userN Escreveu:daniel322 Escreveu:userN Escreveu:Deves julgar que todos têm possibilidade comprar casa em Coimbra.
userN Escreveu:Resolves o problema do imobiliário em Coimbra por magia!? Se sim, trata já disso

Respostas de quem cruza os braços e diz "Pronto, é assim, não há nada a fazer"
O problema do imobiliário seria relativamente simples de resolver assim houvesse vontade/coragem política.. muito resumidamente bastava uma reforma a sério na Lei das Rendas, de um planeamento regional em vez de concelhio, de fiscalização nos já existentes e de incentivos fiscais a quem se mudasse para determinadas zonas urbanas..
Não é preciso ser-se o Luís de Matos..
Olha que é quase ...

Isto ultrapassa-me! Se se tentam apontar soluções, só por magia é que se poderiam pôr em prática. Então tu preferes não apontar solução nenhuma... Ou então deixar tudo na mesma... Enfim...
Alguém viu ontem a TVI de manha? No Você na TV estiveram em Coimbra a fazer várias peças sobre tasquinhas tradicionais. Eu estava muito curioso para saber que imagem ia passar de Coimbra e fiquei muito desapontado porque as imagens continuam a conter prédios velhos, com fiação exterior desorganizada... muito feio! A única imagem mais positiva era, ironicamente, do Mijacão que, como sabem, foi recuperado recentemente e como só filmaram a entrada, não se notava a envolvente.
Toda esta questão da renovação urbana é importante. É preciso desenvolver esforços para aliciar os proprietários a quererem recuperar (seja dando os prédios à CMC sob acordo de receberem uma % do lucro quando os apartamentos forem vendidos; seja revendo a legislação de arrendamento).
Há algo que eu gostava que fosse tido em conta. A SRU não pode ver (excepto casos em que o imóvel tem valor histórico) cada edifício como um único bloco. Isto é, a cidade, os moradores e a SRU ganhava mais se em vez de reabilitar edifício por edifício fosse possível juntar dois ou três edifícios e criar um único maior. Primeiro, íamos construir casas maiores pelo mesmo preço; depois podia ser mais rentável criar garagens sub enterradas ou mesmo subterrâneas. Terceiro, os vários proprietários ficavam a ganhar porque pode ser mais fácil reaver o dinheiro investido. Depois usa-se uma lógica deste género: se os proprietários pagam todo o investimento, claro que os lucros devem ser divididos entre eles. Mas se por outro lado a CMC pagar uma % da reabilitação, essa mesma % do lucro da venda deve reverter para a Câmara.
A Câmara pode, inclusivamente, criar uma bolsa de investidores: privados que estejam dispostos a dar dinheiro para a reabilitação urbana. O retorno acontece quando um imóvel é vendido ou alugado e, nesse caso, cada investidor recebe parte dos lucros equivalente à percentagem investida. No entanto, acho que isto já acontece: acho que o Fundo Imobiliário que a CMC criou funciona mais ou menos assim, mas não tenho conhecimento para falar sobre isso.
ATENÇÃO:
Há soluções para a Baixa. Nenhuma delas milagrosa. Nenhuma delas superior às outras. O problema da Baixa vai arrastar-se durante os próximos anos. Há várias coisas que é necessário mudar.
É preciso reabilitar? É! Se daqui a 10 anos todos os edifícios estiverem arranjados, Coimbra pode, finalmente limpar a imagem que passa para o exterior: prédios velhos;
É preciso ter carros? É! Mas os carros não são tudo. Eu defendo que eles devem existir mas que os transportes dentro da cidade devem ser tão eficientes que façam com que os moradores não precisem de usar o carro.
É preciso mudar mentalidades? É! É sobretudo criar uma politica de adaptação e de verdade. Eu não devo ter uma postura de negatividade em relação a uma proposta feita por outra pessoa só porque sim. Cada um deve esforçar-se por compreender o que se passa. Cada um deve apresentar soluções para os problemas da comunidade. Este pensamento comunitário, de vida em sociedade, não existe muito.
É preciso uma varinha mágica? Seria, seguramente, mais fácil! Mas como isso não é possível, porque não criar propostas e tentar pô-las em prática?