Encerramento da ESTGOH

[Pedro]

«Não se podem cortar 2,6 milhões de euros e ficar tudo na mesma», diz presidente do IPC

Rui Antunes, presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, diz que além das críticas ao fecho da escola de Oliveira do Hospital quer soluções para enfrentar os cortes.

«Pareceu-nos a decisão com menos custos» pois não teria de haver despedimentos e a formação dos alunos seria assegurada nas restantes escolas de Coimbra. É deste modo que Rui Antunes, presidente do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) explica a decisão tomada no início da semana de encerramento da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) que, como ontem noticiámos, originou uma onda de contestação naquela cidade.

Ao Diário de Coimbra, Rui Antunes referiu que o corte de 2,6 milhões de euros para 2012 (cerca de 8,5 % do orçamento do IPC) foi conhecido há poucas semanas e foi ele que ditou a mudança de posição. «Pareceu-nos a decisão com menos custo. Não se podem cortar 2,6 milhões de euros e ficar tudo na mesma. Achamos que solução é má. Vamos encerrar a escola, o que tem implicações e não gostaríamos de ter de o fazer mas qual é a alternativa?», refere, acrescentando que aceita as críticas mas aguarda por outras alternativas que possam fazer face ao corte de 2,6 milhões de euros. A não se fazer nada, diz, antes do final do ano lectivo não haveria dinheiro para o IPC saldar os seus compromissos.

Fonte: Diário de Coimbra

É uma decisão que provavelmente vai complicar a vida aos alunos, professores e funcionários que já tinham a vida estabelecida naquela cidade. A mudança para Coimbra irá certamente implicar, pelo menos, mais custos. No entanto, em face dos cortes, parece-me que foi a solução possível. Esta mania de cortar cegamente na educação (que, em conjunto com saúde e segurança, devia ser vista como um investimento para o futuro e bem-estar da sociedade e não como uma despesa) vai acabar por destruir o (pouco) que ainda funciona no sistema educativo...

[Pedro]

Ministério impede fecho da ESTGOH

Decisão já comunicada ao presidente do Politécnico de Coimbra diz que medida não é aceitável em vésperas do novo ano lectivo.

O Ministério da Educação recusou o pedido do Instituto Politécnico de Coimbra para transferir alguns cursos que funcionam na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital e alunos para outros estabelecimentos de ensino, encerrando a escola.

Num comunicado divulgado ontem, o Ministério afirma entender que «estas medidas não são aceitáveis a dias da abertura do novo ano lectivo, pelo universo de pessoas que abrangeriam».

Fonte: Diário de Coimbra

Parece que as coisas afinal não vão ficar por aqui... resta ver como resolvem o problema do orçamento.

[agnes]

E que era feito das pessoas que estavam ali a estudar? Oliveira do Hospital não é propriamente perto de Coimbra!

[yELLOW]

E que era feito das pessoas que estavam ali a estudar? Oliveira do Hospital não é propriamente perto de Coimbra!

Inda fica a cerca de 80Km. Tou para ver mas é as pessoas que estudavam lá, como é que vão fazer para irem para coimbra. Arranjarem casa etc. E até mesmo os alunos que são naturais de cá de Oliveira, agora terem de ir deixar as suas casas para ir para Coimbra. Há-de ser um pouco incómodo no mínimo...

[Pedro]

Para já não encerrou (segundo as notícias de hoje), pelo que não deverão ser afectadas directamente. No entanto, um corte orçamental de 8.5% é puxado, alguma coisa terá de desaparecer...

[gunky]

Na altura em que o dinheiro era "barato" fizeram-se faculdades e instituto a torto e a direito. Houve casos ate de instituiçoes que foram construidas sem ainda terem autorizaçao do ministerio para poderem leccionar. Agora que a realidade vem ao de cima e mau fechar estas instituiçoes. Ja aconteceu com a da Figueira e eventualmente vai acontecer com esta.... Nao ha milagres...

[Barreto]

Agora é injusto e compreendo que seja. A questão é que nunca deveria ter sido construído. Eu sei que não é fácil para as populações mais interiores ou afastadas das capitais de distrito mas o dinheiro de construir e manter essas escolas dava bem para residências e bolsas para muita gente, mas enfim é a gestão que há neste país. Deviam reparar na quantidade astronómica de estabelecimentos de ensino superior que há num país como o nosso...

[Pedro]

Politécnico avança com nova tentativa para encerrar ESTGOH

Comissão de trabalho propõe vagas zero para a escola de Oliveira já no próximo ano lectivo.

O Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) parece não desistir do fecho da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) já no próximo ano lectivo. De acordo com o relatório da comissão de trabalho responsável pelo estudo da reorganização da oferta formativa do IPC, que chegou ontem às mãos do presidente da Câmara Municipal de Oliveira, é proposto que a ESTGOH não venha a abrir qualquer vaga nos cursos que tem actualmente, para ser transformada num pólo na área das tecnologias da saúde, ainda que sem qualquer garantia dos novos cursos serem aprovados.

Perante mais um capítulo desta “novela”, como lhe chamou José Carlos Alexandrino, o executivo camarário voltou ontem a ser implacável na defesa da escola superior, mostrando-se contra as conclusões de um relatório que «não oferece quaisquer garantias e imparcialidade e credibilidade», tendo em conta que foi realizado «pelas mesmas pessoas que em Agosto do ano passado quiseram fechar a ESTGOH». «Este problema da ESTGOH parece uma novela, que tem um realizador que não lhe quer pôr fim nem um fim feliz, e chama-se Rui Antunes», contra-atacou o presidente da autarquia oliveirense, reafirmando aquilo que ainda esta semana tinha dito ao Diário de Coimbra, de que esta comissão «está viciada».

Fonte: Diário de Coimbra

Querem desistir dos cursos actuais e transformar a escola num "pólo na área das tecnologias da saúde" (o que suponho implique algum investimento) ainda sem garantia de que vai haver cursos para tal? Parece-me uma correcção pior do que simplesmente fechar...

[banjix]

Se calhar é uma jogada para ver se, realmente, conseguem fechar a ESTGOH. Dizem que vão fechar os cursos actuais para abrir novos cursos em novas áreas e, depois, nem uma coisa nem outra. É típico acontecerem estas coisas! É como a questão dos caminhos de ferro. Fecham-se as linhas com o argumento de que estas irão ser modernizadas, arrancam os carris e, depois, nem velho nem novo! A partir do momento em que se fecha, já não se abre mais.

[goncalopes88]

Existem cursos profissionais que passaram a cursos superiores...Portugal não consegue dar resposta a todas as pessoas licenciadas quer em Universidades ou Politécnicos, construi-se muitos institutos superiores e agora querem fechar...Pergunto onde ficam as pessoas que antigamente ficavam no designado Quadro Médio das empresas, hoje em dia quase toda a gente tira uma licenciatura, o governo devia acabar com o sistema de maiores de 23, quem quer entrar para um curso superior, exames nacionais como toda gente, e nada de novas oportunidades que foi a pior coisa que o governo português inventou, podia ser interessante mas não no modelo que vingou...Enfim vindo de um ministro que tira um curso ao domingo...É de esperar tudo.

[Pedro]

Presidente da ESTGOH contra aposta exclusiva na área da saúde

O presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) aproveitou a vinda dos deputados do PSD, ontem, ao concelho, para manifestar a sua preocupação com a anunciada reestruturação da oferta formativa da escola, voltada para cursos na área da saúde. Jorge Almeida, que esteve presente no almoço dos deputados com os empresários e representantes de instituições concelhias, não deixou de mostrar a sua «dupla» apreensão por aquilo que se tem vindo a dizer sobre o futuro da ESTGOH, nomeadamente esta última indicação saída do Conselho Geral do IPC, de que a escola superior de Oliveira é para manter mas não com os cursos em vigor actualmente.

«Isto preocupa-me porque em Março do ano passado o presidente do IPC queria uma escola virada para a gestão, em Maio fecha o curso de Engenharia Civil e diz que tem que se virar para a área dos biocombustíveis, e agora querem novamente virar para a área da saúde, não percebo o que é que a Terapia da Fala tem a ver com energias renováveis», lamentou-se o presidente da ESTGOH, lembrando que além da propalada ligação à Plataforma BLC3 ficar sem efeito, os professores que leccionam actualmente na escola «não poderão servir para esses cursos».

Fonte: Diário de Coimbra

Começa mesmo a parecer-me que a suposta mudança para a saúde é só para fechar a escola.

[Pedro]

Ministério acaba com Marketing na ESTGOH

O curso mais procurado nesta escola descentralizada do IPC tem zero vagas para o próximo ano.

No espaço de dois anos é o segundo curso “esvaziado” na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH). De acordo com a informação da Direcção Geral do Ensino Superior, a licenciatura em Administração e Marketing já não abre qualquer vaga para o próximo ano lectivo, apesar de ser um dos cursos com mais procura na ESTGOH. O fecho do curso de Marketing é ainda assim “substituido” pela abertura de um novo curso na área do Desenvolvimento Regional e Ordenamento do Território, que abre com 30 vagas.

Fonte: Diário de Coimbra

Parece-me que o objectivo é mesmo acabar com a ESTGOH...

[Chong Li]

Fecham um curso e abrem outro?!

[LIC]

Ontem na audição parlamentar do pres. da CM de Oliveira do Hospital e do Director da Escola ficou essa ideia no ar.
Que vão encerrar a escola custe o que custar. Parece que uma das razões é duplicação de cursos. E para não haver duplicação de cursos mudaram-no para Coimbra.

Só espero é que dê nova repetição hoje na ARTV

[Pedro]

Menos alunos e dinheiro ditam mudanças na Escola Superior de Oliveira do Hospital

O decréscimo de alunos e as restrições orçamentais explicam as alterações nos cursos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH), esclareceu hoje o presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, Rui Antunes.

O responsável disse isto após ter sido ouvido sobre este assunto na Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República, onde foi questionado pelo facto de o IPC não ter atribuído vagas ao curso de Administração e Marketing na ESTGOH para o próximo ano letivo.

“Temos falta de dinheiro e também faltam alunos”, disse, realçando que nestas circunstâncias, o IPC, do qual aquele estabelecimento faz parte, “tenta encontrar alternativas” para aquela escola do interior do distrito de Coimbra.

“A solução de Oliveira do Hospital está muito associada a questões do Orçamento de Estado”, afirmou Rui Antunes, cabendo ao Governo “reconhecer o papel” da ESTGOH “no desenvolvimento económico” da região.

“Não podemos olhar para uma escola como esta, como para uma faculdade (das universidades) de Lisboa, Porto ou Coimbra”, concluiu.

Fonte: As Beiras

Com as medidas que têm sido tomadas, em conjunto com a situação económica actual, é normal que haja menos alunos...