União Europeia

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Hal9000
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Re: União Europeia

Mensagem por Hal9000 »

O caso espanhol é totalmente diferente: a ajuda é apenas para recapitalizar os bancos :x

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Ruizito
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Re: União Europeia

Mensagem por Ruizito »

Hal9000 Escreveu:O caso espanhol é totalmente diferente: a ajuda é apenas para recapitalizar os bancos :x
Isso é o que nos querem fazer crer. A "ajuda" à Irlanda também era só para capitalizar a banca... e a nossa, para além de servir para pagar juros de dívida (muita dela privada) e buracos tipo BPN, para pouco mais tem servido...

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Pedro
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Re: União Europeia

Mensagem por Pedro »

Hoje vamos ter mais uma "ronda", desta vez com as eleições na Grécia. Ninguém arrisca o vencedor, embora se espere que seja um dos dois primeiros das eleições anteriores e que os partidos mais abaixo na classificação percam alguns votos.

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gunky
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Re: União Europeia

Mensagem por gunky »

Pedro Escreveu:Hoje vamos ter mais uma "ronda", desta vez com as eleições na Grécia. Ninguém arrisca o vencedor, embora se espere que seja um dos dois primeiros das eleições anteriores e que os partidos mais abaixo na classificação percam alguns votos.
Hoje e 1 dia bastante importante para portugal. A maioria das pessoas pode pensar que e por causa do jogo. Na verdade e por causa das eleiçoes gregas...

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Pedro
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Re: União Europeia

Mensagem por Pedro »

Grécia: Sondagens à boca das urnas dão empate técnico

As sondagens à boca das urnas na Grécia dão uma ligeiríssima vantagem ao partido de centro-direita Nova Democracia sobre o Syriza (Coligação de Esquerda Radical).

A sondagem mostrada pela televisão Net, dá o Nova Democracia com entre 27,5% e 30,5%, e o Syriza com 27% contra 30%.

O PASOK (Partido Socialista) deverá descer ainda mais do que o esperado, com entre 10 a 12% dos votos, enquanto os Gregos Independentes se ficarão entre 6% e 7,5%, exactamente o mesmo projectado para o partido neonazi Aurora Dourada.

Se os resultados destas sondagens à boa das urnas (que correspondem a 75% dos votos) se confirmarem e o partido vencedor obtiver, como estimado, 130 deputados (correspondentes à percentagem da votação com os 50 deputados extra concedidos por lei ao vencedor), a decisão sobre que Governo sairá desta eleição poderá ficar nas mãos do PASOK, já que independentemente de qual partido for o primeiro, a Esquerda Democrática, que seria o parceiro “natural” de coligação com o Syriza, poderá não conseguir deputados suficientes para que os dois se juntem e formem uma maioria.

O primeiro líder político a falar foi Nikolaos Michaloliakos, do Aurora Dourada. Com ar zangado, bandeira grega à esquerda e uma águia à direita, assumiu o quarto lugar e declarou, para os seus opositores: “Vocês perderam!”

Há quem lembre quem em 2000 as sondagens à boa das urnas deram uma vantagem de 0,5% ao Nova Demoracia sobre o PASOK. Mas os socialistas acabaram por vencer por uma margem de 1%.

Fonte: Público
A diferença nas sondagens é tão reduzida que parece-me muito difícil prever o vencedor. O que me parece fácil de prever são as dificuldades que devem surgir na formação do governo.

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Pedro
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Re: União Europeia

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Resultados preliminares dão vantagem ao Nova Democracia

O Ministério do Interior grego anunciou os primeiros resultados das eleições de hoje: o partido de centro-direita Nova Democracia tem, segundo os resultados preliminares, 29,5%, contra os 27,1% do Syriza (Coligação de Esquerda Radical).

Em deputados, o Nova Democracia conseguiria assim 128 (com o bónus de 50 para o vencedor) e poderia formar coligação com o PASOK (Partido Socialista) que, segundo estes primeiros resultados, obterá 12,3% ou seja 33 deputados. Serão 161 deputados, apenas mais 10 do que os necessários para uma maioria absoluta. Analistas dizem que este seria um Governo fraco.

Daí que do quartel-general do PASOK venham já notícias de que o partido quer incluir no Governo o Syriza. O líder da esquerda radical deverá falar em breve, mas espera-se que recuse entrar com os 72 deputados que correspondem à sua percentagem anunciada.

De resto, mantêm-se os mesmos sete partidos que saíram do Parlamento nas eleições inconclusivas de 6 de Maio. O quarto lugar parece ter afinal sido ocupado pela direita populista dos Gregos Independentes, com 7,6% e 20 deputados, seguidos pelos neonazis do Aurora Dourada com 7% e 17 deputados (apesar do incidente da agressão do seu porta-voz em plena entrevista televisiva) e finalmente o Esquerda Democrática (Dimar), com 6,2% e 17 deputados, e o Partido Comunista com 4,5% e 12 deputados.

Da sede do Nova Democracia vem a informação de que o partido começará a negociar a formação de um governo com base em alguns pontos: de que o primeiro-ministro terá de ser o líder do partido, Antonis Samaras, que anunciará uma “base de programa de Governo para manter o país no Euro e renegociar alguns pontos do memorando” com a troika.

Fonte: Público
E afinal parece que tudo vai ficar na mesma.

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Pedro
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Re: União Europeia

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Partido pró-austeridade venceu as eleições gregas

O partido de centro-direita Nova Democracia foi o mais votado nas eleições legislativas gregas deste domingo, com 29,7% dos votos, contra os 26,9% do Syriza (Coligação de Esquerda Radical) e os 12,3% do socialista PASOK.

Em assentos parlamentares, estes resultados traduzem-se em 129 deputados para o Nova Democracia (contando já com o bónus de 50 para o vencedor), 71 ao Syriza e 33 ao PASOK.

“Os gregos votaram hoje para continuar na via europeia e na zona euro. Não vai haver mais aventuras, o lugar da Grécia na Europa não será posto em causa”, assegurou o líder do partido pró-resgate Nova Democracia, Antonis Samaras, no seu discurso de vitória. “Estou aliviado pela Grécia e pela Europa e vamos formar governo logo que possível.”

Tudo aponta para que o resultado das legislativas deste domingo conduza a um desfecho diferente do das eleições inconclusivas de 6 de Maio. Isto porque uma coligação do Nova Democracia com o PASOK daria aos dois partidos 162 deputados – pouco mais do que os 151 necessários para uma maioria, mas suficientes para formar governo.

Mas um governo composto por apenas estas duas forças políticas seria um governo fraco, segundo vários analistas.

Daí que logo ao início da noite tenham chegado do quartel-general do PASOK notícias das intenções do partido de incluir no Governo o Syriza e ainda a direita populista dos Gregos Independentes, que emerge como quarta força política no novo Parlamento, com 7,5% dos votos e 20 assentos. Nenhuma decisão pode ser tomada sem esta unidade nacional”, disse o líder socialista Evangelos Venizelos. E que, pouco depois, Samaras, tenha apelado à formação de um governo de “unidade nacional”.

Um convite que o líder do Syriza declinou de imediato. “Telefonei a Samaras para o felicitar, ele pode formar um governo”, afirmou Alexis Tsipras, que reconheceu a derrota face à direita nas legislativas deste domingo, depois de nas primeiras sondagens à boca das urnas o seu partido ter surgido apenas meio ponto percentual abaixo do Nova Democracia.

“Estaremos presentes na oposição, representaremos aqueles que estão contra o memorando” e as políticas de austeridade da União Europeia e do FMI, prometeu Tsipras.

Da sede do Nova Democracia chegaram ao início da noite eleitoral informações de que as negociações para a formação de um governo, tarefa para a qual serão dados ao partido dez dias, terão por base alguns pontos. O primeiro-ministro terá de ser o líder do partido. Antonis Samaras anunciará uma “base de programa de Governo para manter o país no Euro e renegociar alguns pontos do memorando” com a troika.

À semelhança daquilo que tinha acontecido em Maio, a abstenção, de 38%, voltou a ser das mais elevadas dos últimos anos.

De resto, mantêm-se no Parlamento os mesmos sete partidos que conseguiram assentos nas eleições de 6 de Maio. O quinto lugar foi ocupado neonazis do Aurora Dourada com 7% e 18 deputados – apesar do incidente da agressão do seu porta-voz em plena entrevista televisiva.

“A votação de hoje prova que o movimento nacionalista veio para ficar”, disse o líder do Aurora Dourada, Nikolaos Mihaloliakos numa mensagem transmitida pela televisão. “Ofereço as mais sentidas condolências a todos aqueles que tentaram não só reduzir o apoio à Aurora Dourada, como também evitar que entrasse no Parlamento.”

Em sexto lugar ficou o Esquerda Democrática (Dimar), que conseguiu 6,2% dos votos e 17 deputados, seguido do Partido Comunista, com 4,5% e 12 assentos parlamentares.

Fonte: Público
Confirmam-se os resultados. A situação na Grécia vai manter-se igual.

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Pedro
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Re: União Europeia

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Samaras promete uma "esperança tangível" aos gregos

“Os nossos esforços produziram uma maioria parlamentar para um Governo duradouro”, afirmou o líder do Nova Democracia, Antonis Samaras, no palácio presidencial, onde esta quarta-feira à tarde tomou posse como primeiro-ministro.

"Com a ajuda de Deus, vamos fazer tudo para tirar o país da crise", disse Samaras aos jornalistas depois da tomada de posse. "Vou pedir ao Governo que será formado amanhã que trabalhe arduamente para dar uma esperança tangível aos gregos."

O líder do Nova Democracia tomou posse pouco depois de ter sido anunciado que a Grécia teria, finalmente, um Governo, resultante de um acordo entre o partido conservador Nova Democracia, que saiu vencedor das eleições de 17 de Junho, com dois partidos da esquerda moderada: o PASOK (Partido Socialista) e o Esquerda Democrática (Dimar).

Na tomada de posse, três dias após as eleições, o Presidente grego, Karolos Papoulias, desejou sorte ao novo primeiro-ministro para enfrentar "problemas numerosos e difíceis".

O anúncio de que a havia governo foi feito horas antes por Evangelos Venizelos, líder do partido socialista PASOK: "A Grécia já tem um governo e é isso que vamos dizer ao Eurogrupo amanhã [quinta-feira]”. Ainda “esta noite” será designada uma nova equipa, adiantou Venizelos no final da sua reunião com o dirigente do Nova Democracia.

Fonte: Público
A Grécia já voltou a ter governo.

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banjix
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Re: União Europeia

Mensagem por banjix »

A Grécia já voltou a ter governo, é verdade, mas parece-me ser um governo com uma coligação tão fraca que não sei até que ponto irá aguentar. A crise na Grécia é gigantesca, os problemas são imensos e tão variados que não sei mesmo se haverá consenso dentro do governo para os resolver.
Juízo eu tenho, o problema é utilizá-lo poucas vezes.

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Re: União Europeia

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Queda das receitas compromete execução orçamental

As receitas fiscais caíram 3,5% até Maio e ficam bastante aquém da meta do Governo. O défice do Estado aumentou 35% nos cinco primeiros meses do ano.

A Direcção-Geral do Orçamento (DGO) divulgou nesta sexta-feira os números da execução orçamental, que mostram que as receitas fiscais estão a ter um desempenho pior do que o previsto, tal como o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, já tinha admitido na reunião do Eurogrupo.

O défice do Estado rondou os 2700 milhões de euros nos cinco primeiros meses do ano, mais 35% do que em igual período do ano passado, fruto não só da queda da receita fiscal, mas também do aumento da despesa.

“Não obstante não se poderem fazer extrapolações lineares para o conjunto do ano, a informação agora disponível sugere um aumento dos riscos e incertezas da execução orçamental”, alerta o documento da DGO.

Os dados mostram que, até Maio, as receitas fiscais caíram 3,5%, mais do que tinha acontecido até Abril. Com impostos indirectos, onde se conta o IVA, diminuíram 5,9%. Neste imposto sobre o consumo, as receitas caíram 2,8% até Maio, enquanto no Orçamento do Estado está previsto um aumento de 11,6% em todo ano.

Aquela que pode ser a evolução mais preocupante, para a qual o ministro das Finanças advertiu ainda antes de serem conhecidos os dados da DGO, vem do lado dos impostos directos, em particular do IRC.

Se, até Abril, se registou uma subida de 3,3% de todos os impostos directos em relação ao mesmo período de 2011, agora, o aumento foi de apenas 0,3%.

As receitas arrecadas pelo Estado em IRC diminuíram 15,5%, o que quer dizer que houve apenas uma ligeira recuperação (de 0,1 pontos percentuais) em relação ao que acontecera entre Janeiro e Abril.

No IRS, houve uma melhoria, registando-se até Maio uma subida de 12,3% nas receitas em relação ao mesmo período do ano passado.

O défice global das administrações públicas – onde se engloba o Estado, a Segurança Social e organismos autónomos, como hospitais e universidades – situou-se em quase 1700 milhões de euros, abaixo do que se registou até Abril.

A despesa efectiva do subsector Estado apurada até Maio rondou os 17.500 milhões de euros, ou seja, mais 2% do que no ano passado. Mas, sublinha o Governo na explicação destes números, fica aquém do objectivo estabelecido no Orçamento Rectificativo apresentado em Março em apenas 5,4 pontos percentuais, em termos de grau de execução.

Para esta subida, o Governo destaca o aumento da despesa com o pagamento de juros e outros encargos – até Maio, registou-se um aumento de 80%, quando o objectivo previsto no Orçamento do Estado (para todo o ano) apontava para um crescimento de 21%.

Parte do aumento vem do pagamento de juros dos fundos emprestados a Portugal pela União Europeia e o FMI no quadro do empréstimo total de 78 mil milhões de euros acordado mediante a assinatura do Memorando de Entendimento com a troika.

Aqui, o Governo enumera juros de cerca de 190 milhões à União Europeia e 90 milhões ao FMI. E acrescenta nas explicações sobre o comportamento da despesa o aumento das transferências correntes para a Segurança Social em 4,3% e o crescimento das transferências correntes para o orçamento da UE e da Comissão.

As despesas com pessoal baixaram 7,3%, apesar de a descida ainda não reflectir a redução associada à suspensão dos subsídios de férias e Natal, assinala o Ministério das Finanças na Síntese da Execução Orçamental.

Despesa com subsídio de desemprego dispara

A recessão e o desemprego estão também a atingir as contas da Segurança Social. A receita proveniente das contribuições e quotizações caiu 3,1% até Maio, ao passo que a despesa efectiva disparou 6%, aproximando-se dos 6300 milhões de euros.

Para este aumento da despesa contribuiu, sobretudo, a subida dos encargos com as prestações sociais em 5,1%. É o caso, por exemplo, dos pagamentos de subsídios de desemprego, que cresceram 23% nos primeiros cinco meses do ano.

Com isto, o excedente da Segurança Social ficou nos 315,3 milhões de euros, menos 427,9 milhões do que até Maio do ano passado.

Fonte: Público
Indo buscar uma citação aos X-Men... "não é preciso uma bola de cristal para prever o óbvio". Acho que qualquer pessoa com o mínimo de inteligência e senso comum sabia que isto ia acontecer. Infelizmente, inteligência e senso comum é algo que falta ao governo. :roll: Estamos a seguir o mesmo caminho da Grécia.

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Re: União Europeia

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Passos Coelho diz que é cedo para falar em medidas de austeridade

O primeiro-ministro afirmou neste sábado que o Governo está a analisar em que medida a quebra de receitas fiscais pode pôr em causa o objectivo do défice, mas que é cedo para falar em novas medidas de austeridade.

Em conferência de imprensa, no final de um encontro com o presidente da Colômbia, em Bogotá, Pedro Passos Coelho defendeu que o facto de os dados da execução orçamental indicarem que as receitas fiscais estão abaixo do orçamentado “não significa, nesta altura, que se deva fazer uma projecção linear para o resto do ano, dizendo que, portanto, o défice está em causa e que sejam precisas novas medidas de austeridade”.

O primeiro-ministro comentava os números da execução orçamental divulgados nesta sexta-feira pela Direcção-Geral do Orçamento. O défice do Estado rondou os 2700 milhões de euros nos cinco primeiros meses do ano, mais 35% do que em igual período do ano passado, fruto não só da queda da receita fiscal, mas também do aumento da despesa

Em Bogotá, Passos Coelho garantiu que o Governo está “a analisar com muita atenção aquilo que se passa do lado da receita, de modo a avaliar em que medida é que pode estar em causa o objectivo do défice” de 4,5% para este ano, reiterando que este vai ser cumprido. “É cedo, portanto, para estar a falar em quaisquer medidas de austeridade”, concluiu.

Antes, Pedro Passos Coelho destacou o facto de a despesa primária estar abaixo do que estava projectado e alegou que o Governo está a cumprir o compromisso de controlar a despesa pública.

“O processo de consolidação orçamental é um processo que tem vicissitudes e tem riscos a que temos de estar atentos. Nós não temos aqui uma ciência exacta. Sabemos que estamos no caminho certo. Sabemos que a única forma de mostrar o nosso nível de comprometimento com objectivos que estão traçados é o de prosseguir a consolidação orçamental pelo lado do controlo da despesa pública”, considerou.

Segundo o primeiro-ministro, é preciso ter em conta que, “do lado da receita fiscal, existe hoje um reflexo muito directo entre a queda de actividade da economia e a receita que está a ser gerada, e ela não tem as mesmas explicações em todas as variáveis”.

“Portanto, é um exercício que vamos fazer com muita serenidade, dizendo aos portugueses que o caminho que está a ser seguido é um caminho coerente e sério e que não existe nenhuma alternativa à consolidação orçamental, e o Governo vai continuar a lutar por ela”, rematou.

Fonte: Público
Cedo para falar? Nem deviam ser consideradas. Estão a ter problemas devido às medidas de austeridade e consideram a hipótese de os resolver com mais medidas de austeridade? :roll:

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Re: União Europeia

Mensagem por banjix »

Ainda não perceberam que as medidas de austeridade não resolve os nossos problemas?! É preciso ser-se completamente cego!!!
Juízo eu tenho, o problema é utilizá-lo poucas vezes.

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Re: União Europeia

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Espanha sobe o IVA, suspende subsídio de Natal na função pública e baixa subsídio de desemprego

O Governo Espanhol vai subir o IVA, cortar o subsídio de Natal aos funcionários públicos e reduzir o montante do subsídio de desemprego, no âmbito de um conjunto de medidas anunciadas hoje pelo primeiro-ministro no Congresso de Espanha.

O pacote anunciado – que deverá ser aprovado no Conselho de Ministros de sexta-feira – inclui cortes de despesa e reformas que pressupões poupanças de 65 mil milhões de euros, segundo a imprensa espanhola.

Tal como aconteceu em Portugal, não foi anunciado quanto tempo durará a suspensão dos subsídios de Natal dos funcionários públicos, mas diz-se que este corte de remunerações será compensado com contribuições para o fundo de pensões da função pública a partir de 2015.

Os dias livres também serão reduzidos e pretende-se incrementar a mobilidade dos trabalhadores. As licenças para funções de direcção sindical e políticas serão diminuídas em 20%.

A taxa normal de IVA sobe três pontos percentuais, passando assim de 18% para 21%. A taxa média passa de 8% para 10% e a reduzida (que se aplica aos produtos de primeira necessidade) mantém-se em 4%. As subidas são imediatas, logo a decisão saia no Boletim Oficial do Estado, podendo no limite entrar em vigor já no fim-de-semana, segundo o jornal económico Cinco Días.

Simultaneamente, seguindo um figurino muito aproximado ao dos programas da troika para países sob intervenção internacional, as contribuições sociais das empresas vão descer um ponto percentual em 2013 e outro ponto em 2014.

Os novos desempregados vão ter o seu subsídio de desemprego reduzido a partir do sexto mês em que o recebem, de 60% para 50% do salário base que declaravam quando trabalhavam, mas o período máximo de atribuição mantém-se em 24 meses. O sistema de reformas antecipadas também deverá ser revisto, mas o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, não disse quando.

A administração pública será submetida a um forte emagrecimento, afectando particularmente a administração local, com o objectivo de poupar 3500 milhões de euros. O número de vereadores das câmaras será reduzido em 30% e as remunerações dos autarcas serão harmonizadas e variarão em função do número de habitantes dos municípios.

Os orçamentos dos ministérios, que já tinham sido comprimidos, levarão agora um corte adicional de 600 milhões de euros. As verbas para partidos políticos e sindicatos caem 20% no Orçamento do Estado do próximo ano.

Rajoy justifica-se

Os novos cortes foram anunciados depois de Rajoy ter traçado um quadro negro da economia espanhola, segundo El País. “Sei que as medidas que anunciei não são agradáveis, mas são necessárias”, justificou-se o primeiro-ministro de Espanha, durante a sua intervenção no Parlamento, que durou 1h15m.

Rajoy acabou assim por incumprir flagrantemente o seu programa eleitoral, lembra El País no seu site, e devia umq explicação sobre o resgate da banca e os drásticos cortes sociais, pois até agora tinha evitado enfrentar os deputados.

“Encontramo-nos numa situação extremamente grave. Não podemos prescindir de pedir empréstimos ao exterior, ainda que nos peçam 7% em troca. Vivemos um momento crucial, do qual depende o futuro dos nossos jovens. Temos de sair deste atoleiro e temos que sair quanto antes”, afirmou, citado pelo Cinco Días.

“Os excessos do passado pagam-se no presente”, disse, com um aplauso da bancada do PP, o partido de direita que suporta o Governo. “A missão deste Governo é libertar Espanha da herança recebida”, rematou.

Fonte: Público
Mais um... aparentemente não devem ter estado a prestar atenção ao que se passa em Portugal.

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Re: União Europeia

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FMI quer cessar ajudas à Grécia, que poderá abrir falência em Setembro

O Fundo Monetário Internacional (FMI) tenciona cessar as ajudas financeiras à Grécia, o que poderá lançar este país da Zona Euro na falência já em Setembro, noticia hoje o semanário “Der Spiegel” na sua edição electrónica.

A intenção do FMI de não libertar mais dinheiro do programa de ajustamento financeiro negociado com Atenas já foram comunicadas à União Europeia, garante o semanário alemão, citando fontes diplomáticas em Bruxelas.

Actualmente, a chamada troika do Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia e FMI está em Atenas a examinar o cumprimento do memorando de entendimento.

Numerosos especialistas já advertiram, porém, que a Grécia não conseguirá reduzir a sua dívida pública a 120% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020, objectivo central do programa traçado para reequilibrar as suas finanças públicas.

Atenas obteve até agora, desde Maio de 2010, dois resgates no total de 240 mil milhões de euros, além de um perdão superior a 50% da dívida por parte da grande maioria dos credores, mas a situação económica do país continua a ser muito crítica.

Se a Grécia obtiver mais tempo para cumprir o programa de ajustamento financeiro, como o novo governo de Antonis Samaras exige, isso custará à UE e ao FMI mais 50 mil milhões de euros, segundo cálculos da troika.

Acontece que muitos governos da zona euro já não estão dispostos a emprestar mais dinheiro a Atenas, e a Finlândia e a Holanda condicionaram futuras ajudas à participação do FMI.

O risco de uma saída da Grécia da Zona Euro é, entretanto, considerado “controlável” pelos parceiros da moeda única, como o ministro das finanças alemão, Wolfgang Schauble, garantiu há algumas semanas, em entrevista ao “Der Spiegel”.

Para limitar os efeitos de contágio da crise grega a outros países, os governos da zona euro aguardam a entrada em vigor do novo Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE), que já estava agendada para Julho, mas aguarda uma decisão do Tribunal Constitucional Alemão, agendada para 12 de Setembro.

Para que a Grécia possa assumir os seus compromissos financeiros em Agosto, poderá receber novas ajudas do BCE, embora, em princípio, Atenas tenha de devolver ao Banco Central Europeu 3,8 mil milhões de euros até ao dia 20 do próximo mês.

A confirmar-se a notícia do “Der Spiegel” sobre o fim da participação do FMI nas ajudas financeiras, a única solução para a Grécia será, no entanto, abrir falência em Setembro e regressar à antiga moeda, o dracma, ensaio sem precedentes na Zona Euro que deverá abalar profundamente a economia helénica, e afectar também os parceiros europeus.

Fonte: Público
Depois de medidas que contribuíram largamente para o desastre para que a Grécia se aproxima, simplesmente cortam com a ajuda. Suponho que o próximo seja Portugal...

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Re: União Europeia

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Cameron anuncia referendo sobre Reino Unido na UE

David Cameron, primeiro-ministro britânico e conhecido eurocético, começou hoje o seu aguardado discurso sobre as relações entre o Reino Unido e a UE a anunciar que quer um referendo, até 2017, sobre a permanência do país no clube que hoje tem 27 Estados membros.O Reino Unido entrou na UE a 1 de janeiro de 1973, há precisamente 40 anos.

O chefe do Governo britânico e líder do Partido Conservador britânico precisou aos jornalistas que a novo tipo de relação entre o Reino Unido e a União Europeia "será centrada no mercado único", ou seja, ficaria apenas pelo nível de integração económica e comercial.

O referendo, precisou, citado pela AFP, "será sobre uma questão clara: dentro ou fora [da UE]" e será realizado na primeira metade da próxima legislatura, que começa em 2015. Atualmente, Cameron lidera um Executivo de coligação entre os seus conservadores e os liberais-democratas de Nick Clegg. Este ocupa o cargo de vice-primeiro-ministro do Reino Unido.

"Quando negociarmos um novo acordo" sobre as relações entre o Reino Unido e a UE, "ofereceremos aos britânicos um referendo com uma escolha simples: permanecer na UE, de acordo com essa nova base, ou sair dela, completamente. Será um referendo sobre pertencer ou não à UE", precisou Cameron num discurso que chegou a estar previsto para a passada sexta-feira, mas que foi adiado por causa da crise dos reféns na Argélia (que incluiu trabalhadores britânicos).

Cameron nunca escondeu que é um eurocético. Já o provou nas negociações do chamado pacto orçamental, do qual escolheu ficar de fora, juntamente com o Presidente da República Checa Vaclav Klaus. Mais recentemente, Cameron tem bloqueado a aprovação do próximo Orçamento da UE, exigindo cortes nas contribuições feitas para o mesmo pelos Estados membros da UE.

A posição de Cameron não é, contudo, inédita, pois o Reino Unido sempre participou no processo de construção europeu com um pé dentro e outro fora. Não aderiu totalmente ao espaço de livre circulação, o chamado Schengen, não aderiu à moeda única e escolheu manter a libra e ficar fora da Zona Euro. Apesar disso, os britânicos têm sido sempre determinantes em questões de defesa. Isso viu-se, por exemplo, na Líbia. Quem alinhou ao lado da França de Nicolas Sarkozy foi o Reino Unido de David Cameron e não a Alemanha de Angela Merkel (que se absteve no Conselho de Segurança da ONU). Seria por isso difícil imaginar uma União Europeia sem o Reino Unido.

Depois de hoje ter sido já avisado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Laurent Fabius, de que "a Europa não pode ser feita à La Carte", Cameron garantiu: "Não sou um isolacionista. O que quero não é só um melhor acordo para os britânicos, mas também, sim, um melhor acordo para a Europa".

E se este anúncio de Cameron causar uma nova "crise" uma espécie de novo "cisma" dentro da União Europeia, o certo é que também Fabius já teve a sua quota parte no que respeita a crises na UE. Em 2005, aquando do referendo em França à chamada Constituição Europeia defendeu o "Não", provocando uma divisão no seu Partido Socialista. A verdade é que o documento, considerando determinante para se aprofundar a integração europeia, foi chumbado, não só no referendo francês, mas também no holandês. A Constituição Europeia foi enterrada. Seguiu-se então o chamado Tratado de Lisboa, que muitos consideram já ultrapassado pela grave crise financeira e económica que se abateu sobre a Zona Euro.

"Há quem sugira que possamos ser como a Noruega ou como a Suíça, com acesso ao mercado único, mesmo estando fora da UE. Mas será que isso é mesmo do nosso interesse?", questionou-se Cameron, acrescentando que "muitos amigos dizem que desejam que o Reino Unido permaneça dentro da União Europeia". No final do discurso, depois de anunciar o referendo, Cameron deixou simultaneamente um avisou: "Se sairmos da UE, será um caminho de uma só via, sem volta".

Fonte: Diário de Notícias
Se a opção de saída vencer, diria que será um passo determinante para o fim da União Europeia.

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