Dívidas da Queima por cobrar

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Conselho Fiscal da AAC mostra “cartão vermelho” à Queima

Quezílias no interior da Comissão Organizadora, inexistência de contratos relativos a concessões, bem como uma incorrecta validação de outros, além de gestão deficiente, são algumas críticas do Conselho Fiscal da Associação Académica à Queima das Fitas de 2005

O Conselho Fiscal da Associação Académica de Coimbra (AAC) deu “nota negativa” ao desempenho da Comissão Organizadora (CO) da Queima das Fitas 2005, bem como ao modo como foi elaborado o respectivo relatório e contas.

Num parecer emitido por aquele órgão da AAC, é sustentado que «a elaboração dos orçamentos de cada pelouro não foi feita de forma realista» e que «a respectiva gestão não foi rigorosa», o que terá culminado numa «derrapagem orçamental, na qual se destaca o pelouro da produção».

E isto terá acontecido, segundo o Conselho Fiscal que cessou funções no dia 25, não apenas devido à actuação dos comissários, mas também fruto de uma «falta de fiscalização por parte da Comissão Fiscalizadora da Queima das Fitas».

A Queima das Fitas de 2005 teve saldo negativo, tendo a organização da festa estudantil ficado a dever à Direcção Geral (DG) da AAC mais de 100 mil euros – recorde-se que, de acordo com o relatório e contas apresentado, o valor dos impostos (IVA) por pagar rondava, justamente, os 110 mil euros.

O presidente da DG/AAC, Fernando Gonçalves – que ontem não quis comentar o parecer, sem que antes se reuna com a sua equipa recém-empossada – admitiu «tomar as posições entendidas como necessárias» para a realização de uma Queima das Fitas em 2006 «de acordo com as expectativas de todos».

O finalista de Direito já afirmou que, qualquer que seja a actuação, ela só teria lugar depois de conhecida a opinião da Comissão Fiscalizadora da Queima das Fitas e do Conselho Fiscal da AAC.

De acordo com este último parecer, enviado à comunicação social, o órgão fiscal da AAC constatou, ainda, a «existência de fraude num dos sistemas de entradas no recinto», conforme a própria CO revelou, recentemente. Porém, é entendimento do Conselho Fiscal da AAC, «este não foi o principal motivo que determinou a não obtenção das receitas previstas».

«Quezílias entre os vários órgãos que constituem a comissão organizadora» e a «inexistência de alguns contratos relativos a concessões, bem como uma incorrecta validação de alguns dos restantes» foram outras situações que não favoreceram a festa.

Por outro lado, considera o Conselho Fiscal da AAC que «as despesas da Comissão Fiscalizadora e dos secretariados deveriam estar compreendidas em centros de custos independentes» e que «os débitos imputados aos pelouros poderiam ter sido discriminados de forma mais detalhada». Tudo por forma «a permitir uma melhor percepção» do relatório e contas.

Por fim, o Conselho Fiscal da AAC sugere uma revisão extraordinária do regulamento interno da Queima das Fitas, considerando-o desajustado em relação às necessidades e objectivos a que a festa se propõe.

Face ao teor do parecer, o Conselho Fiscal da AAC diz ter instaurado um inquérito, com vista apurar a existência de irregularidades no cumprimento do regulamento, admitindo a aplicação de sanções aos sócios.

Para justificar os maus resultados da Queima das Fitas de 2005, a CO alegou ter havido «fraude num dos sistemas de entradas que permitiam o acesso ao parque (Choupalinho)», durante a última Queima das Fitas, o que terá permitido a entrada a «milhares de pessoas por noite, sem que tenham comprado o respectivo ingresso».

Alegou, ainda, uma dívida de quatro concessões de bebidas e comidas no parque (assunto que está a ser resolvido nos tribunais) e ao atraso no pagamento de um subsídio da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

Fonte: Diário de Coimbra
E afinal a DG vai mesmo aproveitar isto para ver se fica com a Queima...

SilentNoise
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Mensagem por SilentNoise »

E acho que faz muito bem. A Queima tomou uma proporção que não admite ser gerida por amadores. São estes casos que demonstram que a tradição não deve ser mantida em alguns pontos, como a Latada ser no pavilhão do Universitário.
Todos temos a ganhar se soubermos que a nossa Associação beneficia com uma festa que é de todos nós.
Hear this noisy silence...
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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Comissão promete honrar compromissos antigos

A Comissão Central da Queima das Fitas de 2006 apresentou-se ontem à comunicação social como uma equipa empenhada que, começando a trabalhar com zero euros, promete honrar os compromissos legitimamente assumidos pelos seus antecessores

Seis dos sete elementos da nova Comissão Central da Queima das Fitas (CCQF) apresentaram-se ontem motivados para trabalhar, apesar de começarem sem dinheiro e com um grande atraso originado pela polémica que rodeia a gestão da festa do ano passado.

A má gestão da Queima de 2005 e as dívidas à Associação Académica fizeram com que a nova CCQF tenha que trabalhar a partir da quantia de zero euros, algo que parece não atrapalhar o presidente, que frisou que «com dinheiro teríamos mais margem de manobra, mas não é isso que nos está a condicionar».

Ricardo Duarte, estudante de Jornalismo, atribui mais gravidade ao atraso com que a comissão começou a trabalhar, fruto do inquérito que foi instaurado à Queima de 2005.

O mote que a CCQF assumiu para este ano é o da responsabilidade «de dignificar uma casa com 118 anos» e uma festa com grandes tradições.
«Queremos chegar ao fim e podermos dizer que valeu a pena e que não nos arrependemos», disse Ricardo Duarte, em conferência de imprensa, sublinhando que «esta Queima irá assumir os compromissos assumidos legitimamente pelas anteriores organizações».

Prometendo contenção, mas não “vacas magras”, o presidente da CCQF disse aos jornalistas que a consolidação das verbas da Queima não é necessária por causa dos problemas que agora existem, mas também porque essas verbas são necessárias outras actividades.

«Não vamos deixar que objectivos financeiros ultrapassem actividades desportivas, culturais, tradicionais e sociais», afirmou, frisando que esta Comissão pretende gerir bem o dinheiro, gastando-o «naquilo que é realmente importante».

As Noites do Parque, um dos principais cartazes da Queima e também fonte de receitas são, este ano, dirigidas por uma mulher, a estudante de Economia Mariana Santiago.

Num ano de contenção, é prometida qualidade, não se colocando de parte a hipótese dos artistas serem exclusivamente portugueses.

«Não contrataremos artistas estrangeiros a qualquer preço», afirmou Ricardo Duarte, sublinhando, no entanto, que será feita uma tentativa de conseguir elaborar um cartaz equilibrado e com qualidade.

O concurso para a contratação das bandas já foi publicado, havendo a previsão de no início de Abril Mariana Santiago já tenha feito a escolha de quem pisa os palcos do Parque.

A Comissão Central da Queima das Fitas de 2006 é presidida por Ricardo Duarte (Letras), que também terá sob a sua responsabilidade o pelouro do Desporto.

O tesoureiro será David Matias (Direito), enquanto a Produção do Parque fica entregue a Mariana Santiago (Economia) e as Infra-estruturas do Parque a Luís Duarte (Ciências e Tecnologia).

Os Bailes são uma responsabilidade de Rita Costa (Farmácia), Luís Gil (Medicina) irá organizar o Cortejo e a Garraiada, enquanto a Cultura está sob a alçada de Ana Luísa Martins (Psicologia), que ontem não esteve presente por razões de saúde.

Fonte: Diário de Coimbra
Tenho a sensação que o cartaz deste ano vai ser ainda mais fraco que o normal... assim que se começa com a conversa de contenção, já se sabe o que esperar...

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mustiness
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Mensagem por mustiness »

E pronto, estragaram tudo :?
Hakuna Matata

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Mensagem por Corsario-Negro »

A DG intrepos uma acção em tribunal contra a comissão do ano passado.


Quanto ao resto... é preciso haver boas bandas para se fazer a festa? Boas bandas só para quem quer ir lá ver as bandas, ora a festa também pode ser feita sem grandes bandas e a Queima não é feita pelos concertos!
Se calhar sem concertos há menos crianças lá pelo recinto e mais estudantes.

Vocês esquecem-se que é a Queima das Fitas, não é um Super Bock Super Rock.
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mustiness
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Mensagem por mustiness »

Faz parte do espirito, a meu ver. Se estamos num recinto fechado, se temos de pagar para entrar, então convem que valha a pena. Não digo trazerem cá os U2 ou os Rolling Stone (duh?!) mas sei lá, ouvir aquelas bandas de treta que têm 10 pessoas a ouvir compadecidas 8 noites a fio das 11h as tantas da manha, é capaz de ser abuso. Digo eu. Se querem lucro, se querem cativar as pessoas, têm de apresentar um programa que as chame. Podem fazer um cartaz barato, podem não trazer a Alanis Morissete (que não faz falta nenhuma), mas que tragam algo ouvivel gostável.
Hakuna Matata

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Para mim, as bandas contam e muito. Se temos de pagar para lá entrar (e cada vez é mais caro), então ao menos que seja por um bom motivo... e ir para umas barracas que passam todas a mesma música (chata, ainda por cima) não é esse motivo.

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Corsario-Negro
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Mensagem por Corsario-Negro »

Concordaria convosco se fosse obrigatório ir. Agora ninguém obriga ninguém, só vai quem quer e os bilhetes são comprados sabendo quem lá vai (que eu saiba não há nenhuma pre-venda de bilhetes quando o cartaz ainda não está completo).


Devo dizer que ao fim de 4 anos na Universidade, devo ter assistido uma dúzia de concertos de bandas na Queima. Como eu há muitos ou o resto do recinto não estivesse muitas vezes cheio mesmo com bandas conhecidas a tocar no palco principal.
Podem fazer um cartaz barato, podem não trazer a Alanis Morissete (que não faz falta nenhuma), mas que tragam algo ouvivel gostável.
Eu pessoalmente não gosto, tu também não, mas há muita gente que gosta... é uma opção que eles tomam... eu nem acho Alanis má... mas também não sou fã. Digo que por mim se trouxessem Muse bem que pagava o valor do bilhete geral mesmo que fosse só nesse dia ao recinto.
Quanto ao ouvivel e gostável, se calhar o que o é para ti, para outra pessoa já não é, e aí é tentar agradar a gregos e troianos...


Não quero com isto dizer que os ultimos cartazes têm sido bons (têm sido razoaveis), agora temos que ver que se calhar não trazem quem querem porque muitos dos artistas já têm calendário definido antes da Comissão da Queima escolher a empresa que trata disso (Musica No Coração, etc...), que se fossem falar com os artistas individualmente era muito provavel que não conseguissem pois não têm o factor C e que muitos dos bons artistas podem estar indisponiveis ou cobrarem muito.
Acho que qualquer comissão organizadora gostava de ter bons concertos... se não o fazem é porque à partida estão um bocado às aranhas pois acho que nem sequer as receitas sabem ao certo (provavelmente as concessões são feitas mt em cima... não sei). Claro que a Queima dá sempre dinheiro, mas acho também preferivel jogar pelo seguro que andar ai com calotes.



Podem argumentar que devia ser uma empresa especializada a organizar a Queima por completo... discordo plenamente. Por muito má organizada que a queima seja, é um produto dos estudantes e prefiro que assim seja que mais um semi-festival organizado por pessoas a quem na sua maioria o espirito academico nada diz.
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Mensagem por Pedro »

Corsario-Negro Escreveu:Concordaria convosco se fosse obrigatório ir. Agora ninguém obriga ninguém, só vai quem quer e os bilhetes são comprados sabendo quem lá vai (que eu saiba não há nenhuma pre-venda de bilhetes quando o cartaz ainda não está completo).
E isso é justificação porque...? :? Se eu vir que não justifica ir, não vou. Já fiz isso antes... e nesta Latada também só fui uma vez, que aquele programa não valia nada. Agora, se eles vão cobrar o que cobram habitualmente pelos bilhetes, só lá vou se justificar. Daí gostar de ver um cartaz atractivo ou, no mínimo, com uma ou duas noites em que compense ir lá. Não percebo porque é que isso é pedir demais... há quem prefira outras coisas do que ir para lá beber e aturar martelada nas barracas (principalmente quem não bebe e não gosta desse género de música, como é o meu caso).

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Corsario-Negro
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Mensagem por Corsario-Negro »

Ou então ir lá para andar na palhaçada com os amigos e rir-se um bocado com a bebedeira destes :D


Também não aprecio martelada.


Como já disse, eles arranjam o cartaz muito provavelmente o melhor que conseguem... nós só temos é que ir ao que gostamos e não ir caso não haja nenhum interesse ;)

Pessoalmente acho que faltaria uma área mais ao estilo de esplanada lá (a zona junto da restauração não conta), com bastantes mesas e cadeiras como nos cafés para o pessoal poder abancar e ficar na cavaqueira a ouvir algo sem ser musica de martelada. De preferencia com bastantes seguranças para não haver porcaria com cadeiras e mesas.
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Mensagem por Pedro »

Corsario-Negro Escreveu:Pessoalmente acho que faltaria uma área mais ao estilo de esplanada lá (a zona junto da restauração não conta), com bastantes mesas e cadeiras como nos cafés para o pessoal poder abancar e ficar na cavaqueira a ouvir algo sem ser musica de martelada. De preferencia com bastantes seguranças para não haver porcaria com cadeiras e mesas.
Yeah, isso faz definitivamente falta. Há uns 2 ou 3 anos tinham lá mesas, mas nunca mais tiveram... ok, é verdade que ao fim de 3 dias já estavam num estado pouco higiénico, mas nos primeiros dias até era um bom sítio para se estar.

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Yagami
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Mensagem por Yagami »

Eu estive em Albufeira neste verão no concerto dos Jamiroquai (inserido num festival do qual já não me lembro do nome) e eles tinham uma área do género, onde estavam as bancas de comida. Nessa área era possível uma pessoa sentar-se e conversar sem ser aos gritos. Eu acho que era interessante se mudassem a configuração das barracas na queima para fazerem algo do género.

Isso e vedarem a entrada a menores de 16, mas isso já é outra história...

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Realeza
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Mensagem por Realeza »

A queima so obetra lucro fora do comum.... quando meter preços da chuva, do genero entre 2€ a 5€ para quem é estudante e para quem não é estudante uqe mete sem os bilhetes a 8€. Haveria concerteza mais estudante e mais dinheiro para liquidar tudo o que devem...
Nós portugueses vivemos numa sociedade onde só dividas por causa não há empregos... :wall:

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Mensagem por Lino »

Concordo com a esplanada sem música que nos encha os ouvidos e não dê para conversar. Uma pessoa tem que se sentar na terra ou junto da zona malcheirosa junto dos urinóis para poder conversar... acho que devem fazer algo diferente para cativar o pessoal... e poderiam fazer concursos de bandas locais e da região...
Concordo com os preços, 10€ em várias noites não convida muito...
Coimbra tem mais encanto... terá?
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