Enquanto continua a disputa pela herança e a viúva de James Brown reivindica judicialmente a metade dos bens, o corpo do rei da música "soul" espera em local desconhecido o descanso eterno.
Cinco semanas depois da morte, o intérprete de "I feel good" - que morreu no Natal, aos 71 anos - continua sem ser enterrado, permanecendo o seu caixão num local secreto, devidamente selado. Ao que tudo indica, assim deverá ficar até terminarem os litígios entre os familiares.
Todavia, o esperado momento pode estar ainda longe de se resolver, porque a contenda sofre novas complicações quase diariamente. Tomi Rae Hynie, a última companheira de Brown e mãe do seu filho mais novo, de 5 anos, apresentou um requerimento judicial a pedir a metade da herança. Além disso, exige entrar na casa em que vivia com o cantor para, segundo seu advogado, "recolher os seus objectos pessoais".
No entanto, o advogado da "outra" família de Brown, Buddy Dallas, disse desconhecer que Hynie tenha pedido para entrar na moradia para recolher os seus bens.
Segundo informou anteontem a imprensa local, a resolução está agora nos tribunais, que terão de decidir quem tem razão.
Quando o músico morreu, Hynie, de 36 anos e que cantava na banda de James Brown, estava num programa de reabilitação, por sofrer de dependência de analgésicos. Por isso, não estava em casa.
Os seis filhos mais velhos de Brown não reconhecem Hynie como mulher do seu pai, duvidando igualmente que James Junior seja também filho do músico, como aquela afirma.
Brown e Hynie casaram-se em 2001, mas na altura a cantora estava ainda legalmente casada com outro homem, e só mais tarde conseguiu o divórcio. Os dois nunca chegaram, por isso, a formalizar o casamento.
Após a morte de Brown, todos tentam ficar com a sua herança. Como medida de precaução, a casa do cantor, na Georgia, está fechada, enquanto os tribunais tramitam o processo para repartir a herança.
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Que estupidez, tudo a querer chupar o dinheiro do homem... e o homem sem ser enterrado.
Que surreal! 
