Metro Mondego

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DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

Coimbra: Metro e Serviços Municipalizados tentam articular sistemas de transportes

Coimbra, 11 Mar (Lusa) - Os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) tiveram nos últimos meses três reuniões com a Metro Mondego (MM) para compatibilizar os dois sistemas de transporte na cidade, revelou hoje o administrador-delegado daquela empresa.

"Cumpri sempre religiosamente as instruções do senhor presidente da Câmara", declarou à agência Lusa Manuel Oliveira, responsável dos SMTUC.

A Câmara Municipal rejeitou, segunda-feira, por maioria o trajecto do metro ligeiro de superfície proposto pela MM para a zona da Solum.

O presidente do executivo, Carlos Encarnação, exigiu ao Governo que assuma por escrito a electrificação do troço urbano Parque-Coimbra B já na primeira fase das obras, que contempla o troço suburbano do projecto, correspondente ao actual ramal ferroviário da Lousã.

"Ando há quatro meses para tentar falar com os SMTUC e não consigo ter com eles uma reunião de trabalho produtiva", denunciou, na sessão da Câmara, o presidente do conselho de administração da Metro Mondego, Álvaro Maia Seco.

Hoje, contactado pela Lusa, Manuel Oliveira disse que as duas entidades, que no futuro são potencialmente concorrentes na exploração do serviço de transportes públicos da cidade, realizaram três reuniões nos últimos cinco meses, a pedido de Álvaro Maia Seco.

O administrador-delegado disse que participou nos dois primeiros encontros, nos dias 28 de Setembro e 24 de Janeiro, em que esteve ainda o presidente da Metro Mondego.

Na terceira e última reunião, a 21 de Fevereiro, Manuel Oliveira não participou, fazendo-se os SMTUC representar nos trabalhos por dois técnicos de transportes urbanos.

"Tenho que seguir as directivas do senhor presidente da Câmara", frisou o administrador-delegado, indicando que a produtividade dessas reuniões não é da responsabilidade dos SMTUC, que "estão mais para ouvir o que eles (Metro Mondego) vão fazer na cidade".

A criação da MM resultou de um decreto-lei do último Governo de Cavaco Silva, da iniciativa do antigo ministro das Obras Públicas Ferreira do Amaral, publicado em 1994, que permitiu a eleição dos primeiros corpos gerentes da empresa em 1996.

Albertino Sousa (ex-administrador dos SMTUC), Manuel Machado (ex-presidente da Câmara de Coimbra eleito pelo PS), Armando Pereira (ex-administrador da Universidade de Coimbra, ligado ao PS) e José Mariz (empresário, ligado ao CDS) foram os anteriores presidentes da Metro Mondego.

Enredada em vicissitudes políticas diversas em 12 anos de actividade, a Metro Mondego não conseguiu até hoje implantar o metro na cidade e no Ramal da Lousã, principal objectivo desta sociedade de capitais exclusivamente públicos, apesar de ter produzido dezenas de estudos e projectos.

Por escolha de Carlos Encarnação, Manuel Oliveira regressou em 2002 à administração dos SMTUC, onde já tinha estado anos antes, uma empresa municipal que tem como presidente o advogado Manuel Rebanda (ex-vereador do CDS).

Manuel Oliveira contou hoje que Álvaro Maia Seco, o professor universitário que actualmente preside à MM, "foi o primeiro" responsável desta empresa a procurar reunir-se com a administração dos SMTUC, pelo menos desde 2002.

O vereador social-democrata Marcelo Nuno questionou segunda-feira, se, com a Metro Mondego a disputar no futuro o actual serviço de transportes públicos, designadamente na Solum, a solução que tomará a autarquia para compatibilizar os dois sistemas.

"Vamos abdicar de um factor de sustentabilidade dos SMTUC?", perguntou o economista, acusando a MM de ter produzido apenas "estudos e mais estudos", desde 1996.

Um munícipe que interveio na reunião da Câmara de Coimbra, Matos Dias, disse que, na zona da Solum, o metro vai "entrar em competição directa" com os tróleis dos SMTUC, "um transporte colectivo de grande qualidade, silencioso e amigo do ambiente".

A Metro Mondego, que tem o Estado como accionista maioritário, integra os municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, além da CP e REFER.
RTP
Têm de compatibilizar os dois tipos de transportes publicos, senao nao faz sentido, principalmente na zona da solum.

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Lino
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Mensagem por Lino »

Claro que sim, quer pelos horários e porque serão sistemas de percursos diferentes. E haver um bilhete único (pelo menos um passe intermodal) para os transportes de Coimbra também seria bom.
Coimbra tem mais encanto... terá?
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Realeza
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Mensagem por Realeza »

Vai ficar botino esse serviço, que assim seja.

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Lino
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Mensagem por Lino »

Espero que avance, gostei das imagens. :)
Coimbra tem mais encanto... terá?
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userN
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Mensagem por userN »

e já agora que se lembrem que a zona oeste também precisa de transportes...
toda a área, s.joao do campo, ançã, cantanhede, etc.
resido por aí, e só tenho uma solução :arrow: andar de carro.

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

Se ficar como está na imagens... 5 estrelas!!
Gostava de ver uma imagem desse genero mas da estaçao Coimbra - parque.

Ainda vamos ter de esperar uns anitos para ver isto ao vivo.

:wink:

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Lino
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Mensagem por Lino »

Metro para a Figueira e outra linha para Cantanhede e Mira seriam bem-vindos, realmente...
Coimbra tem mais encanto... terá?
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banjix
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Mensagem por banjix »

Na Lousã, as obras da interface estão a decorrer a bom ritmo. Actualmente, o trânsito está cortado junto à estação devido às obras.
Juízo eu tenho, o problema é utilizá-lo poucas vezes.

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userN
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Mensagem por userN »

Lino Escreveu:Metro para a Figueira e outra linha para Cantanhede e Mira seriam bem-vindos, realmente...
só assim teria sentido a "grande coimbra" que querem ou queriam formar.
na minha opinião não vale a pena entrar em tal projecto sem uma boa rede de transportes a funcionar.

off-topic +/- lol

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

banjix Escreveu:Na Lousã, as obras da interface estão a decorrer a bom ritmo. Actualmente, o trânsito está cortado junto à estação devido às obras.
O que me dá esperança é as obras já terem começado, pq do que tenho visto nas ultimas semanas cheguei a duvidar que realmente o projecto avançaria..

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banjix
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Mensagem por banjix »

daniel322 Escreveu:O que me dá esperança é as obras já terem começado, pq do que tenho visto nas ultimas semanas cheguei a duvidar que realmente o projecto avançaria..
Eu acho que as obras já começaram porque a construção dos interfaces são apenas uma das etapas do projecto. Os acontecimentos que falas já deviam estar decididos há muito tempo, não faz grande sentido que, numa altura em que já deviam andar no terreno, ainda se esteja a discutir onde é que o metro vai passar. É ridículo!
Juízo eu tenho, o problema é utilizá-lo poucas vezes.

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dawn_to_dusk_
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Mensagem por dawn_to_dusk_ »

userN Escreveu:
Lino Escreveu:Metro para a Figueira e outra linha para Cantanhede e Mira seriam bem-vindos, realmente...
só assim teria sentido a "grande coimbra" que querem ou queriam formar.
na minha opinião não vale a pena entrar em tal projecto sem uma boa rede de transportes a funcionar.

off-topic +/- lol
isso é a linha ferroviaria que ja existia mais qualquer coisinha :D

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

eu bem digo que já começo a ver o metro "por um canudo":
Lançamento de obras e concursos previstos para este ano podem ser adiados. Presidente da empresa ameaça demitir-se se a câmara não recuar

A rejeição do novo troço urbano do Metro Mondego por parte da Câmara de Coimbra deixou o projecto num impasse. A administração da Metro Mondego (MM) já manifestou a intenção de continuar a trabalhar, para dar início à modernização do Ramal da Lousã até ao final do Verão.
No entanto, Álvaro Maia Seco, o presidente da MM, admitiu demitir-se, caso a autarquia não aprove o traçado para o bairro da Solum.

O objectivo da MM é lançar, no final deste ano, o concurso para a construção do traçado urbano do metro, mas o conflito entre a empresa e a autarquia pode colocar essa meta em perigo, sobretudo se Maia Seco abandonar o projecto.
O diferendo entre a empresa, cuja maioria pertence ao Estado, e a Câmara de Coimbra estalou na última reunião camarária, quando uma maioria de vereadores e o presidente da autarquia, Carlos Encarnação, não aprovaram o novo traçado proposto pela MM.

Além de defender que as críticas de moradores da Solum ao novo traçado devem ser tidas em conta, Carlos Encarnação exige que o Governo "assuma por escrito" a intenção de electrificar o troço urbano Parque-Coimbra B na primeira fase do projecto e não apenas o troço suburbano, entre Serpins e Coimbra Parque.

Apesar de sustentar que já garantiu à câmara que "a electrificação do troço urbano do metro é mesmo para avançar", Maia Seco garante que vai contactar a secretária de Estado dos Transportes para tentar resolver o impasse, mas solução poderá não ser fácil.
Maia Seco recorda que a electrificação até Coimbra B implica um custo adicional de 30 milhões de euros e não estava prevista no calendário proposto pelo Governo há cerca de dois anos, quando relançou o Metro Mondego.

"O projecto do Metro Mondego terá um custo total de cerca de 300 milhões de euros, é o maior de sempre na região de Coimbra. É normal que não possa avançar todo de uma vez", vinca Maia Seco, que diz não compreender muito bem "o sentido e a oportunidade das exigências da autarquia, num momento em que até se discutia o alargamento do metro em Coimbra".

Mas o presidente da câmara insiste ser "essencial" que o Estado dê garantias de que a electrificação vai mesmo ser feita da Lousã até Coimbra B "sem interrupções". "Eu preciso de garantias claras, senão temo que a cidade de Coimbra fique a ver passar comboios, sem um verdadeiro sistema de metro", alega Encarnação.

Neste momento, e para o projecto "poder avançar o mais depressa possível", o autarca defende que a opção mais correcta é "regressar ao traçado urbano inicial", não levando a cabo a variante da Solum. Se a Secretaria de Estado dos Transportes garanta que a electrificação urbana vai ser feita na primeira fase, Encarnação admite "reanalisar" o caso da Solum.

O presidente da MM acusou a câmara de ceder "aos primeiros protestos", ao chumbar a variante da Solum. Encarnação refuta a ideia de subserviência face aos moradores da zona mais rica da cidade. "Não faz sentido falar em falta de coragem da câmara só porque se trata de uma zona como a Solum", afirma, sustentando que ali existem alternativas, ao contrário do que acontecia na Baixa da cidade.

Fonte: Público
é tudo politiquices, esta frase que acima sublinhei diz tudo:
Se a Secretaria de Estado dos Transportes garanta que a electrificação urbana vai ser feita na primeira fase, Encarnação admite "reanalisar" o caso da Solum.
lá está, como já tinha dito o traçado da solum não foi chumbado, apenas estão a usar como chantagem para que o governo garanta a electrificação da linha.. :roll:
o problema é que o tempo vai passando e as oportunidades vão-se perdendo..

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banjix
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Mensagem por banjix »

Eu concordo com a posição da Câmara Municipal de Coimbra. É de todo necessário que se garanta que a electrificação seja feita até Coimbra-B. O argumento usado pelo presidente da Metro Mondego, de que a electrificação até Coimbra-B não estava prevista há dois anos, não faz qualquer sentido, uma vez que esta alteração na Solum também não estava. Se assim é, então que não se faça a alteração na Solum, já que não me parece que seja de todo vantajosa, pelas razões que já apontei num post anterior.

O presidente da Câmara de Coimbra está a acautelar os interesses da cidade e eu acho bem que o faça. Só que há uma coisa que me irrita: Carlos Encarnação é muitas vezes acusado de ser passivo, de não se fazer impor em determinadas situações. Agora, que toma uma posição, é acusado de ceder a interesses e de estar a ser subserviente de algumas pessoas! É verdade que isto pode pôr em causa (se já não pôs) os prazos estabelecidos, mas é importante que se deixe claro aquilo que é necessário que se faça, senão corre-se o risco de ficarmos com um sistema (para sempre) inacabado, que não corresponde às necessidades da população. Mas mais uma vez digo: estas coisas já deviam estar discutidas e decididas quando se lançou o concurso público para a implementação do metro no Ramal da Lousã.
Juízo eu tenho, o problema é utilizá-lo poucas vezes.

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