Piratas informaticos formam partido na Suecia

[pedrotuga]

Os suecos realmente dao cartas nesta cena de partilha de ficheiros, quando lá estive alambasei-me todo com o DC++.
Entao agora, um grupo de malta que está farta daquela ideia atrasada de "isso é crime" resolveu dar a cara dar a cara a luta de forma honesta e sincera. E agora? ehehehe, quero ver... que boa semana, em frança o P2P legalizado quando se previa o pior e na suecia um partido politico formado, vao chamar criminosos à vossa avó que 20 euros por CD é que é crime.

Mais detalhes aqui

[Pedro]

O P2P em si não tem qualquer justificação para ser ilegal. Trata-se de uma tecnologia de partilha de ficheiros bastante útil, que permite evitar sobrecargas em servidores centrais, diminuindo também os custos de manutenção. Pode ser bastante útil para partilhar ficheiros importantes (documentação do Estado, por exemplo). Logo, não faz sentido ser ilegal. Agora se lhe dão outras utilizações, aí a culpa já não é da tecnologia...

[pedrotuga]

Ya... mas os gajos das editoras acabam sempre por arranjar forma de tramar os gajos do p2p argumentando que ficheiros ilegais....

Ora em frança acabou a hipocrisia. Se um tracker de torrents tem 3000 peers ligados a trocar ficheiros entre si se houver algum "crime" é cometido pelo 3000 gajos, nao pelo administrador do servidor. Vao la prender os 3000 gajos... mas vejam la se um nao é o filho do policia que toma conta da operaçao. Ridiculo.

[Pedro]

Mas isso é lógico. Não há maneira de o administrador de um sistema poder controlar se o mp3 que tu estás a trocar é a última música dos Strokes ou um mp3 legal em que és tu a cantar. Mas os 3000 gajos sabem que estão a trocar ficheiros ilegais. Por isso, acho que não faz sentido a tecnologia em si ser ilegal. Afinal, tu também podes usar um camião para transportar dinheiro roubado de um banco e não é por isso que devemos tornar os camiões ilegais.

[Corsario-Negro]

Concordo com a circulação livre de informação de forma a que tudo esteja acessivel a todos para que todos não sejam votados à ignorância, mas por outro lado também acho que os autores de obras devem ser recompensados pelo que produzem (a maior fatia para eles, não para as editoras).

Ninguém vai "perder" 2 anos da sua vida ou mais para escrever obras que nos ajudam a compreender determinados conceitos e dominar determinado conhecidmento, a viver do ar.


Agora também não concordo que se ponha alguns livros, cds e outros materiais a preços algo ridiculamente grandes para aquilo que é.

[pedrotuga]

Façam as seguintes experiencias:

1.perguntem a um amigo vosse que toque numa banda o que ele acha da tipo de negocio que as editoras oferecem às bandas.

2.Saquem um livro em pdf... comecem a ler... a partir de certa altura vao querer imprimi-lo, imprimam-no... quanto gastaram? praticamten o mesmo que o custo do livro

3.Perguntem àquele pessoal que gosta de dizer "eu qdo gosto dum cd compro, nao faço downloads ilegais" o seguinte: tens ou nao em casa algum CDR com conteudo que nao pagaste? Se 100 de voces fizerem isto 100 amigos vossos vao dizer: "por acaso tenho"

4.Esta é só para o pessoal que é contra o download de mp3 e afins. olhem para um cd e digam para voces proprios: o custo de prensagem de um CD é 7centimos.

[kortese]

Algumas das bandas que nos últimos anos têm vindo tocar a Portugal, não têm grande expressão nas tabelas de vendas (algumas nem têm material editado cá).

A internet e a troca de ficheiros online têm sido, nos últimos anos o maior veículo de informação sobre bandas e projectos novos! Tanto que, hoje em dia, muitas das bandas disponibilizam, a par dos álbuns, conteúdos grátis direccionados para a internet como fan art, bootlegs e faixas de bónus...

A grande batalha é das editoras, porque perdem o papel de intermediárias entre o artista e o consumidor. A solução poderá estar na exploração publicitária dos locais onde se fazemos downloads.
Por exemplo se no arquivo de um álbum ou de um tema vier um pequeno flyer ou pdf sobre o restaurador Olex, ninguem se deverá importar muito e isto pode gerar um bom retorno economico para as editoras...

Perde a editora, mas ganha o artista em reconhecimento e o consumidor em satisfação!

[bluestrattos]

Decidi ressuscitar este tópico porque descobri dois sites bastante interessantes onde se pode fazer o download ou comprar o cd por preços bastante interessantes. Podem ver isto como do género do iTunes, mas melhor, na minha humilde opinião.

No primeiro Magnatune.com somos nós que definimos quanto dinheiro queremos pagar, embora para evitar abusos, acho que o mínimo são $5. Porém aqui o dinheiro é dividido "irmamente" 50% vão para o artista, e os 50% para a empresa em si. Existe a possibilidade de podermos ouvir as faixas por completo e não uns banais 30 segundos. Podemos fazer o download das músicas em vários formatos tal como mp3, ogg, AAC, FLAC, WAV. Também é possível encomendar o cd e recebê-lo em casa, e encomendando o cd eles oferecem o download gratuito das faixas do cd, de modo a podermos ouvir a música enquanto se espera pelo CD.

O segundo caso há a AllOfmp3 em que também se pode fazer o download de albúns ou somente algumas faixas se quisermos. Aqui o preço é bastante acessível. Por exemplo, a banda sonora do filme "As Crónicas de Narnia" pode-se fazer o download completo por apenas $1,99, ou escolher somente as faixas que se quer.Há a hipótese de ouvir 30 segundos das faixas.

O pagamento em qualquer um deles pode ser feito através do cartão de crédito, por exemplo, e nesse caso nada melhor que recorrer ao MBNET

[Corsario-Negro]

E qual o bitrate das músicas? Abaixo de 192kbps já começa a ser inaceitável por esse preço .


Pessoalmente compro mais CDs desde que comecei a ouvir MP3 do que quando não havia tantos a serem disponibilizados nos P2P.

Outra coisa que se passa cá na Europa principalmente são os preços... 20 euros por um album que nos Estados Unidos muitas vezes custa menos de US$10 é um roubo (se é por causa das taxas alfandegárias, as editoras americanas que arranjem algum sitio cá para fabricarem os CDs e distribui-los...)