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tofas Escreveu:o site para ver as colocações é http://www.acesso.org/ ?

Ficaram por preencher 27% das vagas do ensino superior

Imposição da nota mínima nos exames de acesso ao ensino superior terá contribuído para reduzido número de alunos que entram no Politécnico de Coimbra. Na Universidade, há dois cursos que foram escolhidos por um único aluno

Não fosse a inclusão da Escola Superior de Tecnologia da Saúde (ESTS), já este ano, no Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), e quase metade das vagas abertas pela instituição teriam sobrado para a 2.ª fase do concurso nacional de acesso.

Ainda assim, 43% dos lugares disponíveis nos seis estabelecimentos do IPC (745 num total de 1.720 vagas) ficaram por preencher, de acordo com os resultados da 1.ª fase do concurso, divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

A este cenário não é estranho o facto de, pela primeira vez, ter sido vedado o acesso ao ensino superior aos estudantes com classificações nas provas de ingresso inferiores a 9,5 valores (na escala de 0 a 20).

Eventualmente também o de se ter registado um decréscimo de alunos a concorrer: em 2004 candidataram-se ao superior 42.595 estudantes e este ano 38.976.

Os estabelecimentos do IPC onde sobram mais vagas são o Instituto Superior de Engenharia (312 das 380 iniciais) e o Instituto Superior de Contabilidade e Administração (dos 365 lugares colocados a concurso foram preenchidos 80). São tantos os cursos cujas vagas preenchidas são diminutas, que se torna difícil destacar algum (o quadro ao lado é elucidativo). No curso de Engenharia Mecânica (regime misto) não foi colocado sequer um aluno.

Só na ESTS todas as vagas foram preenchidas logo na 1.ª fase.
No que toca aos novos cursos do IPC, apenas Agricultura Biológica não preencheu todas as vagas: na verdade, sobra a maioria (24 em 30). O que significa que os restantes – “Biotecnologia”, “Desporto e Lazer”, “Arte e Design”, “Língua Gestual Portuguesa”, “Contabilidade e Gestão Pública” e “Solicitadoria e Administração” – terão sido uma aposta ganha pela instituição.

Geográfica com nota superior a Medicina

Quanto à Universidade de Coimbra (UC), das 3.025 vagas iniciais ficaram por ocupar 540.

Dois cursos da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Engenharia Geográfica e Engenharia Geológica e de Minas (este último, resultante da fusão de dois, que, nos últimos anos, já atraíam muito poucos estudantes) – fazem parte dos 39 que foram escolhidos por um único aluno.

Curioso é o único candidato a Engenharia Geográfica (185,3) ter nota superior à do último colocado em Medicina (184,3), por tradição dos cursos mais pretendidos e, também por isso, com a média de entrada mais elevada.
Em Línguas e Literaturas Clássicas e Portuguesa e em Estudos Portugueses e Franceses (Faculdade de Letras) só entraram dois alunos.

Medicina Dentária, Ciências Farmacêuticas, Arquitectura, Engenharia Biomédica e Jornalismo são cursos que continuam a despertar muito interesse (basta olhar para as classificações dos últimos colocados nestas áreas). Direito também, embora aqui as médias tenham decaído nos últimos anos.

No domínio de algumas engenharias, conotadas como áreas às quais corresponde emprego quase imediato (Civil, Electrotécnica ou Mecânica), sobram também vagas da 1.ª fase.

A nível nacional, há, ainda, 12.898 vagas disponíveis para os 5.546 alunos que não conseguiram colocação nas universidades e politécnicos públicos, bem como para os que ainda não se candidataram – podem fazê-lo na 2.ª fase do concurso (entre amanhã a sexta-feira).

De acordo com o MCTES, 33.520 estudantes (86%) conseguiram uma das 46.399 vagas abertas para o ano lectivo 2005/2006.

Fonte: Diário de Coimbra