Metro Mondego

Para conversar e discutir temas relacionados com Coimbra
DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

6010 assinaturas na petição para evitar o fim do Metro

Ontem, à hora de fecho desta edição eram 6010 os subscritores da petição que está a ser promovida pelo Diário de Coimbra há uma semana. Hoje e nos próximos dias são aguardadas mais listas com assinaturas.

A petição contra a paralisação das obras do Metro Mondego, que está a ser promovida pelo Diário de Coimbra e que foi iniciada por Bruno Ferreira, tinha, ontem à noite, 6010 subscritores para “forçar” a sua discussão na Assembleia da República. O Diário de Coimbra já solicitou uma audiência ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, e aguarda por uma resposta para lhe entregar o maior número de assinaturas possível.
Será certamente um número expressivo de signatários para que não fiquem dúvidas sobre a validade desta petição que visa impedir o Governo de parar o projecto do Metro Mondego apenas alguns meses depois do mesmo Governo ter levantado os carris do Ramal da Lousã, inutilizando a Linha. «E agora, nem comboio nem Metro?», foi um dos comentários mais ouvido pelo nosso jornal ao longo desta semana em que o Diário de Coimbra, tal como fizera na luta contra a co-incineração, assumiu esta causa em nome da responsabilidade que tem de se exigir a quem gere os bens públicos.
As solicitações estão a ser muitas. Quer de particulares quer de muitas casas comerciais, que aderiram à iniciativa tendo as folhas nos seus estabelecimentos para que qualquer cidadão possa assinar. O objectivo é levar a petição a Jaime Gama com o maior número de subscritores possível.
Além do claro sinal de protesto, contra a intenção do Governo, dado pela população, esta última semana fica ainda marcada por um conjunto de intervenções que confirmaram os imensos prejuízos que qualquer adiamento ou suspensão no projecto podem acarretar. Desde logo os fundos comunitários que se deixam de receber (cerca de 50 milhões de euros) caso o projecto não seja executado dentro do prazo estipulado pelo QREN. Mas, há ainda aqueles que, no início deste ano, viram o seu dia-a-dia alterado com a extinção do Ramal da Lousã. Os transportes alternativos, como o DC confirmou, obrigaram os utentes a saírem de casa mais cedo e a chegarem ainda mais tarde.
Em Coimbra, também já se sentem, há muito, os adiamentos neste projecto. A Baixa da cidade está parcialmente destruída à espera do metro e muitos outros projectos estão suspensos até que a linha seja construída.
Um sem número de problemas que ainda podem ser agravados caso a decisão do Governo seja mesmo a paralisação da linha. Entre os socialistas tem imperado o silêncio e o pouco que tem sido dito não abona a favor do projecto já que, como o DC escreveu, segundo o secretário de Estado dos Transportes, não serão adjudicadas as empreitadas que deveriam arrancar em Julho, Agosto e Setembro. A petição vai, depois de entregue, originar um debate no Parlamento que se espera agendado logo para o início dos trabalhos na Assembleia da República, em Setembro, de modo a acabar com a indefinição em torno deste importante projecto.

Diário de Coimbra
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DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

METRO LIGEIRO DE SUPERFÍCIE

Linha Serpins-Alto de S. João concluída dentro dos prazos


As duas empreitadas em curso para a instalação do metro ligeiro de superfície entre Serpins (Lousã) e Coimbra, com passagem por Miranda do Corvo, deverão estar concluídas dentro do prazo previsto, mas mantém-se a incógnita relativamente às restantes empreitadas, ainda não lançadas, e sujeitas, nesta altura, a uma reavaliação orçamental por parte da tutela. Isso mesmo constaram ontem responsáveis da Metro Mondego e das várias autarquias envolvidas (Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra), numa visita às obras em curso.
«As obras estão a avançar de acordo com o programado», garantiu, ao Diário de Coimbra, Álvaro Maia Seco, presidente da Metro Mondego, assegurando também que as duas empreitadas em curso estarão concluídas dentro dos prazos previstos. Ou seja, a obra entre Serpins e Miranda do Corvo, numa extensão de 16,4 quilómetros, que representa 22,7 milhões de euros de investimento, deverá estar concluída até final deste ano. Quanto à outra, entre Miranda do Corvo e o Alto de S. João, em Coimbra, numa extensão de 14,8 quilómetros, com 29 milhões de euros de investimento, deverá chegar ao fim um pouco mais tarde, em finais do próximo ano.
«Começa a haver muito trabalho visível nas zonas acessíveis pelas pessoas, que vão perceber a dimensão da intervenção», refere Álvaro Maia Seco, destacando que as obras não se sentem apenas ao nível da requalificação da linha, mas também nas «zonas envolventes». O que significa que locais como Moinhos, em Miranda do Corvo, ou Espírito Santo, na Lousã, ganham nova vida com estas intervenções. «São obras impressionantes», destaca ainda o responsável da Metro Mondego.
E o que se viu são boas notícias para os autarcas locais que constataram, in loco, que a velha aspiração de ter metro a ligar os concelhos à cidade de Coimbra, começa a ganhar forma. «Hoje verificámos o bom andamento dos trabalhos. Há alguns atrasos, mas não são relevantes relativamente à dimensão da obra. Estamos em condições de serem cumpridos os prazos», considerou o vice-presidente da Câmara da Lousã, que acompanhou a visita.

À espera do Governo
O processo, do qual se fala há mais de 30 anos, sofreu avanços e recuos, o último dos quais nos últimos meses, quando se colocou em cima da mesa o adiamento do projecto, muito embora já tivessem começado duas empreitadas e o regresso dos velhos comboios fossem impossível, porque já tinham sido arrancados os carris. As obras continuam a decorrer, conforme se constatou ontem, mas tudo o resto é uma incógnita, inclusivamente o concurso para o material circulante.
A necessidade de uma reavaliação orçamental e, consequentemente, uma recalendarização, em virtude das imposições do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) levaram o Governo a solicitar à Metro Mondego a apresentação de possibilidades. O documento, entregue à tutela, e sujeito agora a uma análise, contém quatro cenários possíveis, sendo que nesta altura a Metro Mondego continua «à espera de perceber qual a decisão», diz Álvaro Maia Seco, garantindo que, «por enquanto» não há financiamentos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) em causa.
Nesta altura, as incertezas pairam ainda relativamente aos oito quilómetros de linha urbana previstos e a todas as zonas envolventes, dentro da cidade de Coimbra.

Diário de Coimbra
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Hal9000
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Mensagem por Hal9000 »

Mais uma prova de que nunca houve vontade por parte do poder central em avançar com este projecto:

http://economia.publico.pt/Noticia/gove ... jo_1461178

mas a porcaria do tgv, teimam em avançar com isso :twisted:

DaniFR
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Presidente do Metro Mondego anuncia demissão

Coimbra, 17 out (Lusa) - O presidente da sociedade Metro Mondego, Álvaro Maia Seco, anunciou hoje que vai apresentar a demissão do cargo, na sequência da extinção e integração da sociedade na Refer, que consta do Orçamento de Estado para 2011.

Em conferência de imprensa, Álvaro Maia Seco adiantou que vai apresentar na segunda-feira a demissão ao presidente da Assembleia Geral da Metro Mondego, Carlos Encarnação.

No OE para 2011, entregue na Assembleia da República, é referido que o Governo vai preparar "uma solução de extinção e integração da Metro Mondego, S.A. na REFER que salvaguarde a promoção do seu objeto social".

© 2010 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A
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userN
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Mensagem por userN »

Mais um projecto em que lamento ter tido razão... Sem dinheiro não há vícios.

DaniFR
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Carlos Encarnação pede explicações ao Governo sobre Metro do Mondego

Carlos Encarnação, autarca de Coimbra e presidente da assembleia-geral da Metro Mondego, desconhece qualquer plano sobre o futuro da sociedade e pede explicações ao Governo.

O presidente da sociedade Metro Mondego, Álvaro Maio Seco, anunciou este domingo que vai apresentar a demissão do cargo, na sequência da extinção e integração da sociedade na Refer.

Sobre esta decisão, Carlos Encarnação, presidente da Câmara de Coimbra, não se pronuncia, preferindo antes acentuar uma dúvida: afinal quais são os planos que o Governo tem para o projecto? Carlos Encarnação diz que nada sabe sobre este assunto.

«Sendo eu presidente da Câmara de Coimbra e sendo esta parceira na sociedade, verdadeiramente o que aconteceu é o que o Estado nem sequer avisou os parceiros da sociedade do que ia acontecer», adianta.
Por este motivo, Carlos Encarnação pede explicações ao Governo.

«O que é coerente exigir é que o Governo informe os parceiros da sociedade sobre o que vai acontecer ao projecto. Tudo o que sabemos é a circulação da notícia depois de ter sido conhecido um primeiro esboço sobre o Orçamento do Estado», salienta.

Contactado pela TSF, o Ministério das Obras Públicas não está disponível a prestar qualquer esclarecimento por hoje.

A sociedade Metro Mondego é responsável pelo sistema de metro ligeiro de superfície nos Municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã.

TSF
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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »

Agora demitem-se, pedem explicações, trocam acusações... Mas quando era preciso pensar e planear as coisas com cabeça, ninguém se preocupou. Que coisa mais triste...

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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »

userN Escreveu:Mais um projecto em que lamento ter tido razão... Sem dinheiro não há vícios.
Epá não digas isso, senão crucificam-te já! Fartei-me de pregar para os peixes aqui no fórum e fui praticamente enxovalhado por isso.

DaniFR
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Mas vocês ainda não perceberam que o que está a acontecer é por culpa do Estado? O Estado até faltou várias vezes ás reuniões da assembleia geral.
Se fosse em Lisboa o metro já estava feito há muito tempo, mas como estamos aqui na província...
As obras já começaram, por isso não deviam parar.
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Mensagem por userN »

Ruizito Escreveu:
userN Escreveu:Mais um projecto em que lamento ter tido razão... Sem dinheiro não há vícios.
Epá não digas isso, senão crucificam-te já! Fartei-me de pregar para os peixes aqui no fórum e fui praticamente enxovalhado por isso.
Já estou habituado, com a intermodal foi a mesma a mesma coisa ;)

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Lino
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Mensagem por Lino »

Deviam ter vergonha na cara e ser julgados em praça pública...
Coimbra tem mais encanto... terá?
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alforreca
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Mensagem por alforreca »

epá este governo mete-me nojo...tantas obras que~Coimbra precisa e que se vão arrastar por anos...Em vez de pararem com a ideia do tgv, e continuarem com as obras...Para que é que foram tirar os carris???

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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »

DaniFR Escreveu:Mas vocês ainda não perceberam que o que está a acontecer é por culpa do Estado? O Estado até faltou várias vezes ás reuniões da assembleia geral.
Se fosse em Lisboa o metro já estava feito há muito tempo, mas como estamos aqui na província...
As obras já começaram, por isso não deviam parar.
A culpa não é só do Estado. A culpa é de todos nós que nos habituamos a gastar mais do que podemos. Ou achas que a situação das autarquias por exemplo é muito diferente da do estado?
Obviamente que tendo as obras começado, deveriam continuar e acabar, nem se discute isso. A questão é saber se deveriam ter começado...

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Ricky147
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Mensagem por Ricky147 »

Ruizito Escreveu:
DaniFR Escreveu:Mas vocês ainda não perceberam que o que está a acontecer é por culpa do Estado? O Estado até faltou várias vezes ás reuniões da assembleia geral.
Se fosse em Lisboa o metro já estava feito há muito tempo, mas como estamos aqui na província...
As obras já começaram, por isso não deviam parar.
A culpa não é só do Estado. A culpa é de todos nós que nos habituamos a gastar mais do que podemos. Ou achas que a situação das autarquias por exemplo é muito diferente da do estado?
Obviamente que tendo as obras começado, deveriam continuar e acabar, nem se discute isso. A questão é saber se deveriam ter começado...
:clap:
Ricardo Nuno

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Mensagem por userN »

Ricky147 Escreveu:
Ruizito Escreveu:
DaniFR Escreveu:Mas vocês ainda não perceberam que o que está a acontecer é por culpa do Estado? O Estado até faltou várias vezes ás reuniões da assembleia geral.
Se fosse em Lisboa o metro já estava feito há muito tempo, mas como estamos aqui na província...
As obras já começaram, por isso não deviam parar.
A culpa não é só do Estado. A culpa é de todos nós que nos habituamos a gastar mais do que podemos. Ou achas que a situação das autarquias por exemplo é muito diferente da do estado?
Obviamente que tendo as obras começado, deveriam continuar e acabar, nem se discute isso. A questão é saber se deveriam ter começado...
:clap:
Assino por baixo! Isto não é uma questão de se querer ou não, é saber efectivamente os nossos limites de endividamento!

O país e o povo estão em pé de igualdade, uns endividam-se para casa que é muito complicado pagar os outros é com obras que na conjectura actual são complicadas de realizar.

Claro que existem desigualdades de tratamento das varias regiões do país..

Agora uma coisa não se discute: eu gostava de ter um Aston Martin Rapide, mas não posso.

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