Não se contarmos com as derrapagens, por sua vez, do metro de Coimbra.Dracula Escreveu:E as derrapagens nas obras do metro do Porto davam para fazer o metro de Coimbra

E pronto, assim são enviados 12 milhões de euros para o lixo e prolongado por mais umas décadas um sério problema de transportes públicos. E ninguém do governo vai ser responsabilizado por isto. Esta situação mete nojo.Apagou-se a luz ao fundo do túnel
Perante a previsível decisão governamental de desistir do Metro Mondego, vislumbra-se o encerramento das portas da sociedade.
Os presidentes das câmaras de Coimbra e Lousã colocam a hipótese de - na qualidade de accionistas, tal como a autarquia de Miranda do Corvo e o Estado central (accionista maioritário) - proporem a extinção da Sociedade Metro Mondego SA (MM), atendendo a que ficou por cumprir o objectivo para o qual a empresa foi constituída. Dez anos depois de ser criada, a MM já gastou 11.4 milhões de euros, a que acresce um milhão previsto no orçamento para 2006. Este valor é equivalente, por exemplo, ao custo de construção de cerca de uma dezena de quilómetros de estrada em terreno plano. Uma década decorrida, do projecto do Metro não se viu um centímetro, o que levou o presidente da autarquia da Lousã, Fernando Carvalho, a dizer ontem, à saída da assembleia geral da MM que, sendo assim, a empresa só existe “para pagar os ordenados aos administradores e os alugueres”, acrescentando que “está a causar grandes prejuízos ao erário público, nomeadamente com o arrendamento das instalações”. “Se a sociedade não consegue concretizar aquilo para que foi criada - a construção do metropolitano ligeiro de superfície entre Coimbra e Serpins (Lousã) - temos de acabar com ela ou, eventualmente, alterar os seus estatutos para uma outra solução, como a electrificação do ramal”, defendeu o autarca lousanense.
Já ninguém acredita
Também Carlos Encarnação, afirmou - em conferência de imprensa, depois do encontro dos accionistas onde a representante do Estado se recusou a votar qualquer dos pontos previstos na ordem de trabalhos - que "no fundo ninguém acredita que este projecto se realize", reconhecendo que "as câmaras não podem fazer vingar o projecto atendendo a que o accionista estado detém 53 por cento do capital da sociedade". Sendo assim, desabafou que "não faz sentido tentar fingir que vamos fazer" o metro de superfície.
Também presente na reunião, a presidente da Câmara de Miranda do Corvo, Fátima Ramos, confessou que "já ando pessimista há muito tempo", abrindo, de seguida, a porta à possibilidade de electrificação do ramal ferroviário da Lousã e modernização do material circulante, como solução alternativa, “se realmente não existem meios financeiros para o metro”.
Para além das tomadas de posição públicas dos autarcas envolvidos, todos os três deixaram, todavia, os seus nomes numa acta de consenso assinada durante a assembleia geral em que, formalmente, continuam a defender a construção do metropolitano ligeiro de superfície até Serpins (Lousã). Decidiram ainda pedir ao Governo para, num prazo de 20 dias, tomar uma decisão sobre o projecto.
Contrastando com o tom grave e preocupado dos autarcas, o presidente do conselho de administração da sociedade anónima, Machado Mariz disse apenas que a reunião "foi muito positiva" e que se abriu "um capítulo novo", embora não tenha especificado qual.
"Ver pessoas de acordo foi muito agradável, de certo modo foi uma novidade. É decisivo a existência de um sistema de metro ligeiro que sirva todos os concelhos envolvidos", defendeu. A próxima assembleia geral da MM ficou marcada para 15 de Março.
Fonte: As Beiras
repara:Lino Escreveu:É os partidarismos... não se faz nada e depois vêm cá para contar com os nossos votos. Da próxima que o Sócrates viesse cá devia era levar uma assobiadela!!
O Sócrates não estava no governo à 10 anos, por isso não sei porque razão o homem há-de levar com as culpas todas, porque o mal já vem detrás.......Dez anos depois de ser criada, a MM já gastou 11.4 milhões de euros...
Mas a questão é que foi o Sócrates que interrompeu o trabalho. Caso ele não tivesse tomado essa decisão, o Metro Mondego continuaria a avançar e Coimbra poderia vir a beneficiar em 2008 de um novo meio de transporte público. Ele vai mandar para o lixo esses 10 anos de trabalho.duffy Escreveu:O Sócrates não estava no governo à 10 anos, por isso não sei porque razão o homem há-de levar com as culpas todas, porque o mal já vem detrás....
Não é só o Metro, as pessoas não têm memória curta e vão-se lembrar da co-incineração!!duffy Escreveu:repara:Lino Escreveu:É os partidarismos... não se faz nada e depois vêm cá para contar com os nossos votos. Da próxima que o Sócrates viesse cá devia era levar uma assobiadela!!O Sócrates não estava no governo à 10 anos, por isso não sei porque razão o homem há-de levar com as culpas todas, porque o mal já vem detrás.......Dez anos depois de ser criada, a MM já gastou 11.4 milhões de euros...
Comboios normais a atravessar a cidade?Encarnação vai negociar projecto com o Governo
Socialistas e maioria não se entendem quanto aos «interesses de Coimbra» sobre o eléctrico rápido. O presidente da Câmara garante que a cidade não quer comboios a atravessá-la, mas Victor Baptista considera que a autarquia está a defender o projecto centrando-se apenas no percurso urbano e na reabilitação da Baixa. O PS votou contra uma proposta que devia ser de consenso e Encarnação vai quinta-feira a Lisboa com “menos força” para negociar o projecto com o ministro
Mais de duas horas de discussão não chegaram para Carlos Encarnação convencer a bancada socialista sobre o que a maioria pensa ser o interesse de Coimbra em relação ao projecto do eléctrico rápido. Num documento com seis páginas, assinado por João Rebelo, onde o vereador (e representante da Câmara de Coimbra na sociedade Metro Mondego) faz o historial de mais de 12 anos do projecto, pretendia o presidente da autarquia obter uma posição de consenso de todo o executivo, importante para dirimir argumentos com o ministro das Obras Públicas, com o qual Carlos Encarnação terá uma reunião, em Lisboa, esta quinta-feira. Não conseguiu.
Depois de na passada semana, Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo terem dado um prazo de 20 dias ao Governo para que desse uma «resposta sobre a reformulação e solução definitiva para o projecto (…) de acordo com os limites das bases de concessão Serpins – Coimbra», a proposta de João Rebelo vai no sentido da Câmara de Coimbra se pronunciar pela «manutenção do modelo do projecto de eléctrico rápido», mas sublinhando o facto de este se revestir de «inquestionável significado e importância para a mobilidade e requalificação urbana de Coimbra». Ou seja, o que Coimbra quer é que «a solução tecnológica» seja a mesma «em todo o percurso urbano».
«É essencial que a Câmara sublinhe esta posição e dê todo o seu empenhamento para que o projecto se concretize, porque só ele faz sentido para Coimbra», complementou João Rebelo na reunião do executivo camarário.
Quem assim não o entendeu foram os socialistas, nomeadamente o vereador (e deputado do PS na Assembleia da República) Victor Baptista, que considerou que a proposta em causa estava a «centrar um projecto com esta natureza apenas e só no troço urbano e a ligá-lo a reabilitação urbana». «Isso preocupa-me», afirmou, considerando que o eléctrico rápido «tem de ser defendido na sua globalidade» e não ser «utilizado para fazer expropriações e concretizar a reabilitação urbana da Baixa da cidade».
«O PS defende intransigentemente este projecto, mas na sua totalidade», continuou Victor Baptista, considerando que a Câmara, ao tomar uma posição «como esta, colocando de lado os municípios de Lousã e Miranda, está a criar tensão e hostilidade para com o Governo e não é a melhor forma de abordar o problema». «É uma abordagem criadora de clivagens entre a Câmara de Coimbra e o Governo», considerou, admitindo ter «dificuldade em compreender a forma reactiva e negativa de dar um prazo ao Governo».
Encarnação contra-argumentou, recordando que a cidade «se preparou para receber este tipo de transporte e não outro» e que, portanto, Coimbra «não admitirá outro tipo de transporte [nomeadamente o comboio pesado] a atravessar a cidade que não este». O interesse de Coimbra não é «fazer guerra com o Governo», sublinhou, ao frisar que está a «tratar esta questão com pinças» para que ninguém saia prejudicado.
«Lousã e Miranda do Corvo já defenderam os seus interesses. Eu não posso deixar de defender os interesses de Coimbra», continuou, explicando que a deliberação de ontem vem «no seguimento do que foi aprovado, por unanimidade, na Assembleia Geral da Metro Mondego». Baptista não viu as coisas desse prisma e considerou que «quando se faz parte de uma sociedade, não se pode deixar para trás o que pensam os outros concelhos» e, por isso, pediu um intervalo na reunião para decidir o sentido de voto juntamente com os restantes vereadores do PS.
Quinze minutos depois os socialistas voltaram com uma proposta de alteração ao que havia sido redigido por João Rebelo, retirando do texto todas as referências ao «percurso urbano». A proposta não foi aceite pelo presidente da autarquia que acabou por pôr o texto original à votação. Os socialistas votaram contra e Victor Baptista, que havia sido convidado por Encarnação para o acompanhar, quinta-feira, a Lisboa para a reunião com o ministro, esclareceu que, perante «uma solução imposta desta maneira», pondera a hipótese de não aceitar o convite.
Fonte: Diário de Coimbra