Jazz 2004 - 2 a 5 de Dezembro

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Pedro
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Jazz 2004 - 2 a 5 de Dezembro

Mensagem por Pedro »

Não sou fã de jazz, mas como há quem seja, fica aqui a informação :).
Jazz 2004 arranca hoje

A presença de Spring Heel Jack ou do quarteto de Adam Lane, com o saxofonista que gravou “Ascension” com John Coltrane, estão aí para consolidar a presença de Coimbra no mapa dos grandes espectáculos de jazz

Três estreias de luxo em palcos portugueses, um concerto do pianista Bernardo Sasseti e dois ou três brindes suplementares são razão mais que suficiente para visitar ou permanecer em Coimbra neste final de semana.

O programa da 2.ª parte dos Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra 2004, que arranca esta tarde e termina na madrugada de domingo, pode muito bem ser um motivo de consolo para o orgulho ferido de uma cidade que poucas vezes atrai o que de mais vanguardista se vai fazendo no mundo da cultura. Will Holshouser Trio, Adam Lane Quartet e Spring Heel Jack, estão aí, por estes dias, para provar que a tradição já não é que o que era, desde que o Jazz Ao Centro Clube (JACC) começou a servir música a Coimbra e ao país.

Depois da excelente primeira parte dos “Encontros” deste ano (destaque as formações de Michael Blake e Dennis Gonzalez), que não conseguiu atrair ao auditório do ISEC tanto público como merecia, o JACC apresenta a segunda metade no Teatro Académico de Gil Vicente, com um cartaz eclético e a expectativa de se fazer ouvir por muita gente.

A abertura é muito pouco ortodoxa. Pelas 15h00 de hoje, o trio do acordeonista norte-americano Will Hoslhouser (o segundo grande acordeonista presente em Coimbra esta semana, depois do finlandês Kimmo Pojhonen, ontem à noite) actuará no Gil Vicente, com entradas à borla, para alunos das escolas secundárias convidadas pelo JACC e para os que ainda encontrarem cadeiras vagas...

Com este concerto, o clube de jazz propõe-se dar continuidade ao trabalho de sensibilização da comunidade estudantil que vem levando a cabo em estabelecimentos de ensino, designadamente, com workshops. O trio de Will Hoslhouser, com o trompetista Ron Horton e o contrabaixista David Phillips, deverá concentrar-se no surpreendente “Reed Song”, o seu mais recente disco.

Logo à noite, a partir das 21h30, sobe ao palco do Gil Vicente Adam Lane Quartet. Um concerto imperdível, em que o contrabaixista norte-americano Adam Lane se fará acompanhar por Paul Smoker, no trompete, Barry Altschull, na bateria, e John Tchicai, o saxofonista que gravou “Ascension” com o mítico John Coltrane. Há tempos, a revista “Signal to Noise” escrevia, sobre a formação de Adam Lane, assim: «Correndo o risco de soar a hipérbole, este quarteto é tudo aquilo o que pode ser a música criativa, composta e improvisada, neste começo do século XXI».

A presença do Adam Lane Quartet em Coimbra não se esgotará no Gil Vicente. Sexta e sábado, depois dos concertos no teatro académico, o quarteto tocará no Quebra-Club, no Parque Verde do Mondego.

Will Holshouser Trio regressará ao Gil Vicente, amanhã à noite, para um segundo concerto, antes do pianista Bernardo Sassetti, a solo, dar a ouvir o seu último trabalho discográfico, “Índigo”, que sucede ao bem acolhido “Nocturno”. Amanhã também será apresentado, às 18h00, no Foyer do Gil Vicente, o livro de José Duarte “Poezz”.

Para muitos, o momento mais aguardado desta segunda parte do festival do JACC – cuja organização conta com o apoio da Câmara de Coimbra e da editora portuguesa Trem Azul (ou Clean feed) - está marcado para a noite de sábado. Não tem faltado vontade de ver e ouvir em Portugal Spring Heel Jack, o duo do britânico John Coxon (guitarra e piano) e Ashley Wales (electrónica), mas só agora foi garantida a sua presença em território português.

O concerto servirá para apresentar o último trabalho “Sweetness Of The Water”, gravado com o fabuloso trompetista Wadada Leo Smith, o contrabaixista John Edwards, o baterista Mark Sanders e o saxofonista Evan Parker, que, lamentavelmente, não virá a Coimbra. Na fusão de electrónica com instrumentos clássicos do jazz em que vêm investindo nos seus últimos quatro álbuns, depois de virarem as costas ao drum’n’bass, Spring Heel Jack mostrará decerto por que é considerado um expoente máximo do que se vai fazendo na área da improvisação electro-acústica. Para ouvir sem preconceitos.

Fonte: Diário de Coimbra

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