Caramba... Vamos ter-te de mau humor durante mesesPedro Escreveu:Devia... mas prefiro rir-me no fim do campeonato, quando acabarmos em primeiro. 8)ShichiAkaAkuma Escreveu: Apanhar metro para cagar...
(Acho que alguém vai apagar isto... )
Metro Mondego
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Também gosto da previsão do Luís Filipe Vieira...ShichiAkaAkuma Escreveu:A Maya, obviamente...Pedro Escreveu:No fim da 34ª jornada vemos quem tem razão.
Quanto ao Metro, dou o benefício da dúvida. Acho que mal não fará até porque mais alternativas são sempre bem-vindas. Só não estou de acordo com as expropriações. Dizem ser um mal necessário mas isso são desculpas de mau pagador. Se se preocupassem um pouco mais com os moradores e comerciantes das ditas áreas, com certeza chegariam a uma solução menos radical. E não sei até que ponto as estruturas das habitações mais degradadas irão aguentar com trânsito fluente de carruagens mesmo ao lado.
Enfim... Que se dê tempo ao tempo.
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Só um dos 31 edifícios tinha habitação. Quanto ao comércio a coisa já é diferente.SilentNoise Escreveu: Se se preocupassem um pouco mais com os moradores e comerciantes das ditas áreas, com certeza chegariam a uma solução menos radical. E não sei até que ponto as estruturas das habitações mais degradadas irão aguentar com trânsito fluente de carruagens mesmo ao lado.
Enfim... Que se dê tempo ao tempo.
No entanto, quando uma pessoa passa na Loja do Cidadão e olha para aqueles edifícios... Como é que aquilo ainda existia no séc. XXI?
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Criticadas demolições sem projecto
O presidente da Sociedade Metro Mondego justifica a falta de projecto para a zona da Baixa de Coimbra por onde deverão passar os eléctricos rápidos com a necessidade de acelerar as obras
O debate sobre o Metropolitano Ligeiro de Superfície do Mondego (MLSM) promovido pelo Conselho da Cidade, anteontem à noite, em Coimbra, terminou exactamente como começara, quase três horas antes: com o moderador da discussão, José António Bandeirinha, a lamentar que a Sociedade Metro Mondego (SMM) esteja a demolir casas na Baixa de Coimbra sem um projecto arquitectónico que determine o futuro da mesma zona.
Dois dos três administradores da SMM, José Machado Mariz e Guilherme Carreira, bem como o presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, argumentaram a favor das demolições, e do seu ‘timing’, mas não convenceram Bandeirinha. E as reacções de meia dúzia de arquitectos presentes na plateia – onde não estava nem uma centena de pessoas, na Casa Municipal da Cultura – reiteraram a desconfiança do moderador.
«As demolições são legítimas quando há um projecto motivador, que prove que a cidade vai ficar melhor depois das demolições. Caso contrário, não têm sentido», começou por afirmar Bandeirinha, que, há anos atrás, até foi um dos primeiros a defender que o MLSM atravessasse a Baixa, entre o antigo Largo do Bota-Abaixo e a Rua Olímpio Nicolau Fernandes.
De acordo com este professor de Arquitectura, haverá uma certa leviandade na forma como a Metro Mondego está conduzir o processo: «A Rua Direita [na Baixa] não é o Estádio nem a Mondorel», comparou, para enfatizar a delicadeza arquitectónica daquela zona da cidade e os riscos de se avançar com uma intervenção sem projecto.
LNEC aprovou demolições
O presidente da SMM, dona da obra do referido canal, argumentou com a necessidade de imprimir rapidez ao processo. Segundo Machado Mariz, a empresa tem «17 meses para deixar o canal livre», o que «não é muito tempo», acrescentou. «Estamos a avançar, pensamos, no ‘timing’ certo», afirmou, garantindo que, «antes, houve um trabalho complexo, de cadastro dos imóveis, de identificação e negociação com os proprietários, atendendo aos interesses de moradores e comerciantes».
O presidente da Câmara de Coimbra defendeu, por seu turno, que, se fosse para «deitar abaixo» e não recuperar a zona, aí sim, «seria cedo demais». «Tudo o que está a ser feito na Baixa está a ser feito com consciência», assegurou Carlos Encarnação.
Da plateia, o arquitecto Luís Sousa considerou que «qualquer dos edifícios demolidos na Rua João Cabreira podia não ter ido abaixo. Não se trata de uma desconstrução cirúrgica, mas de demolição pura e dura», criticou.
O administrador Guilherme Carreira retorquiu, garantindo que a Metro Mondego possui um relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), sustentando a necessidade e a pertinência da demolição dos edifícios em causa. Notou, por outro lado, que a verdadeira função da Metro Mondego não é recuperar a Baixa, mas criar um sistema de transportes públicos. Ainda assim, as demolições, que visam 42 parcelas edificadas, estão a ser merecer acompanhamento técnico, nomeadamente de arqueólogos, acrescentou.
A inexistência de um projecto para a zona de implantação do canal de atravessamento do MLSM acabou, no entanto, por não merecer uma justificação concreta. Razão para Bandeirinha deter as pessoas que já saíam da sala, no final do debate, e insistir no seu alerta inicial: «As casas estão a ser demolidas e não há projecto».
Prolongar túnel
custa 20 milhões
Outro assunto que suscitou interrogações aos presentes no debate foi o tamanho, considerado exagerado, dos cais de paragem dos veículos do MLSM. Estava previsto que tivessem 35 metros de comprimento, mas, segundo Guilherme Carreira, uma nova estimativa sobre o número de potenciais utilizadores deste meio de transporte aconselhou o crescimento dos cais, onde os eléctricos deverão parar de cinco em cinco minutos, para 70 metros.
O administrador também justificou o prolongamento do túnel de Celas até aos Hospitais da Universidade de Coimbra com a inclinação do terreno e a necessidade de garantir que a presença dos eléctricos à frente da unidade hospitalar não impedirá a passagem de veículos de emergência. Até à entrada em funções do actual conselho de administração da Metro Mondego, previa-se que o túnel fosse do lado norte do Jardim da Sereia até a um ponto entre a Cruz de Celas e o Hotel Melia, na Avenida Armando Gonsalves. Com o prolongamento até aos HUC, vão ser gastos mais 20 milhões de euros, revelou Guilherme Carreira.
O debate serviu ainda para Machado Mariz considerar falsas as notícias segundo as quais o MLSM era contemplado com verbas do III Quadro Comunitário de Apoio que, pela possibilidade de não serem aplicadas até 2006, dado os atrasos do projecto, foram transferidas para outros projectos. «Tem-se dito que já só restam 54 milhões de euros, mas nunca lá estiveram mais», assegurou.
Os custos da concretização do projecto do MLSM, que dependerá de uma parceria publico/privada, estão estimados em 302 milhões de euros (mais de 60 milhões de contos). O Estado financiará 50% por cento do investimento, até um limite de 175 milhões de euros, enquanto o resto será suportado pelo consórcio que vencer o concurso público, lançado há cerca de um mês.
Assinatura dos protocolos de que depende a eficácia do concurso público
Metro Mondego diz que há negociações mas autarcas de Lousã e Miranda negam
O presidente da Sociedade Metro Mondego (SMM), José Machado Mariz, disse, anteontem, que acreditava que os presidentes das câmaras de Miranda do Corvo e Lousã viessem a assinar os protocolos de que depende a eficácia do respectivo concurso público, aberto há um mês, uma vez que mantinha negociações nesse sentido. Contactados pelo Diário de Coimbra, os autarcas Fernando Carvalho e Fátima Ramos negaram quaisquer contactos com a SMM sobre os protocolos, cujo prazo de assinatura termina dentro de dois meses.
«Desminto completamente. Já não falo com a administração do Metro há meses», comentou o presidente da autarquia lousanense, que detém 14% da SMM. Carvalho sublinhou também que, a semana passada, enviou uma carta à SMM, para «formalizar» a sua recusa em assinar o protocolo, com o apoio do PSD, PP e PCP lousanenses.
A presidente do município mirandense, igualmente detentor de 14% do capital da SMM, também disse que não tem tido contactos com a administração da empresa. Acrescentou que, ontem, telefonaram da SMM para a Câmara de Miranda, a solicitar-lhe o agendamento de uma «reunião urgente», cuja ordem de trabalhos disse desconhecer.
Fátima Ramos não assina o protocolo, se não forem feitas alterações ao caderno de encargos do concurso público que garantam a mesma tipologia de transporte entre Lousã e Coimbra, seja ela comboio ou eléctrico rápido. Como é sabido, o caderno de encargos permite aos concorrentes apresentarem soluções tecnológicas alternativas ao eléctrico rápido para o percurso entre Lousã e Ceira, o que abre a possibilidade de haver, nesta estação, transbordos de passageiros.
Fernando Carvalho mostra-se mais radical. Não assina o protocolo, caso o concurso não garanta que haverá eléctricos entre Coimbra e Serpins. Esta sua condição já o levou a avançar, também, com três acções judiciais, entre as quais duas providências cautelares, pedindo a suspensão do concurso.
O presidente da SMM não se quis pronunciar sobre estas acções judiciais. Apenas de forma indirecta Machado Mariz abordou os problemas levantados por Lousã e Miranda, que ameaçam atrasar ainda mais o Metropolitano Ligeiro de Superfície do Mondego. Lembrou que se trata de uma parceria publico/privada e que a manutenção do troço Lousã-Serpins, por ser utilizado, actualmente, apenas por cerca de 200 passageiros por dia – poria «em risco a ‘bancabilidade’ deste processo». «É preciso que a banca considere o projecto rentável», frisou.
Quanto à questão da alternativa tecnológica, o presidente da SMM voltou a invocar a parceria público/privada. «Não se pode dizer ao privado: ‘Faça isto’. Se não, estávamos mais próximos da empreitada», comparou. Assegurou, no entanto, que a legitimidade dos concorrentes para darem preferência a uma solução alternativa não retira poder à SMM para optar pelos eléctricos rápidos em todo o Ramal da Lousã. «A não ser que haja potencialidades [numa solução alternativa] ainda não demonstradas», acrescentou.
in Diário de Coimbra
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Proposta bolsa de fogos municipais
Atrair mais jovens, para renovar a população da Baixa de Coimbra, é um objectivo preconizado num relatório a discutir, amanhã, em reunião do executivo municipal
A criação de uma bolsa de fogos municipais para a população de fracos recursos, jovem ou envelhecida, é uma das propostas do relatório da Comissão Interdisciplinar da Baixa (CIB) de Coimbra, que será debatido amanhã pelo executivo camarário.
Aquele que será o documento base de actuação da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) na Baixa preconiza que a essa bolsa de fogos municipais, para venda e arrendamento, inclua vinte por cento do total existente nas oito zonas de intervenção definidas.
Apostando, globalmente, em captar nova população para este núcleo do centro histórico, a CIB conclui que o município deve actuar como agente regulador do valor dos imóveis, «proporcionando oferta igual, ao sector privado, a custos controlados».
O relatório da CIB orienta-se para dotar a Baixa de boas condições de habitabilidade, contrariar o envelhecimento da população, renovar no seu conjunto, partindo da habitação, mantendo e estimulando a diversidade de funções e ocupações e contribuir para o incremento do desenvolvimento económico, comercial e cultural.
Para dar uma nova dinâmica à Baixa, os indicadores já recolhidos apontam para a necessidade de atrair uma população situada nos segmentos de jovens licenciados, casais em início de vida familiar e ainda a meia-idade.
Canal do Metro exige operação urbanística
Esta estratégia de captação de nova população, em especial as camadas mais jovens, para ali residir implica equipamentos e serviços actualizados, «bem como um espaço público de qualidade, que comporte uma estrutura verde e de lazer».
Entre as oito áreas de intervenção definidas são destacadas como prioritárias as zonas do canal do metro ligeiro de superfície e do Terreiro da Erva. Na primeira área, onde a Sociedade Metro Mondego começou este mês a demolir edifícios, a CIB sustenta que os actuais moradores na área deverão, de preferência e após as obras, manter ali a sua residência.
O cais de paragem do novo meio de transporte na zona deverá respeitar o comprimento de 70 metros, e o canal destinado à sua passagem «deverá constituir espaço público com características urbanas. A presença humana deverá ser fomentada pela presença de funções terciárias ao nível do rés-do-chão», refere-se no documento.
Acrescennta que «os edifícios existentes, a manter, deverão ser sujeitos a obras de recuperação e adaptação à nova realidade e deverá manter-se uma atitude de respeito pela Rua Direita, tentando-se, por todas as formas, preservar a sua unidade».
Para a CIB, a criação desta travessia da baixa para o novo meio de transporte «não pode resumir-se à mera implantação do canal, mas antes envolver uma operação urbanística integrada e estendida» a toda esta zona.
Esta comissão pluridisciplinar foi nomeada em Fevereiro de 2003 pela Câmara de Coimbra, tendo organizado uma conferência internacional sobre a recuperação, renovação urbana e social da Baixa. A CIB continuou depois em actividade, tendo em conta as conclusões da conferência e os trabalhos de levantamento da situação na baixa, a cargo da Universidade de Coimbra (UC), que deverão ser apresentados em breve.
Segundo se lê no documento, um outro objectivo é apresentar um «plano de estrutura a assumir como documento estratégico e base programática para os projectos a desenvolver no âmbito das SRU’s, com especial atenção para as zonas consideradas mais críticas: o Terreiro da Erva, o canal do metro ligeiro e a área compreendida entre aquela, em pior estado de conservação», e que aguarda ainda a conclusão do estudo encomendando pela autarquia à Universidade de Coimbra.
A SRU, chamada Coimbra Viva, foi constituída em Janeiro, com um capital social de um milhão de euros: 49% da Câmara de Coimbra e 51% da Instituto Nacional de Habitação.
in Diário de Coimbra
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Eu concordo com o chichinacama, nao me parece que deitar a baixo de uma vez por todas, ruinas podres e abandonadas que insistem em degradar a paisagem e a qualidade de vida dos cidadaos seja "desculpa de mau pagador".
A avenida fernao de magalhaes até mete medo, é das mais poluidas da europa. Eu tenho vergonha de viver numa cidade que tem uma avenida daquelas...
A avenida fernao de magalhaes até mete medo, é das mais poluidas da europa. Eu tenho vergonha de viver numa cidade que tem uma avenida daquelas...
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Realmente, toda aquela zona até à Casa do Sal devia ser requalificada. Não se admite que uma cidade do tamanho de Coimbra tenha locais tão degrados e tão ao estilo de um qualquer país do terceiro mundo.pedrotuga Escreveu:A avenida fernao de magalhaes até mete medo, é das mais poluidas da europa. Eu tenho vergonha de viver numa cidade que tem uma avenida daquelas...
Já agora, podiam aproveitar e re-enquadrar a Guarda Inglesa. É uma vergonha ter camiões a passar pelo meio da cidade (sim, Santa Clara pertence a Coimbra, apesar de muita gente da margem direita não o considerar) todos os dias.
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Não sei porquê, mas isto vai dar m......METRO MONDEGO – Um transporte acessível e compreensível a todos
Foi apresentado o “Mimo”. É a primeira vez, no mundo, que se estuda, por antecipação, uma estratégia deste tipo, já que o Metro Mondego está em fase de projecto.
Facilitar a utilização das tecnologias de informação e comunicação disponíveis, organizadas e implementadas nos transportes públicos é a grande finalidade do projecto “Mimo”. A Metro Mondego pretende, desta forma, potenciar o uso de sistemas mais avançados por um universo mais alargado de pessoas.
“Vamos partir do individual para o global. Esta é a grande diferença”, salientou ontem Guilherme Carreira, da administração da Metro Mondego. E exemplificou: “Falemos do caso de uma pessoa cega que não tenha telemóvel. Quando ela adquire o seu título, vai fazê–lo de forma personalizada. A máquina de validação dá–lhe a informação através do som. A partir daí, o veículo de transporte saberá que existe ali uma pessoa invisual e vai dar–lhe as informações via audio”. Ou seja, quem compra o bilhete “é identificado como indivíduo e não como sistema”.
Mas este é apenas um exemplo, já que o projecto está a estudar todas as soluções que promovam a acessibilidade através de suportes de informação digital e associá–los à construção de bases de dados de operadores de transportes públicos. A implementação deste projecto passa também pela colaboração entre os diversos operadores, como os SMTUC, a RBL e a Joalto. “Queremos que eles participem e que compreendam o que estamos a fazer e, assim, desenvolver o sistema o mais universal possível”, adiantou Guilherme Carreira. “É um conceito moderno, pensado ainda na fase de concepção do Metro, um facto que acontece pela primeira no mundo”, acrescentou.
Os objectivos dos operadores passam ainda pela antecipação dos problemas, através do levantamento de requisitos de acesso à informação e a abertura à participação das pessoas com necessidades especiais, através do desenvolvimento das tecnologias disponíveis.
“Ter a informação disponível e não a compreender, ou não ser capaz de a ler ou ouvir, torna-a difícil e desmotivadora. Por isso, entendemos envolver neste projecto também organizações que representam cidadãos com capacidades limitadas de percepção, motivadas pelas mais variadas razões”, pode ler–se numa nota de Imprensa veiculada à comunicação social durante a sessão de apresentação.
João Redondo, um dos responsáveis pelo projecto, salientou a importância de criar uma relação de confiança, que estará garantida através da recepção de informação ao cliente. Ao criar essa relação, a Metro Mondego vai acabar por alcançar um outro objectivo que é a diminuição do uso de automóveis particulares.
Para este projecto formou–se um grupo de trabalho que juntou o Núcleo Regional do Centro da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral, a empresa Ideógrafo, Serviços Unipessoal, Lda e a Metro Mondego, S.A.
in As Beiras
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Parece que o metro também vai ser bem subterrâneo.Estudo aprova túnel em Celas
O Estudo de Impacte Ambiental ao prolongamento do túnel para o metro ligeiro de superfície, entre o Jardim da Sereia e Celas, até aos Hospitais da Universidade de Coimbra, mostra-se favorável à solução
De acordo com o documento elaborado pela empresa “AgriPro Ambiente – Consultores S.A.”, que estará disponível para consulta pública a partir de quinta-feira, «a solução em túnel apresenta-se com impactes positivos permitindo a inexistência de qualquer interferência com a superfície».
Um dos pressupostos da Metro Mondego para a escolha da circulação subterrânea foi precisamente a necessidade de salvaguardar a possibilidade de o projecto vir a interferir com o trânsito prioritário ou outro, assim como com os peões, o que passa a ser evitado totalmente.
O estudo salienta que as interferências vão ser nulas, tanto na Avenida Armando Gonsalves e Praça Mota Pinto, como nas artérias transversais, frisando o perigo que existia de ocorrerem atropelamentos, pelo carácter silencioso do metro.
Nas conclusões do resumo não técnico disponibilizado pelo Ministério do Ambiente pode-se ler que o impacto naquela zona vai ser muito maior durante a construção do túnel, altura em que serão afectadas a circulação rodoviária, a par dos abastecimentos de água, saneamento e energia.
Na fase de exploração, o documento considera que «os impactos prevêem-se positivos, associados essencialmente a uma melhor acessibilidade aos equipamentos e serviços da área em estudo e, consequentemente, ao nível do estacionamento, que se apresenta como um problema crítico.
Também no troço subterrâneo que já estava previsto anteriormente, entre o Jardim da Sereia e Celas, o impacte ambiental será positivo, em virtude de ter sido mudado o método de construção. Quando antes estava prevista para decorrer ao ar livre, o que provocaria inevitáveis transtornos, passou-se agora para o método mineiro, ou seja escavando por baixo da terra, e, consequentemente, sem interferência com a superfície.
Mais estudos
Nos 620 metros do troço entre Celas e o Pólo III, em que a construção será feita ao ar livre, a previsão do estudo é que surjam maiores dificuldades nos acessos aos prédios, garagens e unidades comerciais, devendo acontecer perturbação do trânsito, o que pode ser amenizado através do faseamento da obra.
Tendo em conta que se trata de uma zona residencial e hospitalar, o impacto de vibrações, poeiras e pedras será também maior.
Ao nível do subsolo, para além de variadas condutas de abastecimento de águas e saneamento, foi detectado um ponto de água, especificamente uma fonte pertencente ao Mosteiro de Celas. Para tratar eficazmente desta estrutura, o estudo sugere que sejam feitas análises mais aprofundadas, antes de qualquer intervenção.
Também a Cruz de Celas poderá ser afectada pela vibração, pelo que é recomendada a sua trasladação para terrenos do Mosteiro de Celas. Apesar de terem sido encontradas galerias subterrâneas, que também devem ser sujeitas a mais estudos, entre o Jardim da Sereia e Celas, no novo troço, até aos HUC, nada foi detectado que impeça a construção do túnel.
Basicamente o que o estudo diz é que a construção vai ser penosa, mas o resultado final justifica, até porque o projecto inicial, à superfície, teria implicações semelhantes durante a realização da obra.
Ao mesmo tempo, o processo de escavação do túnel que liga o Jardim da Sereia a Celas, será muito mais “limpo” que o previsto, uma vez que se processa no subsolo.
O Estudo de Impacto Ambiental vai estar aberto a consulta pública a partir da próxima quinta-feira, por um período que termina a 19 de Maio.
in Diário de Coimbra
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Isto é um espectáculo... Um dia destes avisam-vos que vão mandar a vossa casa abaixo para construirem um aeroporto. Se não quiserem: azar!APELO - “Não deitem abaixo a Democrática”
O dono da “Democrática” teme as consequências de uma eventual mudança de local do restaurante, devido às obras do metro. Por isso, apela à resistência activa ao camartelo.
Nelson Silva, um dos sócios–gerentes do restaurante “A Nova Democrática” – mas que foi e há–de ser sempre conhecido apenas por “Democrática” – foi há perto de um mês chamado a uma reunião, na sede da empresa Metro Mondego, SA. Ali foi informado de que o seu estabelecimento estava na “linha do metropolitano”, o que vale por dizer que o imóvel em que se insere está abrangido pelo plano de reconversão da Baixa, no âmbito das obras do eléctrico rápido.
Depois disso, Nelson Silva diz que mais nada soube. A não ser a notícia, no jornal, que dava conta da demolição de vários prédios, incluindo o do restaurante. Aí alarmou–se. Por isso decidiu participar numa sessão pública, organizada há dias pelo Conselho da Cidade, onde o presidente do conselho de administração da Metro Mondego reafirmou o teor da peça jornalística. “Foi–lhe dito que o prédio é abrangido, mas que a empresa deseja preservar a memória do espaço, pelo que se propõe manter o restaurante, numa das novas edificações, ali”, referiu o presidente da Câmara ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Nelson Silva está desde 1993 à frente do restaurante. Da parte dos proprietários do imóvel, os herdeiros de Elísio Neves – Frederico Neves, com quem contacta esporadicamente, reside em Vila Real... –, não ouviu ainda uma única palavra. O arrendamento abrange dois pisos: o rés–do–chão, com três salas refeiçoeiras, cozinha, sanitários e arrumos; o primeiro andar, com dependências que outrora foram quartos da residencial acoplada ao restaurante.
Cultura e afectos
Ao DIÁRIO AS BEIRAS, Nelson Silva enfatizou a dimensão afectiva que a casa tem. “Tenho clientes que já aqui vêm há décadas, outros conheci–os como estudantes e, anos mais tarde, voltam, orgulhosos de terem acabado o curso e, até, dos filhos e mulheres”. Muitos conheceram e frequentaram a “Democrática” e voltam regularmente, mesmo que vivam no Algarve, na China, ou no Brasil.
Outro factor de diferenciação da casa é o da cultura. Sessões musicais, representações cénicas, leitura de textos poético e lançamento de livros acontecem na “Democrática”, de quando em vez. Um dos impulsionadores é Carlos Carranca, professor, poeta e declamador, que Nelson Silva não hesita em considerar “um dos maiores e mais importantes amigos” da casa e que, precisamente hoje, ali dinamiza mais uma acção cultural – a representação da peça “O juiz da Beira”, de Gil Vicente, às 19H30, por um grupo de alunos da Escola Profissional de Teatro de Cascais.
Segundo Nelson Silva, esta e outras iniciativas – como, eventualmente, a criação de uma Liga de Amigos – visam sensibilizar os cidadãos de Coimbra, e não só, para a importância de “não deixar morrer a Democrática, a sua memória e a sua longa e rica história”. É que, como remata o dono, “quem vem à Democrática vem à procura do seu local de sempre”.
130 anos
Cabe dizer que tem já perto de 130 anos este carismático estabelecimento comercial da Baixa. Décadas a fio, então como adega típica, com petiscos e vinho de pipo, serviu de aconchego a tardes e noites de cavaqueiras embebedadas, ao mesmo tempo que desenvolveu forte atracção em hordas estudantis, com queda para o copo e para a cultura.
Por cima, de facto, funcionou até pouco depois do 25 de Abril uma espécie de pensão–residencial, que “conviveu” paredes–meias com o Coimbra Clube, colectividade tipicamente da Baixa, onde os bailaricos e uma ou outra representação cénica entretiveram futricas e convidados. Até que fechou.
Chegado ao negócio, que tomou de trespasse, a meias com o pai, Nelson Silva tratou de fazer obras. As instalações sanitárias, as paredes, a higiene em geral, nas salas de refeições, a par de uma profunda remodelação da adega, foram o resultado da intervenção, vão lá 11 anos, que mudou a face à “Democrática”.
No caso da adega, as mudanças foram mesmo radicais, pois aquele perfil de bancos e mesas de pau corridos, paredes sebentas de fumo e sarro, enchidos ao pendurão e um chão, que sempre fora de terra batida, mas que na altura ostentava um acimentado rudimentar, foram integralmente remodelados. “Até as loiças e as mobílias tive de renovar”, lembra Nelson Silva.
Antes dos actuais donos do estabelecimento, a “Democrática” foi detida por uma sociedade de dois comerciantes, de apelidos Reis e Simões, que compraram o trespasse em meados da década de 1980. Para trás, ficaram anos de uma gerência familiar prolongada, dos irmãos Lopes, retornados, que por volta de 1975 ali se instalaram, na sequência de alguns problemas com empregados, com tendências autogestionárias, certamente fruto dessa conturbada época revolucionária.
in As Beiras
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- Registado: sexta-feira, 12 novembro 2004 0:23
Por outro lado, a Câmara, por Lei, tem o direito á expropriação dos terrrenos desde que estes se incluam num projecto de beneficiação, conforme me parece que seja. De qualquer forma, o dono do restaurante terá direito a uma qualquer indemnização.
Não me parece muito justo colocar os "caprixos pessoais" à frente do desenvolvimento....
i guess...
Não me parece muito justo colocar os "caprixos pessoais" à frente do desenvolvimento....
i guess...