Coimbra encaixa milhões com Programa Prohabita
A “luz verde” para uma verdadeira revolução na Habitação em Coimbra. Poderá resumir-se assim a aprovação, por José Luís Arnaut, da candidatura da cidade ao Programa Prohabita. Ao longo de cinco anos, a autarquia recebe quase 17 milhões de euros para realojar 588 famílias do concelho. E isto para um investimento total de 22 milhões de euros, dos quais a autarquia tem apenas de suportar cinco milhões. A única “pedra no sapato” é, por enquanto, o Centro Cívico do Planalto do Ingote
«Uma grande conquista». Foi a reacção, orgulhosa, de Jorge Gouveia Monteiro à aprovação da candidatura de Coimbra ao programa Prohabita, por parte do ministro José Luís Arnaut. E não é para menos. Esta resposta positiva do Governo representa quase 17 milhões de euros de financiamento para o realojamento de 588 famílias do concelho em cinco anos.
«É, realmente, um importante estabilizador da política de Habitação de Coimbra para os próximos anos», adiantou o vereador responsável por esta área, esclarecendo que, depois do levantamento das famílias em situação de grave carência habitacional no concelho – realizado há um ano atrás -, a candidatura da autarquia previa um investimento de cerca de 22 milhões de euros, correspondente ao realojamento de 588 famílias.
Isto significa que a Câmara resolve alguns dos mais importantes problemas habitacionais do concelho e apenas investe, em cinco anos, cinco milhões de euros do seu próprio orçamento. Os restantes são financiados pelo Prohabita, 8.781.500 euros (37% do investimento) a fundo perdido e 8.126.484 euros (35%) através de empréstimo bonificado.
É a confirmação destes valores que o ministro José Luís Arnaut vem trazer segunda-feira a Coimbra, com a assinatura, pelas 11h00, do protocolo que comprova a aprovação do Prohabita para a cidade.
145 novos fogos
e 354 recuperados
Em termos práticos, a aprovação do Prohabita em Coimbra irá permitir à autarquia a construção de 145 fogos: 35 dos 70 fogos em Almas de Fala, em S. Martinho do Bispo (os restantes serão para venda); a totalidade do novo Bairro da Misericórdia (28 fogos), cinco novos empreendimentos em Souselas, em Santa Eufémia, Taveiro; na Rua do Pinhal, em S. Martinho do Bispo; na Quinta da Fonte do Castanheiro e entre esta e a Quinta do Junqueiro (num total de 80 fogos). Há ainda a reconstrução de um imóvel com dois fogos, na Rua Direita.
Só para a construção, o investimento previsto é de oito milhões e 600 mil euros. Destes são comparticipados 40% a fundo perdido e outros 40% a crédito, num total de seis milhões e 880 mil euros. Os restantes 20% cabem à autarquia.
Está ainda prevista a recuperação de 19 fogos, já pertencentes à autarquia, na Baixa da cidade, e 335 habitações nos vários Bairros Municipais da autarquia, precisamente, 100 em Celas, 50 na Fonte do Castanheiro, 85 no Ingote, 50 na Fonte da Talha e 10 por ano no Bairro da Rosa. Este último corresponde a um investimento de 20 milhões e 333 mil euros, que servirá para alojar 335 famílias em situação de grave carência habitacional detectados nos respectivos bairros camarários.
Em casos de recuperação, o Prohabita financia 30% do investimento a fundo perdido e outros 30% em crédito. Assim, dos 21 milhões e 483 mil euros investidos, a comparticipação estatal é de quatro milhões e 100 mil euros.
“Sabor a prémio”
A maior comparticipação (50% a fundo perdido e 50% para crédito) do Prohabita é, no entanto, para aquisição e reabilitação de fogos. Dentro deste item estão incluídos 13 fogos, espalhados entre a Baixa e a Alta da cidade, num total de 729 mil euros de investimento. A escolha destas habitações prendeu-se com o facto, «ou de estarem junto de casas já da autarquia», ou porque «o valor da aquisição é interessante para o município», expressou Gouveia Monteiro.
Resta ainda o arrendamento de 100 habitações para posterior subarrendamento por parte da Câmara e com um financiamento de 40% a fundo perdido. Recorde-se que, quer para este caso, quer para os de construção, de recuperação ou reabilitação, o financiamento do Prohabita é sempre para posterior arrendamento às referidas 588 famílias em situação de grave carência habitacional. Isto apesar de a autarquia ter em mente a venda de habitações, fora deste programa.
São elas, metade das casas da Fonte da Talha (972 mil euros); metade do Bairro do Ingote (dois milhões e 210 mil euros e metade do Bairro da Fonte do Castanheiro (300 mil euros). A Habitação deixa, assim, de ser um dos sectores mais gastadores da autarquia, não só pelo lucro vindo da venda, mas também pelo que a Câmara “poupa” com esta ajuda do Prohabita. «Estou muito satisfeito. Esta resposta corresponde ao esforço muito intenso do Departamento de Habitação ao longo do ano de 2004», afirmou Gouveia Monteiro, reagindo à notícia. «Tem, realmente um sabor a prémio», afiançou, adiantando que «seja quem for que esteja, no futuro, ao leme deste sector, tem orçamento com dinheiro para acudir às situações mais graves de Habitação do município». «Não esgota, mas resolve, definitivamente, as situações mais graves», concluiu.
in Diário de Coimbra
Programa Prohabita
- ShichiAkaAkuma
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- Pedro
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Hmmm... a menos que eu esteja a confundir coisas (que é o mais provável), a Celas que eu conheço não me parece precisar de obras em 93% dos seus edifícios. Por isso... a que bairro de Celas é que eles se referem?“Nasce” em Celas um bairro novo
Dentro de cinco anos, e com a ajuda do Prohabita, o Bairro de Celas estará como novo. As 93 casas degradadas do bairro irão ser recuperadas sendo, para isso, necessária «a colaboração» dos seus moradores. Para explicar em que consiste a intervenção e quais as soluções pensadas para que as obras se realizem, o Departamento de Habitação da autarquia reúne-se hoje com os moradores
Os moradores do Bairro de Celas reúnem-se hoje à tarde com o vereador Jorge Gouveia Monteiro para conhecerem e debaterem os pormenores da intervenção que o Departamento de Habitação da autarquia irá fazer naquele bairro e que levará à recuperação total de 93 das suas 100 habitações (as sete restantes já foram sujeitas a operações de reabilitação pela autarquia).
A revolução prometida para o parque habitacional da autarquia com o apoio do Programa Prohabita começa a desenhar-se em Coimbra, sendo esta reunião uma tentativa do Departamento de Habitação de apelar aos moradores do Bairro de Celas para «que compreendam a importância desta operação e colaborem com ela» e, dentro de cinco anos, a cidade possa ter ali «um bairro com outras condições de habitabilidade e de conforto», explicou o vereador.
Para que tal aconteça, a autarquia terá de fazer uma verdadeira corrida contra o tempo. Ter 93 casas para remodelar em cinco anos significa, adiantou Gouveia Monteiro, «termos 26 casas por ano em obra» o que implica «uma operação muito complexa de realojamento» e «muita compreensão e colaboração dos moradores».
Assim, uma das propostas que o Departamento de Habitação (vereador e alguns técnicos) leva hoje às 94 famílias que habitam no Bairro de Celas passa por conseguir que «alguns moradores com mais possibilidades se voluntariem para saírem durante seis meses do bairro» para que as suas casas sejam as primeiras a sofrerem melhoramentos e passem a alojar os moradores das restantes habitações a intervencionar.
Bairro “virado do avesso”
Esta seria, confessou Gouveia Monteiro, «a solução ideal» para a recuperação do bairro. No entanto, continuou, «tem de haver elasticidade da nossa parte para outras soluções», até porque «há pessoas que não têm condições para sair».
A previsão para este ano é de recuperação de dez casas, estando já pensado o realojamento de cinco a seis famílias. Nos anos seguintes (de 2006 a 2008), «a previsão é de revirar o bairro do avesso» de tal maneira que, tendo em conta que a remodelação de cada casa demora cerca de seis meses, haverá sempre «13 casas em obra permanentemente durante este período», explicou o vereador.
Recorde-se que o Bairro de Celas aloja 94 famílias (cerca de 209 residentes) em 100 habitações. A intervenção neste bairro camarário implica um investimento de quatro milhões e 700 mil euros (três milhões e 500 mil dos quais financiados pelo Prohabita e os restantes pela Câmara Municipal de Coimbra), o que significa que a remodelação de cada casa custará cerca de 45 mil euros.
Fonte: Diário de Coimbra
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prohabitano Bairro de Celas
Relativamente à recuperação do Bairro de Celas, tão pomposamente anunciada pela Cãmara Municipal de Coimbra, tenho que dizer que no mínimo resultou num fiasco. As obras que deveriam acabar em 2009, têm sido suspenass por várias vezes, sem explicaçõa da Câmara e da ineficaz Associação de Moradores do referido Bairro. neste momento (quase Maio de 2008) as casas recuperadas não chegam às duas dezenas das noventa e tal. Assim vai a vida nesta Câmara Municipal.
Será caso para perguntar: para onde foi o dinheiro? porque é que os moradores não são informados? Será que a própria Associação de Moradores é informada? Será que esta Associação de Moradores informa todos os moradoes adequadamente? Será que alguns membros dessa associação estão interrssados no bem geral ou no seu próprio bem?.......
Será caso para perguntar: para onde foi o dinheiro? porque é que os moradores não são informados? Será que a própria Associação de Moradores é informada? Será que esta Associação de Moradores informa todos os moradoes adequadamente? Será que alguns membros dessa associação estão interrssados no bem geral ou no seu próprio bem?.......
Re: prohabitano Bairro de Celas
A recuperação do bairro de Celas irá estar mais ou menos suspensa durante vários meses. Nesse intervalo há a intenção de proceder à remodelação das redes de abastecimento de água e de esgotos do bairro que estão em estado muito degradado. Depois parece que as obras nos edifícios continuarão.sandraj Escreveu:Relativamente à recuperação do Bairro de Celas, tão pomposamente anunciada pela Cãmara Municipal de Coimbra, tenho que dizer que no mínimo resultou num fiasco. As obras que deveriam acabar em 2009, têm sido suspenass por várias vezes, sem explicaçõa da Câmara e da ineficaz Associação de Moradores do referido Bairro. neste momento (quase Maio de 2008) as casas recuperadas não chegam às duas dezenas das noventa e tal. Assim vai a vida nesta Câmara Municipal.
Será caso para perguntar: para onde foi o dinheiro? porque é que os moradores não são informados? Será que a própria Associação de Moradores é informada? Será que esta Associação de Moradores informa todos os moradoes adequadamente? Será que alguns membros dessa associação estão interrssados no bem geral ou no seu próprio bem?.......
- anaallo
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Não é por nada mas esse interesse no dito "Bairro de Celas" é no mínimo estranha... Conheço Celas e não estou lá a ver prédios assim tão degradados! Se eles se apressassem na reconstrução dos prédios da Baixa e da Alta é que era! Qualquer dia aquela porcaria vai abaixo como um baralho de cartas! Se não fosse o facto de os prédios serem contíguos, suportando-se uns aos outros já tinham ido para o galheiro!
- lilianazevedo
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Com certeza que não deves saber do que falas para dizer que nada está a ser feito na Alta de Coimbra. Convido-te a dar uma volta por lá e verás o que está a ser feito. Relativamente a candidatura a património mundial, grande parte da recuperação da alta começou antes da apresentação da candidatura. A candidatura foi apresentada pela universidade e em parceria com a câmara estão a ser executadas alguns projectos. Mas as habitações e pavimentos que estão a ser recuperadas nada têm a ver com a candidatura, mas sim com parcerias entre a Câmara municipal e os privados, através de diversos programas de reabilitação urbana, nomeadamente o PRAUD. Mais te informo, que apesar de acharmos sempre que Coimbra não faz nada de jeito e que os dinheiros são sempre mal usados, a cidade de Coimbra tem sido enaltecida pelo bom exemplo que tem tido na reabilitação através do programa PRAUD, a diferença em relação às outras cidades, nomeadamente o Porto, é que sempre que se recupera uma casa faz-se um festa e em Coimbra não.
Mas para saberes mais sobre o que se faz na alta vai ao site da câmara:
http://www.cm-coimbra.pt/index.php?opti ... Itemid=455
Dentro da página do centro histórico pode ver toda a evolução... evolução comprovada numa visita pelas ruas da alta....
Depois a Alta de Coimbra não é assim tão grande como julgas… se tirarmos todos os edifícios da “cidade Universitária” pouco sobra.
Mas para saberes mais sobre o que se faz na alta vai ao site da câmara:
http://www.cm-coimbra.pt/index.php?opti ... Itemid=455
Dentro da página do centro histórico pode ver toda a evolução... evolução comprovada numa visita pelas ruas da alta....
Depois a Alta de Coimbra não é assim tão grande como julgas… se tirarmos todos os edifícios da “cidade Universitária” pouco sobra.
anaallo Escreveu:Mas mesmo assim a Alta é bastante grande e nalgumas ruas vê-se perfeitamente que nada está a ser feito, não sei se tais projectos já estarão em andamento... De qualquer modo sei que a Alta está a ser alvo de um programa que visa a candidatura a património mundial....
lilaz