Metro Mondego

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alvarovaz
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Mensagem por alvarovaz »

SORRY, desculpem-me então.
Alvaro Vaz

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

Demolições na Baixa concluídas no final do Maio

Começam hoje (7/4/2008) a ser demolidos três edifícios que se encontram na zona de situação de alerta declarada no âmbito da abertura do canal para a passagem do Metropolitano Ligeiro do Mondego.

De acordo com a Metro Mondego, os trabalhos nos dois prédios na Rua Direita e noutro da Rua Nova deverão estar concluídos no final do mês de Maio, terminando a primeira fase de demolições/desconstruções, iniciada em Março de 2006, mas com algumas interrupções pelo meio.

Recorde-se que em Janeiro de 2007 o processo foi retomado, com o presidente da Câmara Municipal de Coimbra a declarar a situação de alerta para aquela zona da Baixa da cidade, devido ao avançado estado de degradação do edifícios contíguos aos que iriam ser objecto de demolição.

Em Abril, o processo foi suspenso, mas a autarquia «em vistorias realizadas a três dos edifícios por demolir, da zona definida na situação de alerta, concluiu pela inexistência de condições de segurança», refere a Metro Mondego.

No dia 13 de Abril de 2007, há quase um ano, a Câmara Municipal notificaria os proprietários para procederem à desconstrução dos prédios, mas, conforme explicou, o mês passado, ao Diário de Coimbra Serra Constantino, director da Protecção Civil Municipal, uma providência cautelar interposta por um então proprietário atrasaria o processo.

Após diversas negociações, a Metro Mondego acabou por adquirir os três edifícios, tendo sido, na sequência, notificada pela Câmara Municipal a proceder às demolições dos edifícios n.º70/72 e 74/76/78 da Rua Direita e às varandas traseiras do n.º 13/15 da Rua Nova, «de modo a poder estabelecer as condições de segurança exigidas para o espaço público», informa a Metro Mondego.

Os trabalhos implicam a demolição do interior e a estabilização das fachadas dos prédios, com vista à futura inclusão no processo de reconstrução.
Nos últimos dias procedeu-se à transferência da estrutura que se encontrava na Rua Direita, junto à Praça 8 de Maio para a Rua Nova, para garantir a segurança dos peões e o acesso às habitações.
Terminadas as intervenções, proceder-se-á à abertura da Rua Direita, enquanto se aguardam os trâmites legais para avançar para a segunda fase de demolições e desconstruções, dependente da aprovação de projectos.
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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »

Ó Daniel322 eu não falei em acabar com os SMTUC, apenas disse que estes já dão prejuizo que chegue, não precisamos de outro buraco a ajudar...

E desculpa que te diga mas quem és tu para dizer que eu não sei o que falo quando falo da Ecovia? E já que és tão iluminado explica-me em que é que o metro mondego com o seu actual traçado vai ser diferente da Ecovia em termos de cativar os utilizadores?
O que se verifica é que quem mora dentro da cidade, mal ou bem, está servido com os SMTUC, e quem mora fora está mal servido e continuará a estar com o metro.
Não me parece que isto seja viver no passado, mas sim ter noção da realidade.
E já que se fala do metro do Porto, será que seria rentável se não tivesse linhas a servir os municipios vizinhos como Gaia, Matozinhos, Póvoa, Vila do Conde etc? Estamos a falar num potêncial de mais de 1 milhão de habitantes. O concelho de coimbra tem cerca de 150 000, e se considerarmos a zona servida pelo metro, então nem sequer chega aos 100 000 habitantes. É esta gente que vai rentabilizar o dito cujo? Estaremos cá para ver.

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Lino
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Mensagem por Lino »

Coimbra teve eléctricos durante anos e era muito útil, como muitas pessoas mais velhas referem. Este serviço, conectando a cidade à região, pode servir uma população crescente, pois pode reduzir o tráfego rodoviário. As filas nas entradas de manhã, as filas para sair... quando há acidente na IC2 há fila da Pedrulha à Casa do Sal. Deve haver alternativas a isto.
Coimbra tem mais encanto... terá?
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daniel322
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Mensagem por daniel322 »

Ruizito Escreveu:Ó Daniel322 eu não falei em acabar com os SMTUC, apenas disse que estes já dão prejuizo que chegue, não precisamos de outro buraco a ajudar...
se pensassem dessa forma à 40 anos os SMTUC ainda hoje não existiam..
Ruizito Escreveu:E desculpa
..tás desculpado..
Ruizito Escreveu:quem és tu para dizer que eu não sei o que falo quando falo da Ecovia?
isso é muito filosófico.. quem sou eu.. o que faço aqui?..

eu não disse que sabias ou não sabias.. mas se a carapuça serve..
Ruizito Escreveu:já que és tão iluminado explica-me em que é que o metro mondego com o seu actual traçado vai ser diferente da Ecovia em termos de cativar os utilizadores?
não sou iluminado, simplesmente estou atento ao que se passa.. quando não sei algo, em vez de falar sem saber, tento procurar.. é para isso que a net serve ;)

mas já que queres seguir com a discussão nestes moldes, deixa-me "iluminar-te":

O sistema de Metro (tram train) em Coimbra vai funcionar em interligação com os actuais transportes urbanos, ou seja, é um sistema não-poluente de grande capacidade que vai circular no centro da cidade, promovendo até uma revitalização a zonas mais desaproveitadas (falo na valorização de zonas interiores como a Lousã e o Vale da Arregaça, em Coimbra). Ora, fazendo o metro parte do mesmo serviço que os SMTUC, e com um custo menor de manutenção, é normal que certas linhas urbanas tenham uma redução do numero de linhas, permitindo que certas linhas periféricas sejam reforçadas. Nesse aspecto vai obrigatoriamente atrair os utilizadores pois passa a ser a principal opção no miolo da cidade. (só de referir que na cidade de Coimbra moram cerca de 100 mil pessoas e o metro vai atravessar, no seu total, uma área de influência de 60 mil pessoas)

para isto ser perfeito era o metro ir a santa clara/são martinho, mas isso é futurologia.. de qq modo, para mais esclarecimento sobre as vantagens do metro, podes discuti-las aqui
Ruizito Escreveu:O que se verifica é que quem mora dentro da cidade, mal ou bem, está servido com os SMTUC, e quem mora fora está mal servido e continuará a estar com o metro.
..já expliquei acima e em posts anteriores..
Ruizito Escreveu:E já que se fala do metro do Porto, será que seria rentável se não tivesse linhas a servir os municipios vizinhos como Gaia, Matozinhos, Póvoa, Vila do Conde etc? Estamos a falar num potêncial de mais de 1 milhão de habitantes. O concelho de coimbra tem cerca de 150 000, e se considerarmos a zona servida pelo metro, então nem sequer chega aos 100 000 habitantes. É esta gente que vai rentabilizar o dito cujo? Estaremos cá para ver.
caso não saibas o maior erro do metro do porto foi ter investido na linha da Póvoa em vez de ter logo investido inicialmente em Gondomar.. já a ligação a Gaia era absurdo não se fazer e nem queiras comparar à Lousã. Gaia é "apenas" o segundo maior aglomerado do país em população ;)

tudo isso podes ver no relatório de contas do Metro do Porto.. para te sentires iluminado..

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

Ruizito Escreveu:Estamos a falar num potêncial de mais de 1 milhão de habitantes. O concelho de coimbra tem cerca de 150 000, e se considerarmos a zona servida pelo metro, então nem sequer chega aos 100 000 habitantes. É esta gente que vai rentabilizar o dito cujo?
já agora, uma diferente perspectiva dos números:
Segundo Ana Paula Vitorino, um dos objectivos definidos para o SMM (Sociedade Metro Mondego), concebido para modernizar a ligação entre Coimbra e Serpins, contempla o desenvolvimento de uma “rede integrada com base na interoperabilidade da ferrovia ligeira com a rede ferroviária nacional, por forma a permitir reduzir os transbordos e aumentar a multiplicidade das ligações”.

A aposta do Governo no SMM contempla a articulação dos eixos Serpins / Figueira da Foz e Condeixa-a-Nova / Mealhada.

Trata-se, segundo a secretária de Estado dos Transportes, de um “novo conceito” que consiste em “potenciar o papel” da área metropolitana de Coimbra como “pólo dinamizador do desenvolvimento da região Centro, proporcionando uma estrutura urbana mais coesa, com escala adequada para um crescimento ambiental e económico mais sustentável”.

A materialização do referido conceito implica, segundo a governante, repensar e redimensionar o SMM e a sua área de influência inicial, passando dos cerca de 180.000 habitantes nos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã para cerca de 320.000 (aumento a rondar os 80 por cento).
e mesmo que fossem 100 mil.. quantas cidades da Europa têm o mesmo sistema, implantado com sucesso e em complemento com sistemas alternativos? tens alguma ideia?

pois olha, eu tenho:

Geneve (185,526)
Heilbronn (121,384)
Nordhausen (44,272)
Camden (79,318)
Trenton (83,923)
Zwickau (96,055)
Saarbrücken (180,515)
Kassel (193,518)
York (191,800)
Mulhouse (110,359)

..podes pesquisar.. :wink:

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banjix
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Mensagem por banjix »

Não sei os números, mas sei que Lausanne também tem.
Juízo eu tenho, o problema é utilizá-lo poucas vezes.

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

exacto, tem sim :) e a população não é muito diferente de Coimbra, anda por volta dos 130 mil habit

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

"Ruizito" nao percebo muito bem essas tuas razoes para estares contra o metro. Sendo um meio de transporte banstante eficiente e quando complementado com o autocarro irá trazer beneficios a coimbra, lousa e miranda do corvo.

Duvido muito que as pessoas que se deslocam diariamente lousa-coimbra gostem de viajar naquelas automotoras velhas com longo tempo de viagem.
Ruizito Escreveu:O que se verifica é que quem mora dentro da cidade, mal ou bem, está servido com os SMTUC, e quem mora fora está mal servido e continuará a estar com o metro.
O metro vai melhorar bastante o serviço prestado no transporte de pessoas para coimbra.
Reduzidos tempos de viagem.
Maior frequencia (de 5 em 5 min nas horas de ponta).
Linha, estaçoes e material circulante moderno.

E ainda dizes que iram continuar mal servidos!?! :?

Leia
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Mensagem por Leia »

Sem falar que o metro nao polui!!

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Lino
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Mensagem por Lino »

Na região de Rhein-Neckar, onde estive, que tem grande população mas onde há muitas cidades do tamanho de Coimbra ou mais pequenas, havia uma rede de transportes com metro de superfície, comboios regionais e autocarros, tendo usado um passe semestral de 79€ (enquanto que cá se paga 20€ ou mais por mês, sendo bem mais caro para o igual período de 5 meses em que usei), tendo dado para me mover numa região grande e em vários tipos de transporte.
Um serviço intermodal e de mais fácil utilização é muito mais cómodo e mais económico que utilizar o carro ou o autocarro actualmente.
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banjix
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Mensagem por banjix »

O Lino focou um assunto que, do meu ponto de vista, é fulcral para o sucesso dos transportes públicos: o preço do bilhete (ou do passe). Neste momento, e em termos de vantagem económica, uma viagem de comboio Lousã-Coimbra (ida e volta) quase não compensa quando se compara com o transporte particular (fica mais barato ir e vir de carro do que de comboio)! Se querem que os transportes públicos tenham sucesso, que sejam utilizados pelas pessoas, têm que garantir mais vantagens do que o transporte particular! Se ficar mais barato andar de carro do que de transportes públicos, qual é a razão que motiva as pessoas a usar o transporte público?

É claro que há outras variáveis a ter em conta, como a intermodalidade. Mas implementar um sistema de transportes públicos que não permita a intermodalidade é uma coisa que não me passa pela cabeça!
Juízo eu tenho, o problema é utilizá-lo poucas vezes.

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Mensagem por Lino »

É incrível saber que em Coimbra o preço de uma viagem com uma senha seja mais de 80 cêntimos e que quem não tenha senhas tenha de pagar 1.50€ ou mais pelo bilhete de motorista...

Na Alemanha, na área onde estive, um bilhete de grupo de 5 pessoas, para 24h, custa menos de 20€ (para os vários transportes da rede regional, que abrange localidades de três estados). Cá não há bilhete de grupo e isso seria bom.
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Lopes
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Mensagem por Lopes »

E não só. Se o motorista não tiver troco para dar, manda a pessoa ir trocar, enquanto o autocarro fica há espera.
Isto só visto...nem queria acreditar o que estava a ver!!!

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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »

Ora bem, ponto da situação:
- Primeiro, o que aqui se discute é o traçado urbano do metro, não é a extensão a Miranda e Lousã, logo não faz sentido estar sempre a incluir estes concelhos nas análises que se fazem;
- Segundo, no meu primeiro post sobre este assunto referi que o importante, e continuo a achar isso, é a modernização da linha da Lousã, não é o troço urbano do metro, logo não percebo porque é que agora me vêm falar nas automotoras velhas, como se isso tivesse algo a ver com troços na Solum e para o hospital;
- Terceiro, e é bom não esquecer, todos estes empreendimentos são pagos com o dinheiro dos nossos bolsos. Se já temos uns SMTUC a prestar um serviço que se verificou que não é rentável, eu aceito esse prejuizo pois afinal é um serviço necessário. Agora inventarem mais outro suposto serviço complementar para ser mais um enterro de dinheiro sem retorno, não muito obrigado;
- Quarto, a Ecovia de que já aqui se falou era uma boa ideia mas não resultou, ainda assim não se perdeu muito porque o investimento foi moderado e os parques construídos e veículos utilizados podem sempre servir para outras coisas, não se perdeu tudo. Já o metro requer milhões de investimento e se não for rentável, que não vai ser, quem é que o vai sustentar depois?
- Quando não se fizerem mais investimentos na cidade durante anos porque não há dinheiro já que foi tudo gasto no metro, que vão dizer depois as pessoas?
- Não sei se sabem mas só o valor previsto para o metro representa mais do que a totalidade do valor do QREN a que a região de Coimbra poderia ter direito, o que seignifica que se este projecto avançar, durante anos não se fará mais nenhuma obra minimamente significativa no concelho. É isto que querem? Pois eu não!

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