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Figo candidato à presidência da FIFA

Enviado: quarta-feira, 28 janeiro 2015 13:32
por Pedro
Figo candidato à presidência da FIFA

Luís Figo anunciou, esta quarta-feira, a sua candidatura à presidência da FIFA, perfilando-se como mais um concorrente à liderança do suíço Sepp Blatter.

O antigo internacional português, de 42 anos, fez o anúncio na cadeia televisiva CNN, garantindo ter o apoio de cinco federações nacionais, requisito obrigatório para poder candidatar-se formalmente ao cargo.

O prazo para entrega das candidaturas no organismo que rege o futebol mundial termina esta quinta-feira, sendo que Figo junta-se na corrida aos franceses David Ginola e Jerome Champagne, ao príncipe jordano Ali Bin Al Hussein, ao holandês Michael van Praag e ao próprio Sepp Blatter, que ocupa o cargo desde 1998.

Fonte: A Bola
Não o estou a ver a ganhar as eleições, mas...

Re: Figo candidato à presidência da FIFA

Enviado: quinta-feira, 19 fevereiro 2015 11:52
por Pedro
Figo propõe Mundiais de futebol com 40 ou 48 selecções

Luís Figo revelou, nesta quinta-feira, em Londres, quais são as suas principais propostas eleitorais na corrida para a presidência da FIFA. Uma das mais relevantes é a realização de Campeonatos do Mundo de futebol com a participação de 40 ou 48 selecções.

Fonte: Público
Se for eleito, ficamos mais perto de termos o Mundial a durar mais que a fase de qualificação...

Re: Figo candidato à presidência da FIFA

Enviado: quinta-feira, 21 maio 2015 20:12
por Pedro
Figo desiste da FIFA: "Assisti a episódios que devem envergonhar quem deseja um futebol livre"

Português já não é candidato à presidência da FIFA. Num comunicado duro, explica a decisão: "Este processo é um plebiscito de entrega do poder absoluto a um só homem [Blatter] - algo que me recuso a caucionar".

Num comunicado enviado às redações, Luís Figo anunciou que desiste da candidatura à presidência da FIFA (eleições a 29 de maio). No texto, Figo não se contém nem faz prisioneiros: dispara contra Blatter, contra a FIFA, contra os presidentes de Confederações e contra todo um processo de eleição, que considera armadilhado desde o início.

"Vi eu presidentes de federação que num dia comparavam os líderes da FIFA ao Diabo e no outro subiam ao palco a comparar as mesmas pessoas a Jesus Cristo. Ninguém me contou. Fui eu que presenciei."

De acordo com fonte próxima do processo, Figo não irá apoiar nenhuma outra candidatura. Eis algumas das frases do comunicado:

VERGONHA
"Assisti a episódios consecutivos, em diversos pontos do planeta, que devem envergonhar quem deseja um futebol livre, limpo e democrático."

ABANDONADO
"Os candidatos foram impedidos de se dirigir às federações em congressos enquanto um dos candidatos discursava sempre sozinho do alto de uma tribuna."

NEPOTISMO
"Este processo é um plebiscito de entrega do poder absoluto a um só homem [Blatter] - algo que me recuso a caucionar."

ESPERANÇA
"Agradeço profundamente a todos os que me apoiaram e peço que mantenham a vontade regeneradora que pode tardar, mas chegará."

Em baixo, pode ler o comunicado na íntegra:

"O universo de um desporto que me deu tudo o que sou e a quem me predispus a devolver agora, fora de campo, está sedento de mudança. A FIFA precisa de uma mudança e eu entendo que essa mudança é urgente.

Guiado por essa vontade, pelos apoios formais recolhidos e pela impressionante onda de apoios de atletas, ex-atletas, treinadores, árbitros e dirigentes do futebol, idealizei e apresentei um programa de ação, o meu manifesto eleitoral para a Presidência da FIFA.

Viajei e conheci gente extraordinária, que reconhecendo o valor de muitas das coisas que foram feitas, também se identifica com esta necessidade de mudança, que limpe a FIFA do selo de organização obscura e tantas vezes olhada como espaço de corrupção.

Mas nestes meses não assisti apenas a esta vontade, assisti a episódios consecutivos, em diversos pontos do planeta, que devem envergonhar quem deseja um futebol livre, limpo e democrático.

Vi eu presidentes de federação que num dia comparavam os líderes da FIFA ao Diabo e no outro subiam ao palco a comparar as mesmas pessoas a Jesus Cristo. Ninguém me contou. Fui eu que presenciei.

Os candidatos foram impedidos de se dirigir às federações em congressos enquanto um dos candidatos discursava sempre sozinho do alto de uma tribuna. Não houve um único debate público sobre os programas de cada um.

Haverá alguém que ache normal uma eleição para uma das mais relevantes organizações do planeta decorrer sem um debate público? Haverá alguém que ache normal que um candidato não apresente sequer um programa eleitoral para ser sufragado no dia 29 de Maio? Não deveria ser obrigatória a apresentação desse programa para que os presidentes de federações conheçam aquilo que vão votar?

Seria normal, mas este processo eleitoral é tudo menos isso, uma eleição. Este processo é um plebiscito de entrega do poder absoluto a um só homem – algo que me recuso a caucionar.

É por isso que, após ter refletido de forma individual e partilhando opiniões com dois outros candidatos neste processo, entendo que o que vai acontecer dia 29 de Maio em Zurique não é um ato eleitoral normal.

E não sendo, não contam comigo.

Que fique claro, tenho um profundo respeito por todo o universo do futebol mundial, desde África, onde tanto incentivo recebi, à Ásia, onde tenho e manterei grandes relações, passando pela América do Sul, onde uma nova geração ganha espaço e pela América Central e do Norte, onde tantos foram calados quando queriam falar, e à Oceânia, cujo desenvolvimento devia ser olhado de outro modo por todos. E finalmente à Europa, onde senti espaço para debate normal e democrático, graças ao impulso do Presidente Platini.

A todos agradeço calorosamente, porque desejo deixar claro que não são eles a comissão eleitoral e não são eles quem deseja uma FIFA cada vez menos forte.

Eu, de minha parte, continuo comprometido com as ideias que deixo escritas e divulgadas, mantenho a minha vontade de participar ativamente numa regeneração para a FIFA e estarei disponível para ela sempre que me demonstrem que não vivemos em ditadura.

Não receio eleições, antes não pactuo nem cauciono um processo que se concluirá dia 29 de Maio e do qual o futebol não sairá a ganhar.

A minha decisão está tomada, não disputarei aquilo a que chamaram ato eleitoral para a Presidência da FIFA.

Agradeço profundamente a todos os que me apoiaram e peço que mantenham a vontade regeneradora que pode tardar, mas chegará".


Fonte: Expresso
E afinal nem chegou à eleição...

Re: Figo candidato à presidência da FIFA

Enviado: quarta-feira, 27 maio 2015 15:01
por banjix
Tendo em conta a notícia que saiu hoje, parece que o Figo, afinal, até tinha alguma razão para desistir da candidatura!

Re: Figo candidato à presidência da FIFA

Enviado: sexta-feira, 29 maio 2015 18:57
por Pedro
Blatter reeleito após desistência do adversário

Joseph Blatter foi reeleito nesta sexta-feira como presidente da FIFA para um quinto mandato. A primeira volta foi vencida pelo suíço, mas não foi alcançada a vantagem de dois terços para poder ser declarado vencedor. O candidato concorrente, Ali bin Al-Hussein, decidiu, porém, desistir da corrida e entregou a vitória a Blatter.

O presidente cessante obteve 133 votos — pouco abaixo dos 139 necessários — contra os 73 de Al-Hussein, obrigando a uma nova votação. Porém, Al-Hussein decidiu não se apresentar à segunda volta, agradecendo "a todos aqueles corajosos o suficiente" para votarem em si.

O congresso anual da FIFA ficou marcado pelo escândalo de corrupção que envolveu actuais e antigos dirigentes do organismo que tutela o futebol mundial. Sete responsáveis foram detidos na véspera do início do congresso e foram formalizadas acusações a 14 pessoas, na sequência de uma investigação do Departamento de Estado norte-americano.

Um inquérito paralelo foi lançado pelas autoridades suíças para averiguar possíveis ingerências e lavagens de dinheiro no processo de atribuição das organizações dos próximos dois Campeonatos do Mundo — em 2018 na Rússia e em 2022 no Qatar.

Blatter não é alvo das investigações, mas o seu nome foi de imediato colado ao escândalo. O presidente da UEFA, Michel Platini, disse ter pedido directamente que o suíço apresentasse a demissão e anunciou que iria tentar reunir o apoio das federações europeias a Al-Hussein.

O presidente da federação inglesa, Greg Dyke, foi uma das vozes mais críticas para com Blatter, também pedindo a sua demissão — um apelo que foi acompanhado pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron. David Gill, um dos novos membros do comité-executivo da FIFA, proposto pela federação inglesa, prometeu não tomar posse caso Blatter fosse eleito, como forma de protesto.

A pressão sobre Blatter para que o organismo máximo do futebol altere algumas das suas práticas — criticadas pela opacidade e pela falta de democracia interna — será elevada.

Alguns dos principais patrocinadores — de onde provém o grosso dos lucros da FIFA — manifestaram grande preocupação com a degradação da imagem da organização e pediram mudanças na sua forma de funcionamento. Em risco poderá estar a manutenção dos contratos de patrocínio para os próximos Mundiais.

Fonte: Público
E lá conseguiu ser reeleito. Se calhar o Figo até teria tido hipóteses se não tivesse desistido... como voto de protesto, funcionaria melhor que o outro candidato.

Re: Figo candidato à presidência da FIFA

Enviado: terça-feira, 02 junho 2015 20:43
por Pedro
Blatter demite-se da presidência da FIFA

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, demitiu-se do cargo. O suíço, de 79 anos, e presidente do organismo que tutela o futebol a nível mundial desde 1998, não resistiu aos escândalos de corrupção que têm afectado o organismo.

Era uma daquelas ocasiões há muito aguardadas, que justificam ter espumante no frio para assinalá-las: Joseph Blatter anunciou que deixará a presidência da FIFA, apesar de ter sido reeleito para um quinto mandato consecutivo na liderança do organismo que tutela o futebol mundial há apenas quatro dias. Algo que o próprio fez questão de lembrar na declaração de renúncia, embora tenha admitido que deixara de sentir o apoio “dos adeptos, dos futebolistas, dos clubes, das pessoas que vivem, respiram e amam o futebol”. Pela primeira vez em muitos anos, abriu-se uma verdadeira perspectiva de mudança na FIFA. Blatter, cujo reinado durava desde 1998, tanto abanou que finalmente caiu.

A saída do suíço de 79 anos não será imediata. Uma vez que o presidente da FIFA é eleito pelo congresso da organização e a próxima reunião ordinária está marcada para 13 de Maio de 2016, Blatter convocou um congresso eleitoral extraordinário para evitar o “atraso desnecessário”. “Vou instar o comité executivo a organizar o mais rapidamente possível o congresso extraordinário para a eleição do meu sucessor. Isto terá de ser feito de acordo com os estatutos da FIFA e deverá dar tempo a que os melhores candidatos se apresentem e façam campanha”, sublinhou. Numa declaração que se seguiu à de Blatter, o líder da comissão de auditoria e conformidade, Domenico Scala, apontou a realização do novo acto eleitoral para o período “entre Dezembro deste ano e Março do ano que vem”.

Até lá, o homem que há 40 anos começou a trabalhar no organismo que tutela o futebol mundial (dos quais 17 anos como presidente e outros 17 como secretário-geral), prometeu avançar com propostas de reforma: “A dimensão do comité executivo tem de ser reduzida (actualmente tem 27 elementos) e os seus membros deverão ser eleitos pelo congresso. O controlo de integridade para os membros do comité executivo deve ser organizado centralmente pela FIFA e não pelas confederações. Precisamos de limitar os mandatos não só do presidente mas também de todos os membros do comité executivo”, enumerou Blatter, acrescentando: “Lutei por estas mudanças antes e, como todos sabem, os meus esforços foram bloqueados. Desta vez, serei bem-sucedido.”

O discurso com que Blatter se apresentou perante os jornalistas, numa conferência de imprensa marcada à pressa e que começou com 45 minutos de atraso sobre a hora inicialmente prevista, configurou uma inversão completa da posição do dirigente. Logo após ter sido reeleito, disse à televisão suíça que o cenário de demissão não se colocava: “Porque haveria de sair? Isso significava reconhecer que tinha feito algo errado. Nos últimos três ou quatro anos lutei contra toda a corrupção, contra tudo o que é proibido. Mais de metade das pessoas que tomaram as decisões [sobre os Mundiais] já não está na FIFA”.

Fonte: Público
Round 2.