Empréstimo urgente de 55 milhões para Pescanova à espera de aprovação
A marca Pescanova e a sede da empresa deverão ser usadas como aval.
A Deloitte, administradora concursal da Pescanova, e vários bancos deverão chegar nesta sexta-feira previsivelmente a acordo para um empréstimo urgente de 55 milhões de euros para injectar liquidez na empresa.
Fontes do sector bancário explicaram que a consultora se reuniu na terça-feira com os bancos que apoiarão a injecção de capital (Bankia, Sabadell, Popular, NCG Banco e Caixabank).
Entre as possibilidades estudadas, e que deverão ser formalizadas hoje, está a utilização da marca Pescanova e da sede da empresa como aval.
Poderão somar-se a esta injecção de capital os bancos Santander, BBVA e Bankinter, além do Deustche Bank e do Royal Bank of Scotland (RBS), já credores do grupo Pescanova.
Tanto a Deloitte como a banca consideram que este empréstimo 'express' é crucial para a continuidade do processo, conseguindo afastar o cenário de liquidação.
As fontes citadas pela imprensa espanhola referem que a concessão deste crédito fica sujeita às seguintes condições: a marca Pescanova terá aval para executar a operação e a injecção de liquidez destinar-se-á a financiar despesa corrente, definindo-se como dívida privilegiada.
Estes fundos são vitais para a gestão diária da empresa, como os pagamentos a fornecedores e os salários, e serão considerados à margem da dívida bancária da companhia, que atinge os 3.004 milhões de euros, repartida entre uma centena de entidades financeiras.
Uma vez assinado este crédito, a Deloitte abordará o processo de refinanciamento da dívida, sem descartar desinvestimentos em alguns activos ou a entrada dos próprios credores bancários no capital da Pescanova.
A banca espanhola concentra a maior parte da dívida, com o Sabadell à cabeça (222 milhões de euros), Popular (165,5 milhões), Novagalicia Banco (161,58 milhões), Caixabank (157,44 milhões) e Bankia (126 milhões).
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está também entre os credores.
Em concreto, segundo assinalam as fontes, a dívida inclui 1.900 milhões de euros correspondentes à sua matriz e o resto a filiais, tanto espanholas (cerca de 400 milhões de euros) como estrangeiras (cerca de 700 milhões).
Fonte: Público
3 mil milhões de dívida?

Isso é um valor praticamente ao nível de um pequeno país.