felicidade sem utopia

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andy
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felicidade sem utopia

Mensagem por andy »

“FELICIDADE SEM UTOPIA”
Revista Xis

Porque é que coloquei o meu comentário a este artigo no fórum? Não tenho muito tempo para ler sobre estes temas...( imagino que vocês também não).
Para além disso a leitura deste artigo foi “recomendada” numa disciplina do meu curso, não se preocupem que o artigo foi de fácil leitura.
Não vos vai fazer mal nenhum darem uma vista de olhos... até podem gostar e encontrar algo de novo.

O autor do artigo é Enrique Rojas, psiquiatra, trabalhou em Nova Iorque com os familiares e vítimas do 11 de Setembro. É autor de vários livros e conhecido por teorizar sobre a felicidade.

Neste artigo Enrique Rojas escreveu a teoria dele sobre a Felicidade. Para ele a felicidade consiste em duas coisas: ter uma personalidade equilibrada e ter um projecto de vida. O que é que incluímos no nosso projecto de vida? Bem, alguns de nós incluem principalmente três valores: amor, trabalho e cultura.

No amor... há o amor geral e o amor particular. O amor particular é o amor por outra pessoa, o amor comprometido, o amor conjugal. O amor que se trabalha todos os dias. Quanto ao amor geral, é o amor que se põe em tudo o que se faz, no trabalho, nas relações com as pessoas, connosco próprios.

Actualmente, o homem finge sentir amor mas o que procura é sexo, e a mulher finge querer sexo mas o que procura é amor. E por isso está uma sociedade em que as pessoas a nível sexual, se utilizam como se fossem objectos havendo uma espécie de acordo na utilização. Brincamos com os sentimentos e com as palavras.

Existe uma diferença entre a relação sexual sem amor e a relação sexual com amor autêntico. Sabem qual é?
Na primeira relação trata-se de uma relação corpo a corpo, é uma relação genital, na qual se utiliza o corpo do outro como objecto. É uma relação anónima, transitória e descartável.
A relação sexual com amor autêntico, é um amor com compromisso. É uma relação que é ao mesmo tempo física (genital), psicológica (intelectual e afectiva), espiritual e biográfica. Não é só física. “Portanto, uma é a relação corpo a corpo e a outra a relação pessoa a pessoa”.
O amor é o argumento principal. Não há felicidade sem amor, e não há amor sem sacríficio, sem renúncia. O amor enriquece e engrandece a pessoa.

Na vida profissional (onde há dois extremos “ as pessoas que não têm trabalho e as pessoas que só têm tempo para trabalhar”) - o ideal era viver no ponto intermédio.

A cultura é “a estética da inteligência” é a curiosidade em ir crescendo por dentro, nutrir-se de arte, literatura, pintura, poesia, fotografia… A cultura muda o ser humano e nesse sentido a cultura é liberdade. No mundo actual há muito pouca cultura porque a cultura precisa de tempo. E quem dedica esse tempo?
Porém, existe uma cultura da mediocridade associada à linguagem da televisão, ao desejo de conhecer a vida dos famosos. Cada vez mais interessa a vida dos famosos principalmente quando está desfeita ou em crise. Há uma morbidez no divertimento. Para além disso as pessoas aderem a programas de quem não se conhece obras, ideias mas só porque são conhecidos por aparecem na tv. A nossa sociedade está muito perdida. Os modelos de identidade são medíocres e muitas pessoas copiam esses modelos.

O homem é um ser incompleto, um animal descontente e, por isso, trata-se de não desistir de tentar ser mais feliz. É importante ter um programa, um projecto de vida no qual introduzimos os nossos ideais individuais de felicidade.

Neste artigo realçam algumas frases chave: “é importante conseguir que as pessoas se reconciliem com o seu passado”. A felicidade consiste em ter boa saúde e má memória, isto é o mesmo que ter a capacidade de superar as coisas negativas do passado e , portanto, ter boa saúde mental.

O psiquiatra considera três tipos de felicidade: felicidade retrospectiva (implica olhar para trás e dizer que era feliz em determinado momento), a felicidade perspectiva (ser feliz no presente) e a felicidade prospectiva (que é a mais importante pois é a felicidade no futuro). Considera ainda a felicidade como sendo optimista e construtiva.

Para o psiquiatra, a felicidade consiste na administração do que desejamos porque nem tudo o que desejamos é bom para nós. Muitas vezes a infelicidade resulta de um ou muitos desejos inadequados.

Podemos nos educar para a felicidade. Como? Sabendo o que queremos! Isto significa ter objectivos, metas e planos concretos. Pôr metas pequenas, concretas e realistas e sobretudo manter os pés na terra. “Não é feliz aquele que tem mais, mas sim aquele que de menos necessita”.

Saber a diferença entre desejar e querer. Desejar é pretender uma coisa do ponto de vista imediato, rápido, satisfazer um capricho. Querer, é pretender alguma coisa com mais alcance e ter a capacidae para adiar a recompensa é saber esperar. Chama-se isto em psiquiatria “delaying gratification”. Só assim é que as pessoas são capazes de saberem o que realmente querem.

Quando tiver de novo tempo livre comento o artigo sobre “PAIXÃO, INTIMIDADE, E COMPROMISSO NA SEXUALIDADE DO FUTURO”, se depois quiserem ler...

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Eu discordo de umas quantas partes desse artigo...
Actualmente, o homem finge sentir amor mas o que procura é sexo, e a mulher finge querer sexo mas o que procura é amor. E por isso está uma sociedade em que as pessoas a nível sexual, se utilizam como se fossem objectos havendo uma espécie de acordo na utilização. Brincamos com os sentimentos e com as palavras.
Isto não é tão linear. Se formos a ponderar todos os casos, de certeza que encontramos exemplos de ambos os sexos para estas situações. Assim como também encontraremos muitos que não fingem o que querem.
O amor é o argumento principal. Não há felicidade sem amor, e não há amor sem sacríficio, sem renúncia. O amor enriquece e engrandece a pessoa.
Pode haver felicidade sem amor, tudo depende da pessoa. Também pode haver amor sem sacrifício, mais uma vez depende dos entendimentos a que se chegam (considerando sacrifício no verdadeiro termo da palavra e não no sentido das "pequenas trocas" que geralmente se fazem numa relação).
Na vida profissional (onde há dois extremos “ as pessoas que não têm trabalho e as pessoas que só têm tempo para trabalhar”) - o ideal era viver no ponto intermédio.
Muita gente vive no ponto médio, não há apenas os dois extremos. Também há quem viva mais inclinado para um dos lados, mas sem estar nos extremos. E quem goste dessas inclinações. Tudo depende da pessoa, o ideal para uns não o é para outros (há quem precise do trabalho para se afirmar, por exemplo).
Podemos nos educar para a felicidade. Como? Sabendo o que queremos! Isto significa ter objectivos, metas e planos concretos. Pôr metas pequenas, concretas e realistas e sobretudo manter os pés na terra. “Não é feliz aquele que tem mais, mas sim aquele que de menos necessita”.
Se toda a Humanidade se limitasse a manter os pés na Terra, provavelmente ainda estávamos na Idade Média. É importante sonhar e ter objectivos que pareçam impossíveis. Se os atingirmos é óptimo. Se não atingirmos, tenta-se de novo ou arranja-se outra alternativa... não podemos é ficar quietinhos sem nunca tentar ir além dos nossos limites.

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andy
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Mensagem por andy »

Isto não é tão linear. Se formos a ponderar todos os casos, de certeza que encontramos exemplos de ambos os casos para estas situações. Assim como também encontraremos muitos que não fingem o que querem.
e como tu Sr. Moderador és um belo espécimen masculino... podes falar como quiseres... é claro que existem pessoas que não se deixam utilizar... ou que não sabem (tadinhas) que estão a ser utilizadas.

vai de encontro aos sentimentos, moral e personalidade de cada um..

Pode haver felicidade sem amor, tudo depende da pessoa. Também pode haver amor sem sacrifício, mais uma vez depende dos entendimentos a que se chegam (considerando sacrifício no verdadeiro termo da palavra e não no sentido das "pequenas trocas" que geralmente se fazem numa relação).
amor sem sacrificio?onde já viste isso?isso é um amor egoista então!aturar outra pessoa é ruim mesmo!


Muita gente vive no ponto médio, não há apenas os dois extremos. Também há quem viva mais inclinado para um dos lados, mas sem estar nos extremos. E quem goste dessas inclinações. Tudo depende da pessoa, o ideal para uns não o é para outros (há quem precise do trabalho para se afirmar, por exemplo).
sr. Moderador está a confundir as coisas... neste assunto não há mais trabalhar à direita ou trabalhar mais à esquerda! ou se trabalha a direita ou à esquerda não existem sub-escalas... mas existe o intermédio!
ou se descura vida familiar e a vida social em prol do trabalho, ou vice-versa.
sim há o meio termo quem equilibre o trabalho e dedica tempo a outras coisas e também quem não trabalhe, não quer trabalhar e mande trabalhar por ele... os ideiais são diferentes mesmo!

agora em relação aos géneros... sou a favor a que as mulheres têm maior capacidade para equilibrar o trabalho com a dedicação familiar. enquanto os homens só se prendem ao trabalho (deve ser mesmo para se afirmarem).

não concordo inteiramente com o Sr. Moderador no seu último comentário
pois desejar ter aquilo que não podemos cria uma sensação de ansiedade e de insatisfação. os sonhos são importantes mas é preciso também ter cuidado com o que se sonha! era esta a ideia:

"se nao podes ter tudo o que amas, ama tudo aquilo que tens"!

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

e como tu Sr. Moderador és um belo espécimen masculino... podes falar como quiseres... é claro que existem pessoas que não se deixam utilizar... ou que não sabem (tadinhas) que estão a ser utilizadas.

vai de encontro aos sentimentos, moral e personalidade de cada um..
De cada um, exactamente... mas a divisão não é feita pelo sexo, como está patente no artigo. Nem todos os homens são como lá está escrito, nem todas as mulheres são como lá está escrito. E há vários casos não contemplados.
amor sem sacrificio?onde já viste isso?isso é um amor egoista então!aturar outra pessoa é ruim mesmo!
Porque não? Eu entendo como "sacrifício" algo extremamente sério do qual temos de abdicar. Não considero sacrifício muitas das trocas normais que se fazem numa relação. O que eu acho que tem vindo a ocorrer é uma vulgarização do termo "sacrifício"... por exemplo, para muitos ter que desistir de umas férias numa ilha paradisíaca para guardar o dinheiro para pagar as propinas dos filhos seria um sacrifício, enquanto que eu não o consideraria (seria chato, mas nunca um sacrifício).
sr. Moderador está a confundir as coisas... neste assunto não há mais trabalhar à direita ou trabalhar mais à esquerda! ou se trabalha a direita ou à esquerda não existem sub-escalas... mas existe o intermédio!
ou se descura vida familiar e a vida social em prol do trabalho, ou vice-versa.
sim há o meio termo quem equilibre o trabalho e dedica tempo a outras coisas e também quem não trabalhe, não quer trabalhar e mande trabalhar por ele... os ideiais são diferentes mesmo!
A vida não é só preto e branco... pelo meio existe uma enorme escala de cinzentos. Do mesmo modo que não há quem só trabalhe, quem não trabalhe e quem trabalhe equilibradamente, há quem trabalhe muito, há quem trabalhe pouco, há quem trabalhe muito às vezes, há quem trabalhe pouco de vez em quando... não podemos incluír tudo em apenas três categorias.
agora em relação aos géneros... sou a favor a que as mulheres têm maior capacidade para equilibrar o trabalho com a dedicação familiar. enquanto os homens só se prendem ao trabalho (deve ser mesmo para se afirmarem).
E eu discordo. Caso contrário, não haveria pais que ficassem em casa a tratar dos filhos enquanto as mães estão fora a trabalhar. E esses pais existem.
não concordo inteiramente com o Sr. Moderador no seu último comentário
pois desejar ter aquilo que não podemos cria uma sensação de ansiedade e de insatisfação. os sonhos são importantes mas é preciso também ter cuidado com o que se sonha! era esta a ideia:

"se nao podes ter tudo o que amas, ama tudo aquilo que tens"!
Não, a ideia que o artigo transmite (ou pelo menos a minha interpretação) é "não sonhes muito, que não irás atingir esses sonhos". Ou seja, está a dizer-nos para desistir à partida sem sequer tentar alcançar o que parece impossível.

P.S. - não me chames "Sr. Moderador", faz-me sentir demasiado velho. :(

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duffy
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Mensagem por duffy »

Eu cá axo k amor n está sempre associado a sacrificio, é verdade k há mta gente k tem k mudar os hábitos pra agradar à menina (n tou a generealizar mas é na maioria dos casos o k acontece), mas normalmente qd há consenso, compreensão e confiança de ambas as partes consegue-se conciliar tudo, trabalho, lazer e mais qq coisa.... :roll:
Pronto resumo a felicidade do Homem a 3 coisas, consenso, compreensão e confiança, se isto estiver nas medidas certas, então ta tudo bem :D

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