Boerboel Escreveu:
Discordo de algumas, muitas, coisas que também dizes... E entre elas emergem as seguintes: mostrar descontentamento para ti parece ser sinónimo de falta de respeito para quem organiza; tens uma visão simplista da situação e pareces acomodado com algo que podia ser diferente para melhor.
É por este acomodar de ideias, por esta confusão entre exigir mais e melhor com falta de respeito, que este pais não sai deste marasmo... Começa logo na mentalidade do estudante universitário...
Eu não estou contra se mostrar "descontentamento", estou contra as formas que escolhem para o demonstrar e a incompreensão, que muitos evidenciam, da dificuldade que é organizar uma Queima especialmente tendo em conta o que aconteceu no ano passado.
Eu também não estou contente com o cartaz... por um lado até acho bem terem bandas de coimbra por outro também acho que se calhar se poderia ter feito melhor (então não gostava eu de cá ter uns Franz Ferdinand, Linda Martini, Múm, Blonde Redhead?!), mas isso há SEMPRE espaço para melhorar, quer seja um bom ou mau evento pelo que de forma nenhuma me estou a acomodar.
(e até de certa forma se calhar estou a defender mais do que defenderia a Comissão Organizadora exactamente porque muitos extremam de forma exagerada a forma como demonstram o seu descontentamente... apenas tento que se consiga equilibrar a balança e faço um bocado de 'advogado do diabo' se bem que é um termo demasiado forte se calhar pois volto a frisar que não acho que o trabalho feito até agora pela comissão da queima seja MAU, acho perfeitamente aceitável)
Agora vejamos, a Queima é organizada por estudantes como eu e muitos outros, maior parte sem experiência que a vão ganhar exactamente com a organização da Queima (um dos objectivos da Universidade, criar competências)... podem defender que então se entregue a Queima a um organismo privado, até podias ter concertos espetaculares mas quanto a mim perdias a essencia da festa, que aliás se tem vindo a perder cada vez mais com uma certa mercantilização da mesma (a não existência de barracas dos núcleos - que voltam a não existir este ano após o ano passado terem havido 2 que rodavam entre os núcleos - , preços das bebidas e afins).
Em suma, acho que sim deve haver lugar à crítica, mas à crítica estruturada e positiva (no sentido de realmente ajudar, não apenas de apontar o dedo e ficar depois a coçá-los).
Vamos ver se realmente os concertos não agradam à maioria do público alvo, isso só se verá no final das noites do parque