Co-incineração : o Regresso
Enviado: terça-feira, 18 outubro 2005 22:54
Co-incineração avança "em breve" nas localizações previstas - Sócrates
Porto, 18 Out (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu hoje que a co-incineração de resíduos industriais perigosos vai avançar "em breve" nas cimenteiras recomendadas há cerca de quatro anos pela Comissão Científica Independente criada para o efeito.
"Será em breve. Está no nosso Programa de Governo. O ministro do Ambiente tem conduzido esse processo e avançará logo que sejam entregues os pareceres pedidos", disse José Sócrates na Faculdade de Engenharia do Porto, à saída da sessão de encerramento do Fórum Ciência, em que participou como conferencista convidado.
As duas cimenteiras recomendadas pela Comissão Científica Independente são as de Souselas (Coimbra) e do Outão (Setúbal).
O chefe do Governo explicou que, dado o tempo que entretanto passou, foram pedidas pelo Ministério do Ambiente actualizações dos pareceres feitos durante os governos de António Guterres.
"Portugal não pode dispensar o tratamento de resíduos industriais perigosos", frisou, reafirmando que a co-incineração desses resíduos vai ser feita "nas localizações recomendadas pela Comissão Científica Independente".
Momentos antes, quando falava no Fórum Ciência, José Sócrates aproveitou a presença na mesa de José Cavalheiro, que integrou a Comissão Científica Independente, para se referir à "decepção" que teve no dia em que foi anunciado o parecer dos quatro membros da comissão (um indicado pelo Governo e três pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas).
A Comissão Independente comunicou às 12:00, em conferência de imprensa, o seu parecer favorável à co-incineração, mas às 20:00 o que os noticiários televisivos mostraram foi uma senhora de Souselas preocupada com o que iria acontecer às suas couves, lamentou José Sócrates.
"Foi um momento absolutamente decepcionante. Esperava que a sociedade ouvisse os cientistas com mais respeito e com mais atenção", afirmou, destacando a dificuldade que um político tem em sintetizar em 30 segundos televisivos a fundamentação das suas decisões.
O primeiro-ministro referiu que "só dois meses depois" do anúncio pelo Governo da decisão sobre o destino a dar aos resíduos industriais perigosos é que percebeu que "o melhor que tinha a fazer era explicar o que é a co-incineração".
José Sócrates sublinhou, contudo, que quem tem de tomar decisões são os políticos eleitos, os quais não podem transferir para os cientistas essa responsabilidade, caindo na "tentação de criar uma ciência oficial".
"O que o político pode desejar de melhor para a ciência é que ela não deixe de ser independente", frisou.
FZ.
Lusa/Fim
nem acredito que vai começar tudo de novo! e agora não há ninguém que nos valha!Com esta maioria absoluta..estamos lixados..
Só espero que o Cavaco seja contra...mas tenho as minhas dúvidas
Acho que está na hora de nos unirmos todos contra esta medida descabida! Temos de passar a mensagem!
Não à Co-Incineração!
Porto, 18 Out (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu hoje que a co-incineração de resíduos industriais perigosos vai avançar "em breve" nas cimenteiras recomendadas há cerca de quatro anos pela Comissão Científica Independente criada para o efeito.
"Será em breve. Está no nosso Programa de Governo. O ministro do Ambiente tem conduzido esse processo e avançará logo que sejam entregues os pareceres pedidos", disse José Sócrates na Faculdade de Engenharia do Porto, à saída da sessão de encerramento do Fórum Ciência, em que participou como conferencista convidado.
As duas cimenteiras recomendadas pela Comissão Científica Independente são as de Souselas (Coimbra) e do Outão (Setúbal).
O chefe do Governo explicou que, dado o tempo que entretanto passou, foram pedidas pelo Ministério do Ambiente actualizações dos pareceres feitos durante os governos de António Guterres.
"Portugal não pode dispensar o tratamento de resíduos industriais perigosos", frisou, reafirmando que a co-incineração desses resíduos vai ser feita "nas localizações recomendadas pela Comissão Científica Independente".
Momentos antes, quando falava no Fórum Ciência, José Sócrates aproveitou a presença na mesa de José Cavalheiro, que integrou a Comissão Científica Independente, para se referir à "decepção" que teve no dia em que foi anunciado o parecer dos quatro membros da comissão (um indicado pelo Governo e três pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas).
A Comissão Independente comunicou às 12:00, em conferência de imprensa, o seu parecer favorável à co-incineração, mas às 20:00 o que os noticiários televisivos mostraram foi uma senhora de Souselas preocupada com o que iria acontecer às suas couves, lamentou José Sócrates.
"Foi um momento absolutamente decepcionante. Esperava que a sociedade ouvisse os cientistas com mais respeito e com mais atenção", afirmou, destacando a dificuldade que um político tem em sintetizar em 30 segundos televisivos a fundamentação das suas decisões.
O primeiro-ministro referiu que "só dois meses depois" do anúncio pelo Governo da decisão sobre o destino a dar aos resíduos industriais perigosos é que percebeu que "o melhor que tinha a fazer era explicar o que é a co-incineração".
José Sócrates sublinhou, contudo, que quem tem de tomar decisões são os políticos eleitos, os quais não podem transferir para os cientistas essa responsabilidade, caindo na "tentação de criar uma ciência oficial".
"O que o político pode desejar de melhor para a ciência é que ela não deixe de ser independente", frisou.
FZ.
Lusa/Fim
nem acredito que vai começar tudo de novo! e agora não há ninguém que nos valha!Com esta maioria absoluta..estamos lixados..
Só espero que o Cavaco seja contra...mas tenho as minhas dúvidas
Acho que está na hora de nos unirmos todos contra esta medida descabida! Temos de passar a mensagem!
Não à Co-Incineração!