iParque

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DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

Edificio Nicola Tesla previsto para o iParque. Penso que será este o edificio administrativo do Coimbra iParque, mas não o posso afirmar com todas as certezas.

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

Depois de uma visita ao IParque deixo aqui umas fotos para poderem acompanhar a evolução da obra: Link

RuiSantos
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Mensagem por RuiSantos »

Excelente fotos Daniel, dá para ver que a 1ª fase da obra está mesmo a terminar!

Já agora, tens a certeza que aquilo vai ser um lago?!

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

RuiSantos Escreveu:Excelente fotos Daniel
Obrigado.
RuiSantos Escreveu:Já agora, tens a certeza que aquilo vai ser um lago?!
Sim. Vai ser um lago artificial que faz parte da zona de lazer. Pode-se ver nesta planta geral.

RuiSantos
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Mensagem por RuiSantos »

DaniFR Escreveu:Sim. Vai ser um lago artificial que faz parte da zona de lazer. Pode-se ver nesta planta geral.
Não sabia disso, parece-me bem :)
Última edição por RuiSantos em segunda-feira, 02 março 2009 15:30, editado 1 vez no total.

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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »

O lago previsto para o IParque tem uma função especifica que é a de constituir uma bacia de retenção para as águas pluviais. Devido à enorme impermeabilização que este empreendimento irá introduzir no local, o aumento dos caudais pluviais seria incomportável para a ribeira dos Covões (que já apresenta muitos problemas de escoamento). Assim foi decidido em fase ainda de estudo prévio que seria construída uma bacia de retenção para amortizar os caudais de cheia.
Depois em fase de projecto foi decidido integrar essa bacia na arquitectura paisagística do local com a criação do lago.

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duffy
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Mensagem por duffy »

Esse lago com uns peixinhos, até pode dar origem a uns concursos de pesca entre as empresas :D

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

Coimbra I Parque

Coimbra quer mostrar-se “Criativa e Empreendedora”

Mostrar uma Coimbra e uma região Centro empreendedoras, criativas. Divulgar, apontar casos de sucesso, explicar os insucessos, internacionalizar as iniciativas, envolver a população, surpreender. A Europa fez de 2009 o Ano da Criatividade e Inovação e o iParque, em parceria com 15 outras entidades e empresas da cidade e da região, aproveitaram a «feliz coincidência» para, durante nove meses, demonstrar porque é que Coimbra merece o título de “Criativa e Empreendedora”.
«Queremos dar visibilidade ao que existe», explicou ontem Norberto Pires, presidente do Conselho de Administração do iParque, numa sessão que decorreu no Pavilhão Centro de Portugal e que serviu para apresentar o evento que, mensalmente, se debruçará, através das mais diversas iniciativas, sobre diferentes temas relacionados com o papel de Coimbra na área da Incubação (Março), Empreendedorismo (Abril) ou Formação e Emprego (Maio).
«Há uma falta de bairrismo em Coimbra. Temos de ser bairristas», desafiou o responsável, mostrando-se especialmente satisfeito por, até ao final do ano, poder despertar as pessoas, não só para o que a cidade e a região Centro representam, mas especialmente para «as novas oportunidades», de negócio ou de emprego, que têm para oferecer. «E em tempo de crise, tudo depende da nossa capacidade empreendedora», acrescentou.
Entre workshops, conferências, cursos, assinatura de protocolos ou concursos de ideias de negócios (o extenso programa pode ser consultado em www.coimbracriativa.pt), o “Coimbra Criativa e Empreendedora” tem vários momentos altos até ao final do ano. Ainda não há data confirmada, mas é certo que durante o mês de Abril as atenções estejam voltadas para a inauguração da primeira fase do iParque, prevendo-se que arranquem também as obras de construção do edifício central do parque. Aliás, Norberto Pires demonstrou o desejo de ali realizar a sessão de encerramento do “Coimbra Criativa e Empreendedora”, marcada para Dezembro.
Seja como for, até ao final do ano, Coimbra abrirá as portas da inovação e do empreendedorismo. Uma situação de que se orgulha Carlos Encarnação, que sublinhou o facto de, finalmente, a cidade valorizar aquilo em que “é boa” – «e somos bons em muita coisa», afirmou –, deixando de estar «emoldurada numa imagem do século passado». «Não queremos mais isso», adiantou.

Repercussões nos próximos 10 anos

Consciente de que, nos últimos anos, Coimbra tem andado «a marcar passo» no que respeita a enaltecer as suas iniciativas ligadas à inovação e ao empreendedorismo, o presidente da Câmara Municipal está convicto de que a parceria entre a Universidade e as empresas veio «preencher um “gueto desgraçado”» e de que «não falta nada» na «cadeia que vai desde a produção do saber e a aplicação desse mesmo saber».
O autarca confessou-se «animado» por a cidade ter vários exemplos de sucesso para apresentar durante os próximos nove meses, mas preocupado pelo facto de nem sempre a capacidade inovadora e empreendedora de Coimbra ser acompanhada do respectivo investimento público. «Muitas vezes aparece mais dinheiro para resolver problemas do capacidade criativa para lhe dar destino útil. Em Coimbra é sempre ao contrário», adiantou. Em representação da Universidade de Coimbra (UC), Pedro Saraiva sublinhou a importância da realização de um evento como o “Coimbra Criativa e Empreendedora” numa cidade que, na última década, «teve um notável progresso, no que respeita ao empreendedorismo empresarial, mas também social e cultural».
Consciente do papel da UC e das instituições de ensino superior da cidade neste progresso, nomeadamente no que diz respeito à procura de inovação, o vice-reitor disse não ter dúvidas de que o “Coimbra Criativa e Empreendedora” é «algo que vai perdurar muito para além de 2009».
«Temos de nos encontrar em 2019 para ver o que esta iniciativa fez, para melhor, em Coimbra e na região Centro», afirmou, adiantando que se está «a lançar a semente de mais uma década de evolução da cidade como pólo de referência nas áreas da inovação e do empreendedorismo», uma referência que Coimbra e a região já são em muitas áreas.
Diario de Coimbra
De Março a Dezembro de 2009, terão lugar, promovidos pelas várias entidades, uma série de eventos divididos por temas mensais: Março - "Incubação"; Abril - "Empreendedorismo"; Maio - "Formação e Emprego"; Junho: "De Coimbra para o Mundo"; Setembro - "Do Mundo para Coimbra"; Outubro - "Coimbra Mais Rápido"; Novembro - "Coimbra Mais Alto" e Dezembro - "Coimbra Mais Forte". A programação e outras informações relevantes sobre o projecto estão disponíveis no site www.coimbracriativa.pt.

A iniciativa Coimbra Criativa e Empreendedora tem como promotores o Coimbra iParque, a Câmara Municipal de Coimbra, a Universidade de Coimbra, a ACIC – Associação Comercial e Industrial de Coimbra, a CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro, o IPN – Instituto Pedro Nunes, o ISEC – Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, a Associação Académica de Coimbra, a ISA, a Critical Software, a Take The Wind, a Media Primer e o Turismo de Coimbra. O Jornal de Notícias e o Diário As Beiras são os Media Partners.

coimbraiparque.pt

RuiSantos
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Mensagem por RuiSantos »

iParque inaugurado entre Abril e Maio

O Coimbra Inovação Parque (iParque) será inaugurado entre a última semana de Abril e a primeira de Maio. Tudo está dependente da agenda do Presidente da República, Cavaco Silva, anunciou ontem Norberto Pires, presidente do Conselho de Administração do iParque, durante uma visita de vereadores da autarquia e de deputados municipais.
Numa altura em que as infra-estruturas estão praticamente concluídas, faltando apenas a limpeza e alguns aspectos ligados ao ajardinamento da área, a administração do iParque considera que bastam 15 dias para terminar os pormenores. «Grande parte dos atrasos devem-se a constantes remodelações de projectos e depois a pequenas correcções de algumas infra-estruturas», frisou Norberto Pires, acrescentando que a chuva também não ajudou.
Seja como for, continuou João Rebelo, «não temos memória em Coimbra de prazos como estes. Afinal, sustentou o vice-presidente da autarquia, trata-se de dois anos e meio de obra numa área de 30 hectares. «Não tem comparação em Portugal», garantiu.
Em breve, as empresas podem começar a tratar dos processos de licenciamento para se instalarem, sendo que, nesta altura, dos 18 lotes da primeira fase estão por ocupar dois: um de três hectares, que se espera que venha a merecer o interesse de uma empresa farmacêutica estrangeira. O outro, com uma área de dois hectares, tem como destinatário prioritário um projecto ligado à engenharia, inovação e desenvolvimento.
No decorrer da visita de ontem, circulou a ideia de que a Critical Software, que detém 2% do capital social do Coimbra Inovação Parque, poderia ser uma das empresas a ocupar o espaço. No entanto, de acordo com fonte da empresa, a curto prazo, não há intenções de ocupar qualquer lote no empreendimento, não estando descartada essa possibilidade, no futuro, dado o «ritmo de crescimento» da empresa.
Para a altura da inauguração, está ainda previsto o lançamento da primeira pedra e concurso público do edifício administrativo (business center), que terá dois anfiteatros, salas de formação e de reuniões, restaurante e data center. Nesta primeira fase, que envolve 30 dos 100 hectares totais do parque de ciência e tecnologia, avança ainda o edifício Nicola Tesla, vocacionado para a sediação de empresas na fase posterior à incubação, com capacidade para 30/40 empresas. De acordo com Norberto Pires, a candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) está pronta a avançar.

Transportes públicos e heliporto
Quem tinha dúvidas sobre o projecto ouviu os esclarecimentos de Norberto Pires e do vice-presidente da Câmara Municipal, João Rebelo. O deputado socialista Carlos Cidade quis saber que empresas se vão instalar e se o Conselho de Administração do iParque está a negar projectos de Coimbra, ao que Norberto Pires respondeu que cerca de 60% são rejeitados. As escolhidas têm perspectiva de crescimento e, actualmente, não dispõem de condições físicas para o fazer, explicou.
Já Pina Prata, preocupado com a “décalage” dos prazos, defende que o parque deveria assentar numa filosofia «de fora para dentro e não de dentro para fora», com o administrador a defender que «não se atraem empresas de fora com um plano no papel». Serafim Duarte, do Bloco de Esquerda, até não vê qualquer problema no facto de o iParque «partir de dentro», quis foi saber como é que este novo pólo tecnológico tem capacidade para atrair empreendedores de fora.
As preocupações do vereador do PS Luís Vilar vão no mesmo sentido. «O que é que o iParque e o município estão a fazer para atrair essas empresas?», questionou. Na opinião de Norberto Pires, as características «diferenciadoras» são uma mais-valia de um parque que se pretende que tenha «vida própria» durante todo o dia.
A administração esclareceu ainda vereadores e deputados acerca dos principais acessos, com João Rebelo a acrescentar que mesmo antes da segunda fase - além dos lotes para equipamentos e indústria, terá também uma área vocacionada para habitação e um heliporto -, será melhorado o acesso ao Espírito Santo das Touregas.
Os transportes públicos também vão chegar à alameda principal, mas depois, para o interior do iParque, deverá avançar um sistema interno, ainda em fase de negociação. João Rebelo relembrou que foi pedido à Metro Mondego um estudo acerca da viabilidade do eléctrico rápido se estender até à margem esquerda, realçando que o movimento pendular entre Coimbra e Condeixa é, actualmente, «o maior» do concelho.
As infra-estruturas da segunda fase do Coimbra Inovação Parque arrancam em 2010, prevendo-se que a instalações de empresas aconteça em 2011.

Diário de Coimbra 31.03.09
Já falta muito pouco para a inauguração, em breve devo voltar a visitar o espaço! :)

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duffy
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Mensagem por duffy »

Eu vou visitá.lo oficialmente na sexta feira com visita guiada :)

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

João Rebelo relembrou que foi pedido à Metro Mondego um estudo acerca da viabilidade do eléctrico rápido se estender até à margem esquerda, realçando que o movimento pendular entre Coimbra e Condeixa é, actualmente, «o maior» do concelho.
Já foi aqui falada na hipotese de o metro ir até Condeixa, que seria excelente. Com metro e autocarros o iParque ficava bem servido de meios de transporte.

wMzZ
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Mensagem por wMzZ »

Eu vou lá todos os dias :)

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

SANFIL vai construir em 2010 hospital privado no Coimbra iParque
27/11/09, 13:06
OJE/Lusa


A Casa de Saúde Santa Filomena (SANFIL, SA) vai começar a construir, em 2010, um novo hospital privado no Coimbra iParque, que representa um investimento de 15 milhões de euros, revelou hoje o director-geral da sociedade anónima.

Henrique Amaral Dias disse à agência Lusa que o novo hospital será dotado com "as principais valências", nomeadamente nas áreas de cirurgia, internamento, urgência, ambulatório e meios complementares de diagnóstico e terapêutica .

O novo hospital terá unidades para hemodiálise para 200 doentes, medicina física e reabilitação, cardiologia, medicina dentária, entre outras, apostando também na investigação e formação avançada.

Equipado com 130 camas e seis salas de bloco operatório, terá capacidade para realizar dez mil cirurgias por ano e uma unidade de atendimento permanente capaz de assistir 250 utentes diariamente.

A unidade de imagiologia será dotada com equipamentos para realizar ressonância magnética nuclear, tomografia axial computorizada, RX e ecografia e o sector destinado à medicina física e reabilitação terá capacidade para 1000 doentes/dia, segundo uma nota acerca do projecto.

Manuel Carvalho, um dos responsáveis do empreendimento, disse à Lusa que o hospital deverá estar concluído em 2013 e que se prevê que entre em funcionamento dois anos depois, prazo que poderá ser antecipado "se as coisas correrem bem".

A previsão de volume de negócios é de 30 milhões de euros e antecipa-se a criação de 40 novos postos de trabalho directos e 260 indirectos.

Manuel Carvalho explicou que o hospital vai disponibilizar todas as especialidades cirúrgicas, à excepção da cardiotorácica, neurocirurgia a nível craniano e alguns transplantes.

No novo hospital a edificar no Coimbra iParque - Parque de Inovação em Ciência, Tecnologia, Saúde, a SANFIL vai pugnar pelo "desenvolvimento de áreas específicas de I&D e formação avançada, com investimentos concretos e com áreas com afectação específica" dentro da unidade.

"Como primeiros passos nesta direcção, a SANFIL assinou já vários protocolos de investigação com empresas e instituições, nacionais e transnacionais e constituiu centros de excelência nas áreas de próteses de anca e joelho, coluna, microcirurgia da mão, estudo e cirurgia do pé, cardiologia, obesidade mórbida, uro-andrologia, clínica da mulher, patologias do olho, imagiologia e medicina dentária", segundo a mesma nota.

A SANFIL, que faz parte do cluster da saúde de Coimbra XHMS, vai apostar mais, com a nova unidade, no mercado privado e tentar captar o segmento internacional, adiantou Manuel Carvalho.

"Temos um índice de aproveitamento muito elevado na Clínica, queremos crescer e ir a outro tipo de mercados", adiantou o director de operações da empresa.

Com 56 anos de existência, a Casa de Saúde de Santa Filomena, SA tem instalações actualmente na Avenida Navarro, no centro da cidade, junto ao Rio Mondego.

fonte
Boa notícia.

:)
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bru_nex
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Mensagem por bru_nex »

Muito porreiro, sim sr. Acho que Coimbra precisa de iniciativa. Acho que vai nascer ali uma coisa muito interessante. Achei a ideia da criação do lago para armazenamento das águas pluviais, excelente! Acho que existem uns edifícios relativamente novos, muito bonitos, na Relvinha. Também são sedes de empresas. Estive lá uma vez e gostei muito, embora não saiba bem o que é aquilo. Se bem que.... ATENÇÃO, não vale de nada fazer parques empresariasi lindíssimos se depois se afastam as empresas de Coimbra. Esperemos que sejamos capazes de atrair empresas e indústria. Coimbra tem estado de costas voltadas com o sector secundário. Ao contrário do que acontece em Aveiro. Vale o que vale, mas que é importante, é. Coimbra tem de apostar mais na indústria.

DaniFR
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NORBERTO PIRES
“Innovnano é claramente uma batalha ganha no projecto iParque”

DIÁRIO AS BEIRAS – Com a Innovnano o Coimbra iParque o que ganha?
Norberto Pires – Integra um grupo muito grande, com dimensão internacional. O Grupo CUF é o maior grupo químico português. A Innovnano representa uma área nova no Grupo Cuf, a área das nanotecnologias, que é muito interessante e tem aplicação em muitas disciplinas industriais. Mas não se fica por aqui: as áreas da saúde, electrónica, entre outras. Ter uma equipa desta grandeza em Coimbra tem várias implicações, pois abre perspectivas de novos investimentos e, ao mesmo tempo, é um marco. Criou-se um instituto de nanotecnologia no Minho, mas, na verdade, a única empresa de nanotecnologia instala-se em Coimbra, que, mesmo com as limitações que se conhecem, consegue atrair empresas com esta dimensão.

A grandeza da Innovnano terá correspondência nas instalações?
Sem dúvida. Ocupará o maior lote do iParque. O projecto da Innovnano, que será hoje apresentado, ocupa três hectares, ou seja, 30 mil metros quadrados, e tem na sua extensão total sete edifícios – seis dedicados à produção e um dedicado à investigação e administração. Deste modo, o Grupo CUF faz uma grande aposta na cidade de Coimbra…

Dá o exemplo no que respeita ao intercâmbio UC/empresas?
O objectivo do iParque não é unicamente ter em Coimbra indústrias de ponta; é necessário que essas indústrias se relacionem com a Universidade. Ora, a Innovnano possui um processo de fabrico próprio, protegido e desenvolvido em colaboração com a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra num processo que envolveu vários departamentos, nomeadamente mecânica, química e engenharia química, com protocolos firmados. As patentes foram desenvolvidas em conjunto, pelo que, ao vir para Coimbra, o Grupo CUF reconhece a qualidade do espaço e da estratégia montada, mas, ao mesmo tempo, assume a mais-valia da cooperação com a Universidade de Coimbra como factor determinante para a decisão de se instalar no Coimbra iParque. Concluímos a primeira fase sem utilizar nenhum apoio comunitário, já que, por razões que não vou pormenorizar, foi tudo realizado com verbas da Câmara Municipal de Coimbra e do capital social da Sociedade Coimbra Inovação Parque. Neste momento, temos projectos concluídos de edifícios quer do Business Center, quer da aceleradora de empresas e esperamos uma resposta do QREN – Quadro de Referência Nacional para avançar. Não temos capacidade de avançar com este tipo de obras sem o financiamento por parte do QREN. Entregamos toda a documentação pedida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e pelo Mais Centro e estamos à espera do pagamento das verbas da primeira fase – um investimento que rondou os sete milhões de euros e que foi totalmente suportado por nós.

Esta situação pode comprometer o projecto?
Não mata o projecto, mas pode afectar o seu ritmo. Todos os projectos têm um tempo próprio e um plano. Aliás, no caso da Innovnano foi este plano que contribuiu para a decisão positiva do Grupo CUF. Este plano está baseado no financiamento, pelo que, no caso de falhas a este nível, poderão ocorrer atrasos, prejudicando as empresas e, até, a imagem da cidade, que mostra que é capaz de fazer, mas que, por vezes, falha na questão do timing.

Tem alguma explicação para o atraso no financiamento?
O dinheiro do QREN está aí e os políticos dizem que a taxa de execução do QREN é de seis por cento; ou seja, faltam 94 por cento. Não se percebe muito bem a razão dos atrasos, mas toda a gente se queixa. Nos parques de ciência e tecnologia aqui à nossa volta a situação é idêntica. Falei recentemente com o responsável do Biocant que tem pedidos de pagamento que não foram satisfeitos.

O ritmo de execução está de acordo com o plano inicial?
Os contratos que assinamos têm timing e regras: um tempo para começar a obra, um tempo para terminar e, até, regras sobre a actividade que a empresa irá desenvolver. São contratos difíceis de negociar e, tendo em conta a situação económica, receava o ritmo de execução por parte das empresas fosse afectado, o que não tem acontecido. Estou mais preocupado com a segunda fase, mas, por informação que recebi do vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, João Paulo Barbosa de Melo, o processo será finalizado em breve. É necessário que se entenda, quer na cidade, quer no país, que, primeiro, temos de demonstrar que somos capazes de fazer e só depois é que nos tornamos atractivos.

Para a segunda fase tentará cativar empresas estrangeiras?
Está nos nossos planos, de modo a aproveitarmos as mais-valias de Coimbra.

A qualidade dos recursos humanos é uma delas?
Formamos excelentes recursos humanos, mas os melhores vão embora. É importante criar condições para fixar os melhores em Coimbra, de modo a criar um novo paradigma. É isso, no fundo, que o iParque representa.

É necessária uma outra atitude a vários níveis?
Sem dúvida. Aliás, o processo da Innovnano foi exemplar na agilização de procedimentos, pois quer os técnicos da câmara, quer os responsáveis políticos contribuíram para o êxito que garantimos.

O papel que desempenha na ligação à Universidade de Coimbra é também fundamental a este nível?
Não me compete, como é natural, avaliar esse aspecto, mas a este nível a ligação à Universidade de Coimbra e em particular à Faculdade de Ciências e Tecnologia é muito importante. O Grupo CUF tem uma boa impressão da FCTUC e conhecimento pormenorizado da qualidade da formação, pelo que facilmente poderão encontrar aqui em Coimbra os recursos humanos de que necessitam.

Coimbra tem de actualizar “o currículo”?
Temos de ir à luta. O mundo mudou e Coimbra quando aparece, já entra a perder, pelo que temos de empatar e, depois, marcar o golo da vitória.

A Innovnano é uma batalha ganha na “guerra” do Coimbra iParque?
Foi difícil e vai chamar a atenção para as mais-valias de Coimbra. É claramente uma batalha ganha.

Diário As Beiras.
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