Diário As Beiras Escreveu:METRO
Ramal urbano funcionará em 2012
O presidente da sociedade Metro Mondego manifestou-se ontem convicto que, nas próximas semanas, haverá decisões do Governo de modo a por a funcionar o metro em 2012.
O responsável, Álvaro Maia Seco, que falava no final de um encontro com deputados do PCP, revelou à Lusa que espera que a secretária de Estado do Transportes, Ana Paula Vitorino, aprove em breve um conjunto de propostas apresentadas pela sociedade para execução dos projectos calendarizados.
Este ano, e no próximo, deverão ficar concluídos os processos para a libertação do “canal” através da zona histórica na Baixa da cidade, com as aquisições ou expropriações de edifícios, seguindo-se as intervenções de requalificação necessárias em conjugação com as actividades camarárias e da Sociedade de Reabilitação Urbana, uma entidade criada entre o Estado e a autarquia.
De acordo com o responsável, esse processo deverá ficar concluído quando for lançado o concurso público internacional do “canal de metropolitano até aos Hospitais da Universidade de Coimbra”, no próximo ano, para estar a funcionar em 2012.
Álvaro Maia Seco adiantou que, até ao final deste ano, deverão ficar concluídos as interfaces da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra, para a execução do projecto nesse ramal ferroviário.
A intervenção no ramal ferroviário Coimbra-Lousã, a iniciar em 2008 e que obrigará a uma interrupção da circulação durante dois anos, deverá ficar concluída em 2010, com a entrada em funcionamento do serviço de metropolitano ligeiro de superfície.
Em 2012, espera-se que esteja em funcionamento o troço entre Coimbra e Lousã, a aproveitar o ramal ferroviário, e o troço urbano até aos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), um projecto que custará mais de 300 milhões de euros, o maior empreendimento público lançado nesta zona, segundo Álvaro Maia Seco.
O presidente da Metro Mondego adiantou que, no próximo ano, será delineado com os Serviços de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) um sistema integrado de mobilidade na cidade. Embora o projecto ainda esteja a mais de quatro anos de se tornar realidade, a sociedade já está a estudar eventuais possibilidades para a expansão da rede de metropolitano do Mondego.
Ontem, o deputado do PCP Bruno Dias reuniu-se com os presidentes da Metro Mondego e da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação (PSD), para melhor se inteirar do projecto, e no final manifestou-se contra a possibilidade de a rede do metropolitano implicar o fim do ramal ferroviário da Lousã.
“Comboio é comboio. Metropolitano é metropolitano”, declarou o deputado, observando que não está a ver “um alfa pendular a passar pelo centro de Coimbra nem um metropolitano a subir para Serpins”, uma pequena localidade no concelho da Lousã. Na sua opinião, o metropolitano ligeiro de superfície tem um “carácter estruturante na zona de malha urbana”, enquanto o comboio é um factor de desenvolvimento, pela possibilidade de transporte de mercadorias e interligação à rede ferroviária nacional. Nesse sentido, defendeu a construção de um túnel entre a estação de Coimbra-Parque (Ramal da Lousã) e Coimbra-B (Linha do Norte), que elimine os constrangimentos no atravessamento da Baixa da cidade, um projecto posto de lado pelos elevados custos.
Bruno Dias adiantou que o seu grupo parlamentar irá interpelar na Assembleia da República o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, sobre esta opção. A interpelação, no âmbito da discussão sobre o Orçamento de Estado para 2008, incidirá ainda sobre a ausência de verbas no PIDDAC (Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) para a rede ferroviária e a indefinição quando ao custo do serviço de metropolitano para as populações da zona de Coimbra, tendo em atenção a realidade verificada com o Metro do Porto nas ligações em que este transporte substituiu o comboio.
Metro Mondego
- Ricky147
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A ideia inicial era mesmo fazer um túnel desde a Estação Velha até à estação do Parque. Quanto a mim essa seria a solução ideal. Vejamos: metro pra ser metro tem que ter uma cadência de pelo menos 10 minutos (pra realidade de coimbra, se calhar serve de 15 em 15). Ou seja, vai ser o caos em termos de tráfego automóvel na zona da Portagem/Ponte de Santa Clara com tanta interrupção de trânsito.
O mesmo ir-se-á passar nas zonas da Praça 8 de Maio/Praça da República/Papa.
Que implicará maiores custos? Sem dúvida. Mas é por essas e por outras que nunca passamos da pequenez, da mediocridade. Nunca projectamos a pensar no futuro e depois acaba-se por gastar mais dinheiro a solucionar as borradas que se fazem.
E depois de tantos anos à espera desta obra, é o mínimo que se exige.
Bem me lembro de há 13 anos o Jornal da Noite da então recém criada SIC, abrir com a notícia que Coimbra iria ser a 2ª cidade do país a ter Metropolitano. Ainda o Porto nem sonhava com isso. E eles já o têm há um par de anos e nós... a vê-los passar!!
O mesmo ir-se-á passar nas zonas da Praça 8 de Maio/Praça da República/Papa.
Que implicará maiores custos? Sem dúvida. Mas é por essas e por outras que nunca passamos da pequenez, da mediocridade. Nunca projectamos a pensar no futuro e depois acaba-se por gastar mais dinheiro a solucionar as borradas que se fazem.
E depois de tantos anos à espera desta obra, é o mínimo que se exige.
Bem me lembro de há 13 anos o Jornal da Noite da então recém criada SIC, abrir com a notícia que Coimbra iria ser a 2ª cidade do país a ter Metropolitano. Ainda o Porto nem sonhava com isso. E eles já o têm há um par de anos e nós... a vê-los passar!!
Ricardo Nuno
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Pois tambem nao estou mesmo a ver o metro a passar pela portagem, só se fizerem um tunel desde a portagem ou estaçao do parque até ao bota-a-baixo.
A obra já está mais que atrasada, mas mesmo assim continuam a fazer paragens. No bota-a-baixo aquilo nunca mais avançou e vêm sempre com a desculpa da expropriaçao de casas. No ramal da lousa tambem nao se vê a obra a avançar. Nao sei do que é tao á espera!!
Coimbra já podia ter o metro á muito tempo, mas parece que a vontade de o pôr cá é pouca por parte do governo.
Isto vai de mal a pior!!
A obra já está mais que atrasada, mas mesmo assim continuam a fazer paragens. No bota-a-baixo aquilo nunca mais avançou e vêm sempre com a desculpa da expropriaçao de casas. No ramal da lousa tambem nao se vê a obra a avançar. Nao sei do que é tao á espera!!
Coimbra já podia ter o metro á muito tempo, mas parece que a vontade de o pôr cá é pouca por parte do governo.
Isto vai de mal a pior!!
- Corsario-Negro
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Havendo metro (quer para Serpins quer para outras zonas da cidade), menos razões para se andar de carro, penso eu de que. Façam uns parquezinhos na periferia com autocarros de ligação a paragens de metro e outros autocarros e ficava perfeito, perfeito, perfeito.
Acho que já fui bastante debatida esta questão: com o aumento de tráfego, e imperativo haver metro porque ao menos esse, caso tenha corredor livre sempre, não terá que andar a parar em filas e afins, algo que os autocarros sofrem e claro, assim é impossível de cumprir horários (ou então metem horários já a contar com muito trânsito e depois queixam-se por volta e meia estarem a fazer demasiado tempo nas paragens terminais porque até havia menos trânsito e foram mais rápidos).
Claro que não fazer agora metro que ligue, por exemplo, a Portagem à Solum ou Celas, é continuar a massacrar as pessoas com o trânsito desta cidade.
Acho que já fui bastante debatida esta questão: com o aumento de tráfego, e imperativo haver metro porque ao menos esse, caso tenha corredor livre sempre, não terá que andar a parar em filas e afins, algo que os autocarros sofrem e claro, assim é impossível de cumprir horários (ou então metem horários já a contar com muito trânsito e depois queixam-se por volta e meia estarem a fazer demasiado tempo nas paragens terminais porque até havia menos trânsito e foram mais rápidos).
Claro que não fazer agora metro que ligue, por exemplo, a Portagem à Solum ou Celas, é continuar a massacrar as pessoas com o trânsito desta cidade.
Esta questão do Metro, ou muito me engano, ou ainda vai fazer correr muita tinta antes de se ver algo em concreto feito. Existem ainda muitas dúvidas e muitas incertezas e acho que isso vai fazer atrasar ainda mais este projecto. Depois vão aparecendo outros entraves que podem trazer complicações na implementação do Metro no Ramal da Lousã.
Posso dar o exemplo de uma situação que se passa aqui na Lousã e que tem a ver com um barracão de mercadorias existente ao lado do edifício da estação.
http://www.railfaneurope.net/pix/pt/sta ... usa_06.jpg
O projecto de interface para a Lousã prevê a construção de uma espécie de enorme rotunda à volta do edifício da estação, que implicará a demolição deste edifício. Acontece que algumas pessoas são contra esta solução e querem que este edifício de madeira seja preservado.
Na minha opinião, acho que não faz qualquer sentido manter este edifício uma vez que está praticamente todo podre (aquilo tem quase mais buracos que um queijo suíço) e não tem qualquer utilidade (está completamente abandonado).
São estas coisas que me fazem temer pela implementação em tempo útil do metro no Ramal da Lousã. Parece existir algum receio no progresso, embora eu seja da opinião de que todo o Ramal da Lousã devesse ser modernizado, expandido até Arganil ou mais além, conforme os planos iniciais (há mais de 100 anos), em vez da implementação de um metropolitano ligeiro de superfície.
Posso dar o exemplo de uma situação que se passa aqui na Lousã e que tem a ver com um barracão de mercadorias existente ao lado do edifício da estação.
http://www.railfaneurope.net/pix/pt/sta ... usa_06.jpg
O projecto de interface para a Lousã prevê a construção de uma espécie de enorme rotunda à volta do edifício da estação, que implicará a demolição deste edifício. Acontece que algumas pessoas são contra esta solução e querem que este edifício de madeira seja preservado.
Na minha opinião, acho que não faz qualquer sentido manter este edifício uma vez que está praticamente todo podre (aquilo tem quase mais buracos que um queijo suíço) e não tem qualquer utilidade (está completamente abandonado).
São estas coisas que me fazem temer pela implementação em tempo útil do metro no Ramal da Lousã. Parece existir algum receio no progresso, embora eu seja da opinião de que todo o Ramal da Lousã devesse ser modernizado, expandido até Arganil ou mais além, conforme os planos iniciais (há mais de 100 anos), em vez da implementação de um metropolitano ligeiro de superfície.
Juízo eu tenho, o problema é utilizá-lo poucas vezes.
A rotunda vai estar inserida na construção da variante da EN236 à EN17, de modo a tirar o trânsito do centro de Foz de Arouce.Lino Escreveu:Isso de manter o barracão é fazer tempestade em copo de água. Para quê a tal rotunda, também?
Podem ver o projecto dessa interface na estação da Lousã em
[u]http://www.metromondego.pt/_MetroMon ... al.pdf[/u].
Sempre ficam com uma ideia melhor do que se pretende fazer. Na minha opinião, está bastante bom!
PS: Não sei porquê, não dá para criar um link para o url que coloquei em cima. Talvez devido aos caracteres especiais, como por exemplo, o ã.
Juízo eu tenho, o problema é utilizá-lo poucas vezes.
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Nao percebo como é que essas pessoas preferem manter a porcaria dum barracao velho, sem utilidade nenhuma, em vez de terem um transporte em condiçoes.
Gostava de saber o que eles ganham com o barracao
A certas coisas que sao dificeis de compreender!!! E á certas mentalidades que nao aceitam o progresso e só atrapalham o andameno das coisas!!
Gostava de saber o que eles ganham com o barracao
A certas coisas que sao dificeis de compreender!!! E á certas mentalidades que nao aceitam o progresso e só atrapalham o andameno das coisas!!
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- Registado: segunda-feira, 01 outubro 2007 21:41
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Diario DigitalCoimbra: Petição com 400 assinaturas contra demolições
Uma petição com cerca de 400 assinaturas contra as demolições previstas na Baixa de Coimbra para a passagem do metropolitano ligeiro de superfície foi hoje entregue na Câmara Municipal pelos promotores da iniciativa.
«Qual a legitimidade de promover a destruição do coração da cidade medieval sob o argumento dos edifícios que o constituem se encontrarem em mau estado de conservação, numa altura em que a engenharia permite soluções de reforço estrutural, de consolidação e de conservação cada vez mais evoluídas?», é questionado na petição.
Segundo o documento, dinamizado pela Associação Ofícios do Património e da Reabilitação Urbana (OPRURB), «é um facto que muitos dos prédios da Baixa ostentam, desde há vários anos, um acentuado estado de degradação» e que muitos se encontram «em condições deploráveis».
Contudo, entendem os peticionários, a demolição, sendo a «solução mais fácil e a que melhor atenderá aos interesses do Metro Ligeiro do Mondego, não é necessariamente a mais barata e a que melhor serve a cidade e o seu património», pelo que pedem que seja parada.
«O que parece não ter entrado em linha de conta é a identidade urbana de toda esta zona, a aposta a fazer na requalificação e recuperação do seu património, o incontornável valor urbano, histórico e sociológico da Baixa», frisam.
Para os subscritores da petição, entre os quais se contam, entre outros, professores universitários, arquitectos, engenheiros, estudantes, de Coimbra e de fora da cidade, «não há razões que justifiquem a destruição deliberada, organizada, meticulosamente preparada sob a capa de uma legalidade apressada e tecnicamente discutível que permitam descaracterizar irreversivelmente todo um núcleo urbano homogéneo e sedimentado».
«Se a passagem do Metro é razão para estas acções porque não rever a trajectória definida?», defendem.
Para os peticionários, «os erros do passado, de que Coimbra foi vítima ao longo de todo o Século XX, deveriam servir para uma reflexão sobre a irreversibilidade destas atitudes».
«Não há quem não lamente, hoje, a destruição da Alta. Poucos há que não condenem a especulação imobiliária, o crescimento desenfreado e caótico da cidade e as duvidosas opções urbanísticas dos anos 70, 80 e 90 do século passado. Não é possível reparar esses erros, mas é certamente possível definir uma acção mais inovadora, de criação e não de destruição, de recuperação e de dinamismo, seguramente mais ecológica, mais económica e mais exemplar», sustentam.
Segundo o presidente da OPRURB, Filipe Mário Lopes, que foi durante dez anos director municipal da Reabilitação Urbana na Câmara de Lisboa, é possível recuperar mesmo o edificado mais degradado e «reabilitar é mais barato do que construir de novo».
«Estas habitações nos centros históricos têm um valor patrimonial, é a memória, a identidade das cidades que estão em causa», disse à agência Lusa.
A petição foi depositada, ao final da manhã de hoje, por baixo da porta do edifício da Câmara, tendo depois um grupo de cerca de duas dezenas de peticionários, oriundos de vários pontos do país, visitado os locais onde estão foram realizadas e estão previstas demolições, entre as Ruas Direita e da Sofia.
Diário Digital / Lusa
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- Registado: quarta-feira, 21 junho 2006 18:25
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Com tanta burocracia e entraves ainda havemos de ver Braga também a ter e nós ainda com os velhinhos SMTUC a desenrascar..Ricky147 Escreveu:Bem me lembro de há 13 anos o Jornal da Noite da então recém criada SIC, abrir com a notícia que Coimbra iria ser a 2ª cidade do país a ter Metropolitano. Ainda o Porto nem sonhava com isso. E eles já o têm há um par de anos e nós... a vê-los passar!!
e quem diz Braga diz outras como Aveiro, Faro, etc.. entretanto já se fala num eléctrico rápido a ligar toda a zona costeira do Algarve..
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- Registado: quarta-feira, 21 junho 2006 18:25
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Acho piada a estas afirmações:
Agora, falando sinceramente, quantas fachadas da baixinha conhecem que mereçam realmente tal esforço? 5?.. 6?.. é claro que não se fala em arrasar um quarteirão nem abrir um buraco no coração da cidade, mas essas mesmas pessoas que falam em requalificar os edifícios degradados só teriam credibilidade se fossem proprietários ou inquilinos dos respectivos edifícios.
é muito bonito dizer aos outros para fazer obras.. e depois virar costas e ir para a sua casinha nos subúrbios descansado ver o futebol com os pezinhos à lareira..
É por estas coisas que a cidade nunca há-de sair da cepa torta e todos nos passam à frente pois nem para nós próprios sabemos ser bons..
Ora bem.. é óbvio que a engenharia permite verdadeiros milagres.. alguns dos quais nem passavam na cabeça da Rainha Santa.. agora, quem é que está disposto a pagar para os ver acontecer?.. Eu vi vistorias em edifícios da Baixa em que todos ficávamos com a nítida sensação que se em certas zonas entrasse mais de uma pessoa o edifício simplesmente caía.. e o que se aproveita desses edifícios? apenas a fachada.. o resto é para ir abaixo, aì nem os milagres da engenharia resolvem...«Qual a legitimidade de promover a destruição do coração da cidade medieval sob o argumento dos edifícios que o constituem se encontrarem em mau estado de conservação, numa altura em que a engenharia permite soluções de reforço estrutural, de consolidação e de conservação cada vez mais evoluídas?», é questionado na petição.
Segundo o documento, dinamizado pela Associação Ofícios do Património e da Reabilitação Urbana (OPRURB), «é um facto que muitos dos prédios da Baixa ostentam, desde há vários anos, um acentuado estado de degradação» e que muitos se encontram «em condições deploráveis».
Agora, falando sinceramente, quantas fachadas da baixinha conhecem que mereçam realmente tal esforço? 5?.. 6?.. é claro que não se fala em arrasar um quarteirão nem abrir um buraco no coração da cidade, mas essas mesmas pessoas que falam em requalificar os edifícios degradados só teriam credibilidade se fossem proprietários ou inquilinos dos respectivos edifícios.
é muito bonito dizer aos outros para fazer obras.. e depois virar costas e ir para a sua casinha nos subúrbios descansado ver o futebol com os pezinhos à lareira..
É por estas coisas que a cidade nunca há-de sair da cepa torta e todos nos passam à frente pois nem para nós próprios sabemos ser bons..
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É o que está a ser feito..Lino Escreveu:Creio que as obras de requalificação se podem fazer. Faz-se como alguns edifícios da Alta, dos quais se manteve a fachada e se refez o interior.
O que acho mais "engraçado" é virem angariar assinaturas para "salvar a baixa medieval" numa altura em que talvez cerca de 80% das demolições estão feitas
A primeira fase está concluída, que nesta figuracorresponde à zona delimitada a vermelho.. nesta outra figura delimitei a azul o que falta demolir.
ora, na segunda fase é para demolir as estruturas entre a loja do cidadão e o rio mondego.. ou seja, isto.
(excluindo o edifício da ford).. realmente devem ser barracões a preservar, importantíssimos para a cidade..
Na terceira e ultima fase falta apenas demolir este edifício na Rua da Sofia..
para quem acima (no texto) fala em recuperações dos edifícios, gostava de saber como pretendem fazer em relação a isto..
e partir daqui vou especular um bocado.. uma vez que a grande maioria das demolições estão feitas, e o que falta já foi acima demonstrado (cabe a cada a cada um ajuizar o valor arquitectónico, eu não o farei) não acham estranho só agora aparecer um conjunto de assinaturas?.. numa altura em que finalmente o projecto poderia avançar, agora que já saiu a verba em PIDDAC?..
e em que ainda por cima dizem:
não duvido que haja muita gente preocupada com crimes urbanísticos nesta cidade (tal como eu protestei contra uma torre que pretendem colocar em Santos, no centro de Lisboa).. mas acho um pouco estranho tudo isto acontecer na fase final das demolições.. não poderá ser, por exemplo, uma manobra, das já típicas em Coimbra, da oposição para criar entraves ao projecto e, por consequência, à CMC?.. volto a dizer que estou só a especular, mas em política já vi de (quase) tudo..Para os subscritores da petição, entre os quais se contam, entre outros, professores universitários, arquitectos, engenheiros, estudantes, de Coimbra e de fora da cidade
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“Por que não rever a trajectória” do Metro?Petição contra demolições na Baixa entregue na Câmara de Coimbra
Petição contra demolições na Baixa foi ontem colocada debaixo da porta da Câmara de Coimbra. Com cerca de 400 assinaturas, pede para que pare a destruição daquela zona da cidade para a passagem do Metro por considerar que não é a solução para o património de Coimbra
Uma petição com cerca de 400 assinaturas contra as demolições previstas na Baixa de Coimbra para a passagem do metropolitano ligeiro de superfície foi ontem depositada na Câmara Municipal pelos promotores da iniciativa.
«Qual a legitimidade de promover a destruição do coração da cidade medieval sob o argumento dos edifícios que o constituem se encontrarem em mau estado de conservação, numa altura em que a engenharia permite soluções de reforço estrutural, de consolidação e de conservação cada vez mais evoluídas?», é questionado na petição.
Segundo o documento, dinamizado pela Associação Ofícios do Património e da Reabilitação Urbana (OPRURB), «é um facto que muitos dos prédios da Baixa ostentam, desde há vários anos, um acentuado estado de degradação» e que muitos se encontram «em condições deploráveis».
Contudo, entendem os peticionários, a demolição, sendo a «solução mais fácil e a que melhor atenderá aos interesses do Metro Ligeiro do Mondego, não é necessariamente a mais barata e a que melhor serve a cidade e o seu património», pelo que pedem que seja parada.
«O que parece não ter entrado em linha de conta é a identidade urbana de toda esta zona, a aposta a fazer na requalificação e recuperação do seu património, o incontornável valor urbano, histórico e sociológico da Baixa», frisam.
Para os subscritores da petição, entre os quais se contam professores universitários, arquitectos, engenheiros, estudantes, de Coimbra e de fora da cidade, «não há razões que justifiquem a destruição deliberada, organizada, meticulosamente preparada sob a capa de uma legalidade apressada e tecnicamente discutível que permitam descaracterizar irreversivelmente todo um núcleo urbano homogéneo e sedimentado».
“Por que não rever a trajectória” do Metro?
«Se a passagem do Metro é razão para estas acções por que não rever a trajectória definida?», defendem. Para os peticionários, «os erros do passado, de que Coimbra foi vítima ao longo de todo o Século XX, deveriam servir para uma reflexão sobre a irreversibilidade destas atitudes».
«Não há quem não lamente, hoje, a destruição da Alta. Poucos há que não condenem a especulação imobiliária, o crescimento desenfreado e caótico da cidade e as duvidosas opções urbanísticas dos anos 70, 80 e 90 do século passado. Não é possível reparar esses erros, mas é certamente possível definir uma acção mais inovadora, de criação e não de destruição, de recuperação e de dinamismo, seguramente mais ecológica, mais económica e mais exemplar», sustentam.
Segundo o presidente da OPRURB, Filipe Mário Lopes, que foi durante dez anos director municipal da Reabilitação Urbana na Câmara de Lisboa, é possível recuperar, mesmo o edificado mais degradado e «reabilitar é mais barato do que construir de novo». «Estas habitações nos centros históricos têm um valor patrimonial, é a memória, a identidade das cidades que está em causa», disse à agência Lusa.
A petição foi depositada, ao final da manhã de ontem, por baixo da porta do edifício da Câmara, tendo depois um grupo de cerca de duas dezenas de peticionários, oriundos de vários pontos do país, visitado os locais onde foram realizadas e estão previstas demolições, entre as Ruas Direita e da Sofia.
Acho piada a esta expressao do texto!! Depois das demoliçoes que foram feitas é que vêm com a ideia de alterar a trajactoria.
Concordo com o daniel322, todos estas manobras tambem me parece que só servem para atrasar o que já está atrasado á muito tempo.
"Petição contra demolições na Baixa foi ontem colocada debaixo da porta da Câmara de Coimbra."
E o facto de terem colocado a petiçao debaixo da porta...
Diario de Coimbra