Aconselho a leitura da edição especial da VISÃO. Está à venda até quarta-feira. É uma edição dedicada ao ambiente e à integração verde das cidades. Carece de nacionalidade. Foca apenas Lisboa, muito pouco o Porto e quase nada os outros municípios.
No entanto dá para subtrair daqui ideias e conceitos interessantes.
Coisas importantes que se podem/têm de fazer:
- ciclovia urbana com dupla vocação: que sirva para aproveitar tempo livre e de lazer e que, ao mesmo tempo, possa ser usada em deslocações para o trabalho.
- criação de parques de bicicletas e de equipas de manutenção. Aluguer de bicicletas gratuito ou criação de passe mensal de bicicleta a preço simbólico. Oferta de passe de bicicleta a todos os utilizadores de passe de metro e de SMTUC.
- aumento da frequência dos transportes públicos, inclusivamente ao fim-de-semana, férias e feriados.
- ajuste das tarifas do transporte público. Os autocarros são mais caros do que deviam.
- forte aposta nos interfaces entre diferentes transportes de forma a reduzir os tempos de espera e de viagem.
- criação de sistemas simples,eficazes e intuitivos de bilhética e de interpretação dos percursos. Tem de ser fácil para o utilizador decidir qual a linha de metro ou de autocarro a escolher numa deslocação entre 2 ou mais pontos.
- Aposta no transporte ferroviário ligeiro (metro) ou pesado (comboio).
- aposta na microgeração: paineis solares em casa.
- aposta na construção de uma central produtora de energia na região (geotérmica, solar ou eólica).
- Transformação dos ecopontos em ilhas (fica à vista um pequeno contentor. o lixo cai e fica depositado debaixo do solo dentro de grandes sacos. Estas ilhas devem incluir detectores de fumo e extintores automáticos que entrem em acção no caso de, por exemplo, por negligência, alguém atire um cigarro para dentro do ecoponto azul).
- instalação de sensores nas estradas, activados pelos autocarros, que mudem para verde os sinais.
- criação de um grande depósito de água (ou mais do que um) fora da malha urbana. Esse depósito guardará a água das chuvas e essa água será aproveitada para a limpeza das ruas (e as ruas de Coimbra bem precisam de ser limpas).
- instalação de contentores de recolha de óleos alimentares usados e consequente criação de uma central que transforme esse óleo em biocombustível. Essa central deve receber óleo de vários municípios pois só assim será rentável. O combustível deve ser usado nas frotas municipais de transporte camarário ou de transportes públicos.
- proliferação dos pontos de recolha de cortiça.
- lançamento de campanhas de troca de lâmpadas incandescentes.
- adaptação de toda a iluminação pública e semáforos à tecnologia LED. Semáforos apetrechados com painéis solares para criação da própria energia.
- continuação do projecto de hortas urbanas.
- adaptação das paragens de autocarro de forma a que, elas próprias, possam ser geradoras de energia. Podem, ao extremo, ser apetrechadas com baterias. Assim acumulam energia solar durante o dia que usam durante a noite na iluminação da própria paragem e dos anúncios publicitários.
- aumento do número de troleicarros e de «pantufinhas».
- criação de uma central de produção de energia para ser injectada na rede do futuro Metro Mondego.
- adaptação da mini-hídrica do Choupal e consequente aproveitamento da energia gerada para injecção na rede eléctrica dos troleicarros.
- aproveitamento das ETAR do conselho para a produção de biogás.
- proliferação de espaços verdes em toda a cidade.
- requalificação urbana com materiais recicláveis.
- Demolição de prédios devolutos sem valor patrimonial e construção, no local, de espaço de lazer calcetado ou verde.
- Criação de corredores verdes junto às principais estradas. árvores, flores e arranjo paisagístico nas principias entradas (EN1, IC2, Hospital, etc.)
Bem... Depois deste grande esforço psicológico, se me lembrar de mais alguma coisa eu adiciono um EDIT noutro post