Fnac vai ser vendida

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Pedro
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Fnac vai ser vendida

Mensagem por Pedro »

Fnac e La Redoute vão ser vendidas

Dono das marcas quer focar-se no segmento de luxo.

O grupo francês Pinault-Printemps-Redoute (PPR) está a preparar a venda da Fnac e da Redcats, que inclui os canais de venda por correspondência La Redoute e Vertbaudet, avança a imprensa francesa desta segunda-feira.

A cessão destas actividades de distribuição, segundo o 'Le Journal du Dimanche', faz parte da estratégia do grupo para se focar em marcas de luxo e artigos desportivos (entre outras, as marcas Gucci e a Puma), consideradas mais rentáveis.

De acordo com o jornal 'Les Echos', o grupo liderado por François-Henri Pinault pretende alienar a Fnac através de uma operação em bolsa, um projecto que será estudado em reunião da administração agendada para os próximos dias.

Já o jornal 'Le Figaro' afirma que a cessão do negócio de distribuição de artigos culturais (Fnac) deverá ser concretizada ao longo do primeiro semestre de 2013.

Esta já não é a primeira vez que o grupo PPR mostra que quer seguir este caminho. Já em 2010 tinha dado sinais de que pensava desfazer-se destas marcas.

Fonte: Económico
Eu tinha ideia que as coisas na Fnac não andavam muito bem... mas pensava que era só uma coisa a nível nacional. Afinal parece que o problema é mais grave do que isso. Resta saber como é que a situação irá afectar as lojas portuguesas.

Pessoalmente, já são poucas as coisas que compro na Fnac, ficando-me geralmente por promoções pontuais. Na maior parte das vezes, é mais barato comprar noutra loja, seja física ou on-line. Não me parece que o atendimento ao cliente justifique a diferença de preços, pois actualmente está abaixo de outras lojas com preços mais competitivos, como a Staples. Não me parece que seja por culpa dos funcionários, mas sim porque estão a receber indicações cada vez mais restritivas. Há algumas semanas tive uma boa demonstração disso, ao enviar um produto para garantia. Houve uma indicação para devolução do dinheiro, mas na Fnac insistiram que teria de ser em cartão da loja. Como eu tinha adquirido o produto em promoção, e já não seria possível adquiri-lo pelo mesmo preço naquela loja, indiquei que não pretendia a devolução em cartão da loja. Só após alguma insistência minha e uma conversa com o gerente da loja é que devolveram em dinheiro. Na Staples, numa situação semelhante, ofereceram-se de imediato para trocar por um produto idêntico ou devolver o dinheiro.

Hal9000
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Re: Fnac vai ser vendida

Mensagem por Hal9000 »

A fnac compensa apenas para um ou outro produto em promoção de vez em quando (essencialmente na loja online) e pela variedade...de resto.. :no:

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Pedro
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Re: Fnac vai ser vendida

Mensagem por Pedro »

Fnac está à venda

A cadeia francesa especializada na distribuição de produtos culturais e tecnologia de consumo vai sair do universo do grupo de luxo PPR, numa altura em que a Fnac procura fazer face à quebra nas vendas. O catálogo de moda La Redoute também está à venda.

O processo de cisão da cadeia Fnac do universo Pinault Printemps (PPR) - grupo francês, especializado no mercado do luxo, que detém marcas como a Gucci e Yves Saint Laurent - foi anunciado ontem, através de comunicado de imprensa. O objectivo é simples: o PPR quer focar-se no negócio do luxo e das insígnias desportivas. E também por isso vai colocar à venda o catálogo La Redoute. No ano passado, a venda da Conforama, marca de mobiliário, já denotava parte da estratégia.

Alexandre Bompard, presidente executivo da Fnac, havia falado recentemente ao Expresso (numa entrevista publicada no último sábado) e não deu sinais da revolução que está agora em curso e que deverá ter um desfecho em 2013. Segundo afirma o grupo PPR no comunicado distribuído pela imprensa, todas as hipóteses estão a ser consideradas e, em alguns jornais franceses, há mesmo quem avance uma eventual entrada da Fnac em bolsa, apesar do momento atual dos mercados não ser propício. A venda da Fnac já tinha sido considerada em 2006.

Segundo Bompard, citado no comunicado, "este projeto de cisão faz parte da dinâmica do nosso plano de expansão e transformação, 'Fnac 2015', e permitirá à cadeia implementar uma estratégia de crescimento sustentável de forma autónoma". A Fnac emprega 18 mil pessoas nos oito países onde está presente.

Fnac em franchising

Na entrevista que concedeu ao Expresso, o presidente da Fnac explicou o plano de crescimento, que se centra numa estratégia "em triplicado": novos produtos, novos serviços e novos espaços. No início deste mês, em França, foi inaugurada a primeira loja da Fnac em regime de franchising, um modelo que deverá ser replicado nos restantes sete países onde a marca está estabelecida. Também estão a ser criados formatos de lojas de dimensões mais modestas para servirem locais como estações de comboio e aeroportos. Aliás, para 2013, em Portugal a marca pretende inaugurar um estabelecimento no Aeroporto de Lisboa.

Em Portugal, a Fnac acaba também de lançar o eReader 'Kobo Touch By Fnac', em Portugal, que disponibiliza também aquela que é a maior livraria digital em português, com mais de 5 mil livros disponíveis na língua de Camões. A abertura de novos espaços na loja, como a secção Fnac Kids (especializada em material didático para crianças até aos 13 anos) ou a área dedicada à papelaria, assim como a oferta, através do portal online de produtos para o lar, também estão incluídos no plano que está em marcha até 2015.

Vendas a descer

Desde 2006, as vendas de produtos culturais retraíram perto de 2% ao ano. Em 2011 o valor agravou-se para 5% e as perspetivas mais negras apontam para a duplicação deste número já no final de 2012, num continente europeu em sufoco recessivo, com menos apetência para consumir cultura e novas tecnologias. Em 2011, a Fnac registou um volume de negócios de €4165 milhões, menos €308 milhões do que no ano anterior (dados sem IVA).

A representar 7% das vendas globais do grupo francês (é o terceiro mercado mais importante do grupo, a seguir a França e Espanha), a operação da Fnac em Portugal faturou €336 milhões em 2011, menos €24 milhões que no ano anterior (dados com IVA).

Atualmente, 62% das vendas em Portugal devem-se aos produtos técnicos (eletrónica de consumo) e o restante aos produtos editoriais (como livros, discos, filmes, papelaria).

Fonte: Expresso
Mini-Fnacs e franchising? Vai ser uma mudança considerável em relação ao que existe actualmente.