto ao resto das despesas convem informar que:
A linha precisa de várias equipas especializadas de manutenção constante .
Os equipamentos têm manutenção diária, além da simples limpeza.
O equipamento tem manutenção preventiva muito rigorosa e exaustiva que implica gastos enormes.
Formar um maquinista não sai barato.
Enfim, poida dizer muito mais mas penso que já dá para ter a noção que não é só fazer uma linha por lá umas carruagens e uns tipos " ao volante" que o resto é lucro.
Pessoalmente acho este metro um absurdo desperdício de dinheiro.
Sinceramente não vejo como melhora a vida da cidade, a não ser abrir a fernão magalhães para o rio, mas possa, para isso não é preciso tanto dinheiro.
Preferia ver mais pantufinhas, interditar os autocarros a gasóleo na cidade, comprando autocarros a gás natural, ou GPL e uma polícia mais interventiva na resolução de engarrafamentos em vez de procurarem a multa.
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O mesmo se pode dizer do estado. Quando gasta nos metros e autocarros também não gasta em muitos serviços que nós usamos todos os dias como escolas, centros de saúde, policia etc. Dê por onde der o dinheiro tem sempre a mesma origem, os impostos, pode dar mais ou menos voltas mas o circuito é sempre semelhante.DaniFR Escreveu: Olha que faz toda a diferença. Primeiro a câmara não pode pagar o mesmo que paga o estado. Segundo se a câmara gasta esses milhões nos SMTUC já não vai poder gasta-los noutras coisas que também são necessárias.
E é bom não esquecer que no pacote dos fundos comunitários destinados à região centro está incluído o MM, logo os fundos que para aí forem, não vão para outras coisas, quiçá mais pertinentes.
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O metro também é um meio de transporte ecológico e vai substituir as velhas e poluentes automotoras a diesel do ramal da Lousã.jayniga Escreveu:Preferia ver mais pantufinhas, interditar os autocarros a gasóleo na cidade, comprando autocarros a gás natural, ou GPL e uma polícia mais interventiva na resolução de engarrafamentos em vez de procurarem a multa.
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Mas para isso não é preciso construir uma linha nova, basta electrificar a existente.DaniFR Escreveu:O metro também é um meio de transporte ecológico e vai substituir as velhas e poluentes automotoras a diesel do ramal da Lousã.jayniga Escreveu:Preferia ver mais pantufinhas, interditar os autocarros a gasóleo na cidade, comprando autocarros a gás natural, ou GPL e uma polícia mais interventiva na resolução de engarrafamentos em vez de procurarem a multa.
Ou a construção não tem impactos? E já agora as automotoras não são assim tão velhas, em termos de poluição a pior destas será mesmo a questão de ruído.
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Foram contas feitas por alto. Agora não estou com muito tempo, mas mais logo eu refaço os cálculos e mostro como cheguei a esta conclusão brilhante... eheh...jayniga Escreveu:Podes mostrar essas contas?bru_nex Escreveu:
Quanto ao METRO, alguém sabe como é que a coisa funciona? Por exemplo, estive a fazer umas contas por alto, e, tendo em conta o que o metro do Porto gasta em electricidade e adaptando isso para a futura realidade de Coimbra, um parque de painéis solares com 250m2 era capaz de suprimir as necessidades eléctricas do metro mondego.