Professor de escola pública agride alunos com necessidades especiais
02 de Abril de 2008, 12:53
De acordo com a Rádio TSF, um Professor de uma escola de Vila Nova de Gaia foi acusado de agredir 6 crianças com necessidades especiais. As crianças seriam alegadamente silenciadas com papel na boca. O professor acusado foi afastado após um denúncia e o caso já está em Tribunal.
Os pais estão indignados com a situação e querem ir até às últimas consequências.
(Em Actualização)
Anda tudo doido...É cobarde muito cobarde e de quem não tem gosto por aqui que faz e só o faz por dinheiro!Condeno
Professor agride alunos....
- *estrelinha*
- Iniciado
- Mensagens: 86
- Registado: sexta-feira, 14 dezembro 2007 14:16
- {mineirinha}
- Lendário
- Mensagens: 2443
- Registado: segunda-feira, 03 janeiro 2005 20:33
- Localização: Far,Far away
- *estrelinha*
- Iniciado
- Mensagens: 86
- Registado: sexta-feira, 14 dezembro 2007 14:16
- Pedro
- Administrador
- Mensagens: 12066
- Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07
- Localização: Coimbra
A notícia é muita curta e não dá para analisar o caso, mas se foi isso que se passou... é muito mau. Isto acontece porque, infelizmente, não há grande cuidado na atribuição de professores que devem trabalhar com alunos com necessidades especiais. Alguns são mesmo integrados em turmas normais, sem qualquer cuidado adicional, acabando por saírem prejudicados (porque o professor não lhes consegue prestar a atenção necessária) ou prejudicando a turma (devido à atenção adicional que normalmente precisam... e o professor é só um).
Eu penso que para dar aulas é preciso vocação, não é qualquer pessoa que consegue meter-se à frente de 25 miúdos e fazê-los aprender qualquer coisa. Para dar aulas a alunos com necessidades especiais é preciso muita vocação. Eu já dei e foi algo que gostei muito de fazer, mas também é verdade que passei por algumas situações que fariam muitos professores desesperar (com um aluno autista que tive, por exemplo). Comigo não houve problema e correu bem, mas não é para todos, é preciso muita dedicação e paciência, bem acima do que é normalmente requerido para um professor... daí achar que deveria haver mais cuidado na selecção de professores para estes alunos (um bom professor numa turma normal pode ser um mau professor em necessidades especiais). Infelizmente, o nosso sistema educativo ignora esta questão, tal como faz com tantas outras questões importantes, centrando-se antes em medidas de treta que apenas prejudicam professores e alunos.
Eu penso que para dar aulas é preciso vocação, não é qualquer pessoa que consegue meter-se à frente de 25 miúdos e fazê-los aprender qualquer coisa. Para dar aulas a alunos com necessidades especiais é preciso muita vocação. Eu já dei e foi algo que gostei muito de fazer, mas também é verdade que passei por algumas situações que fariam muitos professores desesperar (com um aluno autista que tive, por exemplo). Comigo não houve problema e correu bem, mas não é para todos, é preciso muita dedicação e paciência, bem acima do que é normalmente requerido para um professor... daí achar que deveria haver mais cuidado na selecção de professores para estes alunos (um bom professor numa turma normal pode ser um mau professor em necessidades especiais). Infelizmente, o nosso sistema educativo ignora esta questão, tal como faz com tantas outras questões importantes, centrando-se antes em medidas de treta que apenas prejudicam professores e alunos.
- anaallo
- Experiente
- Mensagens: 261
- Registado: quarta-feira, 28 novembro 2007 20:09
- Localização: Aveiro
- Contacto:
Nem mais! Temos de acreditar que muitas das vezes as pessoas não têm vocação para desempenhar com sucesso a sua profissão e claroq ue há situações que envolvem relações humanas em que a situação se torna mais flagrante...
É preciso um grande estofo para lidar com situações problemáticas, isto é, é necessário ter disponibilidade psicológica para trabalhar com certas problemáticas.
É possível compreender mas não desculpabilizar..
É preciso um grande estofo para lidar com situações problemáticas, isto é, é necessário ter disponibilidade psicológica para trabalhar com certas problemáticas.
É possível compreender mas não desculpabilizar..
De facto, ser professor é algo que exige muito de nós. É preciso estar atento a determinados pormenores que, se calhar, uma pessoa que não está habituada a lidar com alunos, deixa passar ao lado. Nos dois anos em que estive a dar aulas tive a sorte de não ter situações problemáticas, embora tenha tido acções de formação onde se aprendeu a lidar com algumas situações de alunos com NEE.
Infelizmente, nem todos estão sensibilizados para estes problemas e as coisas acontecem.
Infelizmente, nem todos estão sensibilizados para estes problemas e as coisas acontecem.
Juízo eu tenho, o problema é utilizá-lo poucas vezes.
- *estrelinha*
- Iniciado
- Mensagens: 86
- Registado: sexta-feira, 14 dezembro 2007 14:16
Eu acho que se perde um pouco ...como é que hei-de explicar o que penso...bem numa linguagem mais prática...por vezes um bom médico um bom professor um bom engenheiro um bom enfermeiro etc não são só aqueles que tem boas notas.... quantas vezes já não se depararam com pessoas que são excelentes alunos e excelentes naquilo que fazem mas quando falamos no campo afectivo para com o doente aluno ou cliente, no campo da compreensão e da maneira de agir e de actuar com cada um de maneira diferente isso perde-se um pouco...não sei se me faço entender...!por vezes há pessoas que são boas a todos os niveis ,tanto em médias como em compreensão e atenção, e há pessoas excelentes em termos de notas e médias e um pouco menos boas (lol) na compreensão paciência e atenção! não sei se me faço entender...acho que havia de haver uma selecção não só pela média mas sim pelo psicológico, havia de haver tipo uma prova onde as pessoas talvez sem saberes serem colocadas á prova com certas situações do dia a dia para ver a sua reacção... (não sei é uma ideia)....
Penso que hoje em dia encontramos também pessoas que não têm vocação para o que fazem, na medida que não conseguiram seguir o caminho que pretendiam. Vêem-se, por exemplo, muitos enfermeiros frustrados, porque queriam medicina e não conseguiram (conheço casos). E acho que o mesmo acontece com os professores.
Tive um professor de português que fez rádio, que era realmente a sua paixão, e foi parar como professor de português. Era uma excelente pessoa, sabia cativar os alunos, mas depois fraquejava muito como professor, no sentido de leccionar conteúdos.
Muitos professores encontram na educação um escape para os seus problemas profissionais. Tipo "não consigo nada como tradutora, deixa lá experimentar dar aulas" e cenas assim do género.
Não sei se consegui explicar o meu ponto de vista mas penso que por vezes o facto de não conseguirmos seguir a nossa vocação traz problemas de frustração pessoal que depois acabam por ser descarregados naqueles com quem convivemos no horário laboral.
Tive um professor de português que fez rádio, que era realmente a sua paixão, e foi parar como professor de português. Era uma excelente pessoa, sabia cativar os alunos, mas depois fraquejava muito como professor, no sentido de leccionar conteúdos.
Muitos professores encontram na educação um escape para os seus problemas profissionais. Tipo "não consigo nada como tradutora, deixa lá experimentar dar aulas" e cenas assim do género.
Não sei se consegui explicar o meu ponto de vista mas penso que por vezes o facto de não conseguirmos seguir a nossa vocação traz problemas de frustração pessoal que depois acabam por ser descarregados naqueles com quem convivemos no horário laboral.
- Nuno Valente
- Experiente
- Mensagens: 414
- Registado: sexta-feira, 27 abril 2007 13:27
- Localização: São Martinho do Bispo
É assim, se de facto se trata de crianças com necessidades especiais indefesas, então o acto não tem descrição de tão repugnante...
Mas também se pode dar o caso de serem crianças que, apesar de terem problemas, apresentem nitidamente falta de educação e aí até entendo que um professor se passe... é que actualmente parece que já não há crianças pura e simplesmente mal educadas, são todas "hiperactivas", "traumatizadas", "coitadinhas" etc.
Mas também se pode dar o caso de serem crianças que, apesar de terem problemas, apresentem nitidamente falta de educação e aí até entendo que um professor se passe... é que actualmente parece que já não há crianças pura e simplesmente mal educadas, são todas "hiperactivas", "traumatizadas", "coitadinhas" etc.